Ernesto Gonçalves da Costa

Ernesto Gonçalves da Costa, O.F.M. (São Romão da Ucha, 13 de agosto de 1921 – Lisboa, 7 de janeiro de 2002) foi um frei e prelado português da Igreja Católica com atuação missionária em Moçambique, bispo emérito do Faro.

Ernesto Gonçalves da Costa
Bispo da Igreja Católica
Bispo emérito do Faro
Atividade eclesiástica
OrdemOrdem dos Frades Menores
DioceseDiocese do Algarve
Nomeação4 de abril de 1977
PredecessorFlorentino de Andrade e Silva
SucessorManuel Madureira Dias
Mandato1977–1988
Ordenação e nomeação
Profissão Solene4 de outubro de 1940
Ordenação presbiteral25 de julho de 1946
Lisboa
Nomeação episcopal27 de outubro de 1962
Ordenação episcopal30 de dezembro de 1962
Catedral de Maputo
por Custódio Alvim Pereira
Dados pessoais
NascimentoSão Romão da Ucha
13 de agosto de 1921
MorteLisboa
7 de janeiro de 2002 (80 anos)
Nacionalidadeportuguês
Funções exercidas-Bispo de Inhambane (1962-1974)
-Bispo da Beira (1974-1976)
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia

Fez sua profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 4 de outubro de 1940. Recebeu a ordenação presbiteral em 25 de julho de 1946, em Lisboa e logo seguiu para as Missões de Moçambique, em 24 de abril de 1947.[1][2]

Chegou à Beira em 2 de junho de 1947, trabalhando na paróquia da Catedral como diretor da Escola de Artes e Ofícios, acumulando em 1955 os cargos de pároco da Catedral e de diretor da Rádio Pax (emissora católica de Moçambique); cargos que desempenhou até à sua elevação ao episcopado.[1]

Com a ereção da Diocese de Inhambane, em 27 de outubro de 1962 o Papa João XXIII o nomeou como seu primeiro bispo.[3] Recebeu a ordenação episcopal na Catedral de Maputo em 30 de dezembro do mesmo ano, tendo como sagrante principal Dom Custódio Alvim Pereira, arcebispo de Lourenço Marques, coadjuvado por Dom Manuel de Medeiros Guerreiro, bispo de Nampula e Dom José dos Santos Garcia, S.M.P., bispo de Porto Amélia. Fez sua entrada solene em 5 de janeiro seguinte.[2][4] Participou da segunda, terceira e quarta sessões do Concílio Vaticano II.[5]

Em 27 de agosto de 1974 foi nomeado administrador apostólico da Arquidiocese de Lourenço Marques e, em 23 de dezembro do mesmo ano, o Papa Paulo VI, o nomeia como bispo da Beira,[6] continuando como administrador apostólico da Arquidiocese de Lourenço Marques e, a partir de 18 de janeiro de 1975, administrador apostólico também da Diocese de Inhambane, cargos que desempenhou até a nomeação dos respectivos prelados. Fez sua entrada solene na Sé em 16 de fevereiro de 1975.[1][4]

Teve sua renúncia aceite em 3 de dezembro de 1976, e logo em seguida retorna para Portugal.[1][4] Em 4 de abril de 1977, foi nomeado como bispo do Faro.[7] Segundo Dom Manuel Madureira Dias, seu sucessor na Sé do Algarve, Dom Ernesto teve uma passagem pela diocese que "marcou um tempo difícil. Foi das épocas em que a diocese teve menos ordenações sacerdotais", com o Seminário local depreciado e ocupado por “retornados”, mas "empenhou-se na recuperação do edifício, que estava em péssimo estado, e na sua reabertura".[2] Foi membro do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (1981-1984) e presidente da Comissão Episcopal das Missões (1984-1990).[1]

Teve sua renúncia aceite da Diocese do Algarve pelo Papa João Paulo II em 10 de julho de 1988.[1][4]

Morreu em 7 de janeiro de 2002, na enfermaria dos Franciscanos da Luz, em Lisboa.[1][2]

Obras

Dom Ernesto Gonçalves da Costa deixou as seguintes obras, entre outras como artigos em revistas:[8]

Homenagens

Dom Ernesto Gonçalves da Costa dá seu nome a um Centro Social em Barcelos[9] e a um logradouro, em sua cidade natal.[10]

Referências

Ligações externas

Precedido por
Ereção da Diocese

Bispo de Inhambane

19621974
Sucedido por
Alberto Setele
Precedido por
Altino Ribeiro de Santana

Bispo da Beira

19741976
Sucedido por
Jaime Pedro Gonçalves
Precedido por
Florentino de Andrade e Silva

Bispo do Faro

19771988
Sucedido por
Manuel Madureira Dias