Adelophryne pachydactyla
Adelophryne pachydactyla[3] é uma espécie de anfíbio da família Eleutherodactylidae. Endêmica do Brasil, pode ser encontradana região costeira do centro-sul do estado da Bahia.[4][5] Alguns espécimes inicialmente identificados como A. pachydactyla foram posteriormente identificados como uma nova espécie, Adelophryne mucronatus; as duas espécies podem ocorrer na simpatria.[5] O descritor específico pachydactyla é derivado do grego pachys (=grosso) e daktylos (=dedo), referindo-se aos dedos grossos, curtos e inchados desta rã.[2]
Adelophryne pachydactyla | |
---|---|
Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Amphibia |
Ordem: | Anura |
Família: | Eleutherodactylidae |
Gênero: | Adelophryne |
Espécies: | A. pachydactyla |
Nome binomial | |
Adelophryne pachydactyla Hoogmoed, Borges, and Cascon, 1994[2] | |
Descrição
Adelophryne pachydactyla foi descrita com base em um único espécime, o holótipo. É um macho adulto medindo 11 mm (0,4 in) de comprimento entre o focinho e a cloaca e com um saco vocal subgular. A cabeça é ligeiramente mais longa do que larga. O focinho é arredondado. O anel timpânico está incompleto, obscurecido por pele em suas partes superiores. Não há prega supratimpânica e o canto rostral é indistinto. Os membros são relativamente curtos. Os dedos são curtos e apresentam almofadas subdigitais inchadas, mas sem discos. Os dedos dos pés têm pequenos discos e nenhuma membrana. O corpo é castanho-escuro com manchas cinzentas dorsalmente e pretas na parte inferior. A íris é avermelhada.[2]
Habitat e conservação
Pouco se sabe sobre esta espécie;[6] o holótipo foi coletado à noite em uma fazenda de cacau sob cacaueiros, bananas e algumas árvores de sombra maiores, encontradas no solo na serapilheira perto de um pequeno riacho.[2] Em outro local, foram coletados em bromélias terrestres em uma floresta. Os registros ocorreram em altitudes inferiores a 800 m (2 600 pé).[6]
A provável ameaça a esta espécie é a perda de habitat causada pela agricultura, plantações de madeira, coleta de bromélias e exploração madeireira. Ocorre na Reserva do Patrimônio Natural da Serra do Jequitibá.[6]