André Vladimirovich da Rússia

O grão-duque André Vladimirovich da Rússia (14 de Maio de 187930 de Outubro de 1956) foi o filho mais novo do grão-duque Vladimir Alexandrovich da Rússia e da sua esposa, a grã-duquesa Maria Pavlovna da Rússia. Escapou da Rússia após a Revolução Russa de 1917 e casou-se com a sua amante de longa data, Matilde Kchessinka, em 1921. Reclamou a paternidade do filho de Matilde, o príncipe Vladimir Romanovsky-Krasinsky.[1]

André Vladimirovich da Rússia
Grão-Duque da Rússia
André Vladimirovich da Rússia
Nascimento14 de maio de 1879
 Czarskoye Selo, Império Russo
Morte30 de outubro de 1956 (77 anos)
 Paris, França
CônjugeMatilde Kschessinskaya
DescendênciaVladimir Romanovsky-Krasinsky
PaiVladimir Alexandrovich da Rússia
MãeMaria Pavlovna da Rússia

Biografia

André foi apresentado a Matilde pelos seus irmãos mais velhos, Cyrill e Boris. Matilde era uma bailarina que tinha sido anteriormente amante de dois dos seus primos, o czar Nicolau II e o grão-duque Sérgio Mikhailovich da Rússia. A bailarina gostou do aspecto de André quando o conheceu pela primeira vez, como descreveu nas suas memórias: "Era excepcionalmente bem-parecido e também muito tímido, o que não estragou as coisas de maneira nenhuma, muito pelo contrário! Durante o jantar, entornou acidentalmente um copo de vinho tinto no meu vestido. Longe de ficar zangada, vi esta profecia feliz (…) A partir daquele momento o meu coração encheu-se de uma emoção que eu não sentia há muito tempo."[2]

André e a sua família ficaram em Paris após a Revolução Russa. O grão-duque foi um dos poucos membros da família Romanov a acreditar nas afirmações de Anna Anderson, uma mulher que dizia ser a filha mais nova do czar Nicolau II, a grã-duquesa Anastásia Nikolaevna Romanova. Quando André a viu pela primeira vez, afirmou que “é uma crença inabalável (…) O rosto dela mostra a mais profunda tristeza, mas, quando sorri, é Anastásia, sem dúvida.” André ofereceu-lhe apoio na sua luta e apoio financeiro durante toda a sua vida.[3]

André sofreu bastante durante a Segunda Guerra Mundial quando o seu filho Vladimir, que tinha sido um jovem revolucionário e visto pelo Partido Nazi como pró-soviético, foi preso num campo de concentração germânico por 119 dias. André visitou o quartel-geral da Policia Alemã várias vezes e pediu ajuda aos refugiados russos para a libertação do filho, mas ninguém o ajudou.[4]

André e a sua esposa viveram em Paris, onde gostavam da diversão que a cidade oferecia. Ao contrário do seu irmão Cyrill não se interessava minimamente por política. Morreu em 1956, aos setenta-e-sete anos.[5]

Genealogia

Os antepassados de André Vladimirovich em três gerações
André VladimirovichPai:
Vladimir Alexandrovich da Rússia
Avô paterno:
Alexandre II da Rússia
Bisavô paterno:
Nicolau I da Rússia
Bisavó paterna:
Alexandra Feodorovna (Carlota da Prússia)
Avó paterna:
Maria Alexandrovna (Maria de Hesse-Darmstadt)
Bisavô paterno:
Luís II, Grão-duque de Hesse
Bisavó paterna:
Guilhermina de Baden
Mãe:
Maria Pavlovna da Rússia
Avô materno:
Frederico Francisco II de Mecklemburgo-Schwerin
Bisavô materno:
Paulo Frederico I de Mecklemburgo-Schwerin
Bisavó materna:
Frederico Luís de Mecklemburgo-Schwerin
Avó materna:
Augusta de Reuss-Köstritz
Bisavô materno:
Henrique LXIII de Reuss-Köstritz
Bisavó materna:
Leonor de Stolberg-Wernigerode

Notas e referências

Bibliografia

  • Peter Kurth, Anastasia: The Riddle of Anna Anderson, Back Bay Books, 1983, ISBN 0-316-50717-2
  • John Curtis Perry and Constantine Pleshakov, The Flight of the Romanovs, Basic Books, 1999, ISBN 0-465-02462-9
  • Paul Theroff, An Online Gotha
  • Charlotte Zeepvat, The Camera and the Tsars: A Romanov Family Album, Sutton Publishing, 2004, ISBN 0-7509-3049-7
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