Banco PAN
Banco PAN (antigo Banco PanAmericano)[3] é um banco brasileiro, com sede na cidade de São Paulo, no estado homônimo, controlado pelo BTG Pactual.
Banco PAN | |
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Razão social | Banco PAN S.A. |
Capital aberto | |
Slogan | Mais que banco. Mais que bank. PAN |
Cotação | B3: BPAN4 |
Atividade | Banco |
Gênero | Serviços financeiros |
Fundação | 21 de fevereiro de 1969 (55 anos) |
Fundador(es) | Silvio Santos |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Proprietário(s) | Silvio Santos (1969–2011) Caixa Econômica (2010–2021) BTG Pactual (2011–atualmente) |
Presidente | Carlos Eduardo Guimarães |
Pessoas-chave | Roberto Sallouti (Chairman) |
Empregados | 2 820 (2022)[1] |
Produtos | Banco digital, conta corrente, cartões, crédito, pagamentos, investimentos, seguros, financiamentos |
Empresa-mãe | BTG Pactual |
Subsidiárias | Lista
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Acionistas | BTG Pactual (73,95%) Free float (26,05%)[2] |
Valor de mercado | R$ 7,93 bilhões (2022)[1] |
Ativos | R$ 56,1 bilhões (2022)[1][2] |
Lucro | R$ 706 milhões (2022)[2] |
LAJIR | R$ 850 milhões (2022)[2] |
Faturamento | R$ 14,2 bilhões (2022)[2] |
Antecessora(s) | |
Website oficial | www.bancopan.com.br |
Atua nas áreas de cartões de crédito, crédito consignado, financiamento de veículos, investimentos de renda fixa e banco digital. Também oferece serviço imobiliário e de adquirência, por meio de aquisições de empresas com a Brazilian Mortgages e Brazilian Securities.[4]
Histórico
Em 21 de fevereiro de 1969, o Grupo Silvio Santos assumiu o controle acionário da Real Sul S.A., empresa que atuava no mercado desde 1963, em São Caetano do Sul, transformando-a em Baú Financeira S.A. Em 1990, autorizado para atuar como banco múltiplo, passou a ser denominado Banco PanAmericano.[5]
Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal (CEF) pagou R$ 739,2 milhões para adquirir parte do banco PanAmericano. O banco estatal, por meio da Caixa Participações (CaixaPar), adquiriu pouco mais de um terço do capital total da instituição financeira. A Caixa comprou 49% das ações preferenciais e mais 20,69% das ações ordinárias do PanAmericano. Considerando os dois tipos de ações, a CaixaPar passou a deter 35,54% do capital total do banco.[6]
Venda para o grupo BTG Pactual
O grupo Sílvio Santos vendeu o Banco PanAmericano para o grupo BTG Pactual, que assumiu toda a dívida acumulada da instituição. Sílvio Santos disse ainda que as demais empresas do Grupo Silvio Santos não estão mais à venda.[7] Contrariando essa afirmação, em 31 de julho de 2011, a Magazine Luiza adquire as Lojas do Baú Crediário.[8]
Em 6 de abril de 2021, o BTG Pactual comprou as ações da Caixa por R$ 3,7 bilhões tornando-se assim, o maior acionista do banco.[9][10]
Surge a marca Banco PAN
Em abril de 2013, o banco PanAmericano comprou a carteira de cartão de crédito consignado do banco Cruzeiro do Sul por R$ 351 milhões, com isso passou a ter 237 convênios apenas com órgãos públicos, além de outros sete com empresas do setor privado. A operação foi a última antes da consolidação da marca Banco Pan.[11]
Em 15 de maio de 2013, o nome do banco mudou para Banco PAN, que segundo a diretoria, foi uma mudança estratégica, a fim de agilizar os processos e aumentar a eficiência do banco.[12] A divulgação da marca ocorreu na final do Campeonato Paulista de Futebol, em uma decisão entre Corinthians e Santos, quando o novo logo apareceu estampado nas camisetas do alvinegro paulistano.[13]
Em 2014, foi aprovado pelo Conselho o aporte dos acionistas do banco, em uma operação que injetou aproximadamente 3 bilhões de reais, somados os valores de BTG e CaixaPar, além da emissão de mais papéis do banco para a Bolsa de Valores.[14] O banco fez também a mudança de seu ticker de negociação na Bovespa, tendo suas ações preferenciais BPNM4 alteradas para BPAN4 como parte da operação de reestruturação da marca.[15]
Entre as ações visando ao crescimento, em 2014, o Pan firmou acordo junto à Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e à Caixa Econômica Federal para melhorar as condições de financiamentos de veículos. À época, o banco já era o braço direito da Caixa em crédito para aquisição de motocicletas.[16]
As mudanças fizeram com que a agência classificadora de risco Standard & Poor's (S&P) retirasse a observação negativa do banco, mantendo a sua classificação global como BB/B com perspectiva estável.[17]
