Compact disc

disco ótico armazenador de dados
 Nota: Este artigo é sobre Compact Disc. Para o partido politico português, veja CDS - Partido Popular. Para outros significados, veja CD (desambiguação).
 Nota: "Compact Disc" redireciona para este artigo. Para o álbum da banda Public Image Ltd., veja Album (álbum de Public Image Ltd).

Um disco compacto, disco compacto a laser, disco a laser, compacto laser ou simplesmente disco laser (popularmente conhecido por CD, sigla para a designação inglesa, Compact Disc) é um disco ótico digital de armazenamento de dados. O formato foi originalmente desenvolvido com o propósito de armazenar e tocar apenas músicas, mas posteriormente foi adaptado para o armazenamento de dados, o CD-ROM.

Compact Disc
Tipo de mídia
Disco óptico


A imagem mostra a parte do CD que é lida pelos lasers de um dispositivo
Uso emArmazenamento de dados diversos
CapacidadeTipicamente, 700 MB / 80 minutos de áudio
Mecanismo de leitura780 nm de onda laser semicondutora
Desenvolvido porEquipe conjunta da Philips e Sony, liderada por Kees Schouhamer Immink e Toshitada Doi, em 1980
Dimensões12 cm de diâmetro (tamanho comum universal) ou 8 cm (tamanho reduzido)
Fita cassete
Disco de vinil
Disquete
DVD

Diversos outros formatos foram depois derivados deste, incluindo o CD de áudio e dados (CD-R), mídias regraváveis (CD-RW), o Video Compact Disc (VCD), o Super Video Compact Disc (SVCD), o Photo CD, Picture CD, CD-i, Enhanced Music CD, dentre outros.

Os CDs de áudio e leitores de CD são comercializados desde o início dos anos de 1980.

O diâmetro de um CD tradicional é de 120 milímetros (4,7 polegadas), e possui a capacidade de armazenar até 80 minutos de áudio não-comprimido, ou 700 MB de dados. Seu primo menor, o mini-CD, tem vários diâmetros, indo de 60 milímetros até 80 milímetros (2,4 para 3,1 polegadas); eles são usados algumas vezes para singles em CD, podem armazenar mais de 24 minutos de áudio, ou para a distribuição de controladores de computadores.

Na época do lançamento do sistema, o CD possuía uma capacidade maior de armazenamento que muitos HDs. Já na atualidade, qualquer HD possui uma capacidade superior a de um CD.

Até 2007, mais de 200 mil milhões de discos foram vendidos no mundo todo.[1]

Os CDs estão sendo altamente substituídos por outras formas de mídias digitais ou de distribuição e, como resultado, as vendas dos CDs caíram para 50% de seu pico nos Estados Unidos.[2]

Em 2014, as receitas de serviços de música digital se igualaram às vendas de formato físico pela primeira vez.[3]

História

Kees Schouhamer Immink em 2004.

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a popularidade dos Compact Discs aumentaria, assim fornecendo maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil serem considerados obsoletos.

Com a banalização dos discos compactos, a consecutiva banalização de gravadores de CD permitiu a qualquer utilizador de PC gravar os seus próprios CDs, tornando este meio um sério substituto a outros dispositivos de backup.

Surgiu assim a popularização dos "discos laser virgens" (CD-R), para gravação apenas, e dos discos que podem ser "reescritos" (CD-RW). A diferença principal entre estes dois é precisamente a capacidade de se poder apagar e reescrever (regravar) o conteúdo no segundo tipo, característica que iria contribuir para o desaparecimento dos disquetes como meio mais comum de transporte de dados.

Efetivamente, um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 497 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1440 kB), ou seja, uma capacidade de 700 MB de dados com muito maior fidelidade - uma das características negativas de disquetes era a sua reduzida fidelidade, já que facilmente se danificavam ou se corrompiam. Como exemplo, a exposição ao calor, frio e, até mesmo, a proximidade a aparelhos com campo magnético, como telefones celulares.

A Philips anunciou publicamente um protótipo de CD-ROM de áudio em uma conferência de imprensa, intitulada "Philips Introduce Compact Disc",[4] em 8 de março de 1979, Eindhoven, Países Baixos.[5]

No entanto, alguns anos antes em 1976, a Sony, assim como a Philips, já havia estudado com protótipos, uma possibilidade de um novo disco óptico digital de áudio.[6]

A Philips e a Sony criaram uma força-tarefa conjunta de engenheiros, para desenvolver um novo disco digital de áudio. A força-tarefa, liderada por membros proeminentes da Philips, Kees Schouhamer Immink, e Sony, Toshitada Doi, progrediram na pesquisa em tecnologia-laser e discos ópticos digitais que tinha sido iniciada de forma independente pela Sony em 1975 e pela Philips em 1977.[4]

Seu lançamento se deu a partir de 1º de outubro de 1982 no mercado mundial, começando com o Japão e a Europa. Em fevereiro de 1983, o sistema apareceu na América do Norte. No Brasil, o então novo sistema digital só foi lançado em julho de 1987.

As datas de lançamento do CD em diversos países foram graduais e consecutivas, pois a Philips e a Sony tiveram, por motivos financeiros e de custos na fabricação dos discos, atrasos no cumprimento do lançamento. Sendo assim, com receio, ao invés de optar por ficar adiando permanentemente o lançamento do novo sistema sem concretizá-lo, optaram por lançar aos poucos em cada país.[7][8]

Funcionamento

Medidas de um disco.
A Jewel Case.

Um CD é um disco de acrílico, sobre o qual é impressa uma longa espiral (22,188 voltas, totalizando 5,6 km de extensão). As informações são gravadas em furos nessa espiral, o que cria dois tipos de irregularidades físicas: pontos brilhantes e pontos escuros. Estes pontos são chamados de bits, e compõem as informações carregadas pelo CD.

A leitura dessas informações é feita por dispositivos especiais, que podem ser leitores de CD ou leitores de DVD. A superfície da espiral é varrida por um laser, que utiliza luz no comprimento infravermelho. Essa luz é refletida pela superfície do disco e captada por um detector. Esse detector envia ao controlador do aparelho a sequência de pontos claros e escuros, que são convertidos em "uns ou zeros", os bits (dados binários). Para proteger a superfície do CD de sujeira, é colocada sobre ela uma camada de policarbonato.

Ver também

Commons
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Referências