Otão nasceu em Cassel, uma localidade na cidade de Goch, no atual distrito de Cleves, pertencente ao estado da Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha. Foi proclamado rei da Germânia em Verona em junho de 983, quando tinha apenas três anos de idade, e coroado em Aachen (Aix-la-Chapelle) em 25 de dezembro do mesmo ano. Seu pai morreu quatro dias antes da cerimônia, mas a notícia de sua morte só chegou à Alemanha após a coroação.
No início de 984, Henrique II da Baviera, que havia sido deposto como duque da Baviera por Otão II, prendeu o pequeno Otão e forçou aceitarem sua regência como membro da casa reinante. Para reforçar sua posição, aliou-se ao rei Lotário de França. Willigis, o arcebispo de Mogúncia, líder do partido de Otão, induziu Henrique a liberar o jovem rei prisioneiro, recebendo de volta o Ducado da Baviera. Otão foi então devolvido a sua mãe, a princesa bizantinaTeofânia Escleraina, que serviu de regente a partir de então. Ela abandonou a política imperialista de seu marido e devotou-se completamente a aumentar a aliança entre a Igreja e o Sacro Império Romano-Germânico.[1] Ela não conseguiu, entretanto, evitar que a França se libertasse da influência alemã. Conseguiu tomar conta dos interesses nacionais do império no leste. Um de seus maiores sucessos foi conseguir manter a supremacia feudal sobre a Boêmia.
Após a morte de Teofânia Escleraina em 991, a avó de Otão, Adelaide da Itália, serviu como regente junto com Willigis até que Otão III atingisse a maioridade em 994.[1]