Com os desdobramentos da crise econômica que se abateu sobre o Brasil em 2015,[18] o Banco PAN fechou o primeiro trimestre do ano com um prejuízo líquido de 73,5 milhões, apesar de continuar aumentando as carteiras de crédito.[19] O banco então passou a focar no investimento em cessão de crédito a outras instituições a fim de melhorar sua performance financeira. Os resultados apareceram no segundo trimestre do mesmo ano com a obtenção de 3,6 milhões de lucro. No terceiro trimestre, esse lucro evoluiu para 44,3 milhões.[20]
Em 30 de novembro de 2015, o então presidente do BTG Pactual, André Esteves renunciou a todos os seus cargos no BTG e nas instituições ligadas ao banco de investimentos que incluía a cadeira de vice-presidente do Conselho Administrativo do Banco PAN.[21]
Em novembro de 2017, o Banco Pan anunciou que José Luiz Acar Pedro deixaria a presidência da instituição e que seu sucessor seria Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto.[22] Em julho de 2019, o Banco realizou um rebranding, mudou seu logo e ofertou uma quantidade significativa de ações preferenciais ao mercado. Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto renunciou ao cargo de presidente, em 30 de agosto de 2019, quando o antigo CFO, Carlos Eduardo Guimarães, assumiu a posição de CEO da instituição.[23]
Em 2019, iniciou seu processo de digitalização, que permitiu aos usuários, por exemplo, a formalização dos contratos de financiamento sem papel. No mês de agosto, o banco atingiu a marca de R$ 1 bilhão em operações de crédito que foram formalizadas por meios digitais.[24] O banco foi pioneiro no uso de biometria facial para a realização de transações.[25]
Em 2020, o Banco criou o canal unbraded "Pra Fazer Mais" para criar conteúdo de educação financeira para os brasileiros da classe CDE.[26] Ainda nesse ano, apresentou a personalidade Jojo Todynho como embaixadora da marca.
Em 2021, o Banco PAN realizou duas grandes aquisições, a primeira foi da compra de 80% da Mobiauto, a maior plataforma digital independente para comercialização de veículos do país, como forma de ampliar sua participação estratégica no mercado de veículos.[27] A segunda, foi da Mosaico, dona das marcas Buscapé e Zoom, que oferecem cashback e comparação de preços aos usuários.[28] Como parte de sua estratégia, o empresário e apresentador Luciano Huck foi anunciado como membro consultivo do conselho de administração e comitê de marketing.
Em 2022, o banco foi classificado como a 10º marca que mais se valorizou no Brasil.[29]
Premiações e Reconhecimentos
Em 2020, o banco foi considerado pelo Great Place to Work (GPTW) Mulher como uma das melhores empresas para mulheres trabalharem no Brasil.[30]
Ainda em 2020, o Banco recebeu a placa de 100 mil inscritos pelo canal "Pra Fazer Mais", do Youtube.[31]
Em 2021, o Banco PAN foi o vencedor da categoria “Melhor transformação bancária da América Latina” em 2021 na edição anual do “Euromoney Awards for Excellence".[32][33] Trata-se de uma das premiações mais importantes do setor bancário.
Irregularidades
Inconsistência contábil de 2010
Em 2010, o Banco anunciou que o Grupo Silvio Santos, seu então controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição, recurso obtido em empréstimo junto ao Fundo Garantidor de Créditos, visando restabelecer o equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional, pois haviam sido constatadas "inconsistências contábeis".[34][35]
Os executivos foram demitidos e assumiram novos administradores, mas, com risco de sobrevivência, o Panamericano acabou sendo vendido ao BTG Pactual, em 31 de janeiro de 2011.[36]
Operação Conclave de 2017
Em 19 de abril de 2017, a Polícia Federal deflagrou a Operação Conclave, com o objetivo de investigar a de fraude na aquisição de ações do Banco PanAmericano pela CaixaPar. O inquérito instaurado apurou a responsabilidade de gestores da Caixa Econômica na inconsistência contábil, além de investigar possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes. Os investigados responderam por gestão fraudulenta.[37] A venda, em 2021, da participação da Caixa no Banco Pan ao BTG Pactual marcou o fim desse capítulo.[38] O BTG Pactual afirmou que não foi parte ou teve envolvimento na compra de participação do Banco Pan pela CaixaPar.[39]