Série de televisão

conjunto conectado de episódios de programas de televisão que funcionam sob o mesmo título, podendo abranger diversas temporadas

Série de televisão, série televisiva, série de TV, telessérie ou série de streaming[1][2] é um tipo de programa televisivo ou programa online com um número pré-definido de capítulos por temporada, chamados episódios.[3][4]

Formato

Uma série de televisão pode ser ficcional ou documental, possui um número preestabelecido de episódios por temporada. O modelo padrão estadunidense é de cerca de 13 capítulos por temporada,[5][6] que iniciam num mesmo período todo ano: o outono (primavera, no hemisfério Sul) para grandes estreias, e o midseason, para estreias menores. Se a temporada agrada o espectador e traz retorno de audiência para a emissora de TV, é contratada uma nova temporada e são feitas pequenas alterações na trama a fim de melhorar a aceitação e manter o espectador interessado. Essas mudanças, contudo, nunca são profundas. Se uma temporada não agrada o espectador ou os donos da emissora, assim como a novela, a série é cancelada, muitas vezes sob o protesto dos fãs.

Diferente do formato adotado pelas novelas brasileiras ou portuguesas em que terminada a exibição, não há renovação de temporada independente de seu sucesso, uma série pode durar muitos anos, com casos como Law & Order (Lei & Ordem), no ar desde 1990, que de tanto sucesso gerou três outras séries: Law & Order: Special Victims Unit, Law & Order: Criminal Intent e Law & Order: Trial by Jury.

E como define David França Mendes, roteirista e professor de roteiro "Pois o que faz de uma série uma série, entre outras coisas, é ser um organismo, uma máquina geradora de histórias".[7]

No Brasil

No Brasil, as séries foram amplamente produzidas desde a criação da TV, até 1963, quando as telenovelas passaram a ser diárias. Exemplos dessa fase são: Alô, Doçura, com Eva Wilma e John Herbert, maior êxito desta fase, inspirado no americano I Love Lucy. Outros sucessos da época são Vigilante Rodoviário na Tupi e Capitão 7 na Record.

Apesar de a Rede Globo produzir seriados como A Grande Família, Ciranda, cirandinha e o Caso Especial, uma espécie de teleteatro, as séries só ganhariam força com a extinção da "novela das 22h", onde, depois da reexibição de Gabriela, o horário foi ocupado por séries como Malu Mulher, Carga Pesada e Plantão de Polícia. Depois desta fase, mais e mais seriados foram produzidos, e outras emissoras também aderiram.

Outras séries brasileiras de sucesso foram Armação Ilimitada, Sai de Baixo, Os Normais, Sob Nova Direção, Toma Lá Dá Cá, A Diarista e a nova versão de A Grande Família.

A RecordTV, todavia, costuma exibir mais desse formato, desde a criação do novo núcleo de teledramaturgia em 2004, séries policiais como A Lei e o Crime, Fora de Controle, e também de outras temáticas como a política Plano Alto, e a dramática Conselho Tutelar garantem audiência mediana para a emissora, a maioria com médias de 6 pontos, ficando sempre atrás da Rede Globo e do SBT. Destacam-se os grandes investimentos em superproduções, como A História de Ester, Rei Davi, José do Egito, Milagres de Jesus e Reis.

Outros canais, como SBT, Band, RedeTV!, TV Cultura e Canal Futura, já produziram séries esporadicamente.

Em Portugal

Em Portugal, as séries de televisão começaram a ser produzidas na década de 90 com a chegada dos canais de televisão privados, embora a principal canal de exibição tenha sido a Rádio e Televisão de Portugal. Embora as telenovelas ocupem um maior tempo no ecrã, a importância das séries tem vindo a crescer com a popularização dos serviços de streaming.[8]

No ano de 2021 foi lançada a primeira série portuguesa para a Netflix intitulada Glória.[9]

Ver também

Referências