Magnetoterapia

Magnetoterapia é uma prática pseudocientífica de medicina alternativa que envolve a utilização de campos magnéticos. Os praticantes alegam que sujeitar determinadas partes do corpo a campos magnetostáticos produzidos por ímanes permanentes é benéfico para a saúde. No entanto, não há evidências que provem a existência de quaisquer efeitos físicos ou biológicos ou de qualquer influência na saúde.[1][2][3][4][5]

Embora a hemoglobina, a proteína do sangue que transporta o oxigénio, seja ligeiramente diamagnética quando desoxigenada, ou paramagnética quando oxigenada, a intensidade do campo magnético dos ímanes usados em magnetoterapia é em vários graus de magnitude inferior àquela que seria necessária para ocorrer qualquer efeito perceptível na corrente sanguínea, em tecidos, em ossos ou em órgãos.[6][1][7][8] Os campos magnéticos estáticos de força até 1 T não têm qualquer efeito na corrente sanguínea[6][9] ou na oxigenação dos tecidos.[7] Nem mesmo nos campos magnéticos usados em ressonância magnética, de magnitude muito superior, tais efeitos são observáveis. Se os princípios da magnetoterapia fossem reais e o corpo fosse afetado por ímanes fracos, a ressonância magnética seria impossível. Alguns praticantes alegam ainda que os ímanes são capazes de "restaurar" o hipotético "equilíbrio eletromagnético do corpo". No entanto, a existência de tal equilíbrio não é apoiada por nenhuma evidência científica.[10][11][12]

Em anos recentes foram realizados vários estudos para investigar se os campos magnéticos estáticos têm qualquer efeito na saúde. As alegações sobre os supostos benefícios terapêuticos da magnetoretapia, como o aumento da longevidade ou a cura do cancro, são implausíveis e não são apoiadas por quaisquer evidências.[7][8] A American Cancer Society afirma que as evidências científicas não apoiam as alegações da magnetoterapia.[13] Uma revisão sistemática de 2008 não encontrou quaisquer evidências que permitam determinar que a magnetoterapia é eficaz no alívio da dor.[14] Outra revisão de 2012 também não encontrou quaisquer evidências de eficácia no tratamento da osteoartrite.[15] As alegações de alívio da dor são anedotais e não são apoiadas por qualquer proposta de mecanismo credível nem existe investigação promissora.[14][16] O National Center for Complementary and Integrative Health afirma que os estudos de joalharia magnética não demonstraram a existência de quaisquer efeitos na dor, função dos nervos, crescimento celular ou corrente sanguínea.[17]

Referências