Cultura de Andronovo

A cultura de Andronovo é um conjunto de várias culturas similares da Idade do Bronze que floresceram entre 2000 e 900 AEC na Sibéria ocidental e na estepe asiática ocidental.[1][2] É provavelmente melhor categorizada como um complexo arqueológico.[3]

Culturas arqueológicas da época, a cultura de Andronovo acima a vermelho.
Idade do Bronze
Calcolítico

África e Antigo Oriente (c. 3600-1200 a.C.)

Civilização do Vale do Indo, Mesopotâmia, Canaã, Elão

Europa (c. 3750-600 a.C.)

Idade do bronze atlântica, civilização egeia(minoica, micênica, cicládica), escandinávia, de Hallstatt, maikop, campaniforme, dos Campos de Urnas

Eurásia and Sibéria (c. 2700-700 a.C.)

Cultura de Sintashta, de Andronovo

Sudeste Asiático (c. 3300-300 a.C.)

China (cultura Erlitou, Erligang, dinastias Xia, Shang e Chou) (3000-700 a.C.)
Coreia (800-300 a.C.)
Japão (300 a.C.)

Idade Antiga, biga, escrita,colapso da Idade do Bronze

Idade do Ferro

A anterior cultura de Sintashta (2100–1800 AEC), antigamente posta juntamente com a cultura de Andronovo, é agora considerada separada, mas considerada como a sua predecessora.[4]

A maioria dos investigadores associam os complexos de Andronovo com as primeiras línguas indo-iranianas, embora pode ter subsistido na sua parte norte uma antiga área de falas urálicas.[5]

De acordo com uma pesquisa genética liderada por Allentoft el al (2015), a cultura de Andronovo e a sua predecessora, a cultura de Sintashta são parcialmente descendentes da Cultura da Cerâmica Cordada, resultando numa maior proporção da ascendência comum com os primeiros agricultores da Europa, similar à mestiçagem encontrada no genoma das gentes da Cultura da Cerâmica Cordada.[6]

Descoberta

O nome provém da aldeia de Andronovo, no Krai de Krasnoiarsk (55° 53′ N, 55° 42′ L),[7] onde o arqueólogo russo Arkadi Tugarinov descobriu os primeiros restos em 1914.[8] Vários túmulos foram descobertos, com esqueletos em posições flexionadas, enterrados com cerâmica muito elaborada. O primeiro a identificar a cultura de Andronovo foi o arqueólogo russo Sergei Teploukhov[8] na década de 1920.

Períodos

Pelo menos quatro períodos da cultura de Andronovo têm sido distinguidos, durante os quais a cultura se expandiu para sul e para leste:

Genética e antropologia física

A cultura de Andronovo tem sido descrita pelos arqueólogos como uma cultura com características marcadamente caucasianas.[15] Um estudo de 2004 também estabeleceu que, durante os períodos da Idade de Bronze e do Ferro, a maioria da população do que agora é o Cazaquistão, era de origem eurasiática occidental (com haplogrupos mtDNA tais como os U, H, HV. T, I e W, e antes do século XIII a.C., todas as amostras pertenciam a linhagens europeias.[16] Outras pesquisas confirmam que, durante a Idade de Bronze nas áreas setentrionais da actual China, a fronteira entre os caucasoides e os mongoloides estava nas vertentes orientais do Altai, na Mongólia occidental.[17][18] Alguma influência caucasoides espalhou-se até ao Noreste da Mongólia,[19] e a população do território do actual Cazaquistão era caucasoide durante a Idade de Bronze e durante a do Ferro.[20] Como as investigações arqueológicas sugerem, que na região estepária da Ásia Central e nas Montanhais Altai, a primeira produção alimentária começou no fim do terceiro milénio a.C. e as gentes que chegaram a esta região eram caucasoides da cultura de Afanasevo os quais vinham da zona do Mar de Aral (cultura de Kelteminar).[21]

Ver também

Referências

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