Instituto Mises Brasil
Instituto Ludwig von Mises Brasil, simplesmente Instituto Mises Brasil (IMB), ou abreviado Mises Brasil, é uma think tank liberal brasileira cujo objetivo é disseminar ideias neoliberais e libertárias[3] com ênfase na escola de pensamento econômico conhecida como Escola Austríaca, da qual o economista Ludwig von Mises foi um dos principais expoentes.[4][5][6][7][8][9][10][11]
IMB | |
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Razão social | Instituto Ludwig von Mises Brasil |
Organização não governamental | |
Fundação | novembro de 2007 (16 anos) |
Fundador(es) | Fernando Fiori Chiocca[1] Cristiano Fiori Chiocca Hélio Coutinho Beltrão[2] |
Sede | Itaim Bibi, São Paulo |
Presidente | Helio Coutinho Beltrão[2] |
Apesar da existência do Instituto Ludwig von Mises nos Estados Unidos, o IMB não está subordinado a ele. Em abril de 2018 o Instituto Mises Brasil foi considerado pela Forbes, pelo quarto ano consecutivo, o think-tank liberal fora dos Estados Unidos de maior influência nas mídias sociais.[12][13][14]
O instituto já organizou campanhas de protesto e conscientização sobre o impacto da carga tributária nos produtos vendidos no Brasil.[15][16]
História
O Instituto Mises foi fundado em 2007, localizando-se em um prédio comercial na cidade de São Paulo. Seus sócios e principais fundadores foram Hélio Coutinho Beltrão, Ubiratan Jorge Iorio de Souza, Fernando Fiori Chiocca, e Cristiano Fiori Chiocca.[5]
Após atritos e discordâncias entre o presidente Helio Beltrão em meados de 2014 e 2015, os irmãos fundadores Fernando e Cristiano Chiocca romperam e fundaram um novo "IMB", atualmente chamado de Instituto Rothbard.[5][17][18][19] Em abril de 2016, Fernando Fiori Chiocca, que foi diretor do IMB até 2014, processou a administração atual do instituto na Justiça do Trabalho. No decorrer da ação judicial, um acordo foi homologado entre Chiocca e o IMB no valor de 110 mil reais.[1]
Posicionamento político
O nome da instituição homenageia o economista Ludwig von Mises, um dos principais expoentes da escola de pensamento conhecida como Escola Austríaca.[20][21][22][23][2] No entanto, Fábio Maia Ostermann, Mestre em Ciências Sociais (Ciência Política) no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, afirma que o instituto tem um viés "mais radical" das ideias liberais, "tendendo mais para as ideias do filósofo estadunidense anarcocapitalista Murray Rothbard do que propriamente para a obra do economista austríaco que dá nome à instituição".[3]
O instituto defende o livre mercado, a propriedade privada e opõe intervenções estatais na economia e na sociedade.[24] Segundo ao IMB, o Estado seria falho por criar grupos de interesse, fomentar a corrupção e limitar a liberdade dos cidadãos.[25]
Referências
Bibliografia
- Garcês, Juan Filipi (30 de junho de 2021). «Estratégias utilizadas pelo Instituto Mises Brasil para defender a propriedade privada e o livre mercado: interpretações do socialismo e do libertarianismo (2008-2009)». Revista de História da UEG. 10 (02): e022106. ISSN 2316-4379
- Leandro Nieves Ribeiro (21 de setembro de 2022), «Think Tanks ultraliberais: o caso do discurso do Instituto Mises Brasil sobre a pandemia do Covid-19 (2021)», Geografia em Atos, ISSN 1984-1647, 6 (2): 152-180, doi:10.35416/GEOATOS.2022.9134, Wikidata Q119343106
- Camila Rocha (5 de fevereiro de 2019), 'Menos Marx, mais Mises': uma gênese da nova direita brasileira (2006-2018), São Paulo, doi:10.11606/T.8.2019.TDE-19092019-174426, Wikidata Q98074045
- Guimarães, Henrique da Silva (16 de junho de 2023). «Uma análise do neoliberalismo brasileiro a partir do Instituto Mises Brasil». Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
- Dal, Pai; Almeida, Raphael (22 de março de 2017). «Instituto Ludwig von Mises Brasil: os arautos do anarcocapitalismo». Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon