Índice de Desempenho Ambiental
O Índice de Desempenho Ambiental, ou Índice de Performance Ambiental (Inglês: Environmental Performance Index, sigla EPI) é um método para quantificar e classificar numericamente o desempenho ambiental das políticas de um país. O EPI foi antecedido pelo Índice de Sustentabilidade Ambiental (Inglês: Environmental Sustainability Index, sigla ESI), publicado entre 1999 e 2005. Ambos indicadores foram desenvolvidos pelo Centro de Política e Lei Ambiental da Universidade de Yale, em conjunto com a Rede de Informação do Centro Internacional de Ciências da Terra da Universidade de Columbia. O ESI foi desenvolvido para avaliar a sustentabilidade relativa entre países. Devido a mudanças no enfoque da equipe de pesquisa que desenvolveu o ESI, o novo índice EPI utiliza indicadores orientados para resultados, pelo qual serve como índice de comparação, permitindo assim um melhor entendimento por parte de políticos, cientistas, ONGs e o público em geral.[1]
Segundo o relatório oficial (em inglês), que explica as metodologias utilizadas, o objetivo do EPI é oferecer métricas quantitativas baseadas na ciência para auxiliar os países no desenvolvimento de metas sustentáveis de longo prazo.[2]
Até janeiro de 2010 foram publicados três relatórios, o Índice de Desempenho Ambiental Piloto de 2006,[3] o Índice de Desempenho Ambiental de 2008.[4] e o Índice de Desempenho Ambiental de 2010.[5]
Na versão de 2010 foram avaliados 163 países, e os cinco países liderando a classificação mundial são Islândia, Suíça, Costa Rica, Suécia e Noruega.[5] Na América Latina quatro países classificaram-se entre os 20 melhores do mundo, Costa Rica (3),Cuba (9), Colômbia (10) e Chile (16). Os cinco países com a mais baixa qualificação são Togo, Angola, Mauritânia, a República Centro-Africana, e Serra Leoa. Portugal classificou-se no lugar 19 e o Brasil no lugar 62.[5]
Variáveis consideradas
Para o cálculo do EPI de 2008, os pesquisadores mudaram a metodologia utilizada na estimativa do índice em 2006.[6] Na metodologia de 2008 as variáveis dividem-se em dois grandes objetivos, saúde ambiental e vitalidade dos ecossistemas. A vitalidade ambiental por sua vez se divide em três categorias de políticas: o impacto do ambiente na saúde, água potável e saneamento básico, e os efeitos da qualidade do ar na saúde. A vitalidade dos ecossistemas divide-se em cinco categorias de políticas: efeitos da poluição do ar nos ecossistemas, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais produtivos e mudança do clima. Sob todas estas categorias foram avaliados os seguintes 25 indicadores.
OBJETIVO | Saúde Ambiental | ||
POLITICAS | nas doenças | Água potável e saneamento | Qualidade do ar na saúde |
INDICADORES | 1. Efeito do ambiente nas doenças | 2. Saneamento básico | 4. Partículas suspensas (urbano) |
3. Água Potável | 5. Poluição do ar em interiores | ||
6. Ozônio ao nível da solo | |||
OBJETIVO | |||
POLITICAS | em ecossistemas | Recursos hídricos | Biodiversidade e habitat |
INDICADORES | 7. Ozônio em ecossistemas | 9. Qualidade da água natural | 11. Risco de preservação |
8. Emissões de dióxido de enxofre | 10. Demanda sobre a água disponível | 12. Preservação efetiva | |
13. Habitats críticos | |||
14. Áreas marinas protegidas | |||
POLITICAS | produtivos | productivos | produtivos |
SUB-CATEGORIA | Recursos das florestas | Recursos de pesca | Recursos agrícolas |
INDICADORES | 15. Reserva árvores em crescimento | 16. Intensidade da pesca marítima | 18. Intensidade da irrigação |
17. Práticas com rede de pesca | 19. Subvenção agrícola | ||
20. Intensidade de terras cultivadas | |||
21. Intensidade de áreas queimadas | |||
22. Regulamento do uso de pesticidas | |||
POLITICAS | (Gáses efeito estufa) | ||
INDICADORES | 23. Emissões per capita | ||
24. Emissões/Geração elétrica | |||
25. Emissões industriais de CO2 |
Classificação EPI 2012
Em 25 de Janeiro de 2012, foi divulgado o ranking de 2012, com 132 países. Neste novo ranking, o Brasil ocupa a 30a colocação. O último lugar (132) é ocupado pelo Iraque[7]
Os 30 melhores países no mundo - EPI 2012
Os 30 melhores países no mundo segundo o EPI 2012 são:[7]
Os 10 mais bem classificados na América Latina
O número entre parentesis corresponde à posição do país na classificação de 2012 em relação os 132 países avaliados.[7]
- Costa Rica 69.03 (5)
- Colômbia 62.33 (27)
- Brasil 60.90 (30)
- Equador 60.55 (31)
- El Salvador 59.23 (35)
- Panamá 57.94 (39)
- Uruguai 57.06 (46)
- Cuba 56.48 (50)
- Argentina 56.48 (50)
- Venezuela 55.62 (56)
Classificações EPI 2006 a 2010
Os 30 melhores países no mundo - EPI 2010
Os 30 melhores países no mundo segundo o EPI 2010 eram:[5]
Os 10 mais bem classificados na América Latina
O número em parênteses corresponde à posição do país na classificação de 2010 em relação aos 163 países avaliados.
- Costa Rica 86,4 (3)
- Cuba 78,1 (9)
- Colômbia 76,8 (10)
- Chile 73.3 (16)
- Panamá 71.4 (24)
- Equador 69,3 (30)
- Peru 69,3 (31)
- El Salvador 69,1 (34)
- República Dominicana 68,4 (36)
- México 67,3 (43)