Bispado de Vármia



O Principado-Bispado de Vármia[1] (em polonês/polaco: Biskupie Księstwo Warmińskie,[2] em alemão: Fürstbistum Ermland)[3] foi um estado eclesiástico semi independente, governado pelo prelado da Sé de Vármia e compreendendo um terço da área, então diocesana. Os outros dois terços da diocese estava sob o governo secular do Estado dos Cavaleiros Teutônico Monástica (até 1525, e Prússia Real depois). A Sé de Vármia era uma diocese prussiana sob a jurisdição do Arcebispado de Riga que era um protetorado da Prússia Teutônica (1243–1466) e um protetorado do Reino da Polônia, depois parte da República das Duas Nações após a Paz de Toruń (1466-1772)[4]

Fürstbistum Ermland
Biskupie Księstwo Warmińskie

Bispado de Vármia

Parte do Estado da Ordem Teutónica
Parte do Império Polonês
Parte da República das Duas Nações


1243 – 1772
 

Brasão de Vármia

Brasão



Localização de Vármia
Localização de Vármia
Bispado de Varmia em 1635 (em vermelho)
ContinenteEuropa
RegiãoEuropa Central
PaísPolônia
CapitalLidzbark Warmiński
GovernoTeocracia
Período históricoIdade Média
 • 24 de julho de 1243Criação da Diocese
 • 24 de julho de 1243Criação do Bispado
 •  1356Ganho de Reichsfreiheit
 •  1466Independência da Ordem Teutônica
 • 5 de agosto de 1772Anexação pela Polônia
 • 1 de julho de 1772Anexação pela Prússia

História

Originalmente fundada como o Bispado de Ermland,[5] criado por Guilherme de Módena em 1243 no território da Prússia após sua conquista pelos Cavaleiros Teutônicos durante das Cruzadas do Norte. O capítulo da catedral diocesano foi constituído em 1260. Enquanto nos anos 1280 a Ordem Teutônica conseguiu impor a participação simultânea de todos os cânones capitulares na Ordem nos outros três bispados prussianos, o capítulo de Ermland manteve a sua independência. Então o capítulo de Ermland poderia repelir a influência externa ao eleger seus bispos. Assim, a Bula Dourada do Imperador Carlos IV nomeava os bispos como príncipe-bispos, categoria não adjudicada aos outros três bispos da Prússia (Kulm, Pomesania e Samland).

Pela Paz de Toruń (1466) o principado-bispado - assim como em outras histórias da Prússia Teutônica oriental - separou-se e formaram uma parte da Prússia Real, que adotou o Império Polonês como soberano em união pessoal. Depois em 1569 a Prússia Real em conjunto a República das Duas Nações a autonomia de Vármia desvaneceu-se gradualmente.

Após a Primeira Partilha da Polônia em 1772, a anexação pelo Reino da Prússia secularizou o principado-bispado como um estado.[6] Seu território, Vármia (em alemão: Ermeland), foi incorporado à Prússia Oriental. O rei Frederico II da Prússia confiscou as terras de propriedade do principado-bispado e atribuiu para o Kriegs- und Domänenkammer em Königsberg.[7] Em troca, ele compensava as enormes dívidas do então príncipe-bispo Ignacy Krasicki.

Pelo Tratado de Varsóvia (18 de setembro de 1773), Frederico II garantia o livre exercício da religião para os católicos, assim que o corpo religioso da diocese católica romana continuou a existir, conhecida desde 1992 como a Arquidiocese de Vármia.

Príncipes-bispos

Referências

Fontes

  • The Catholic Encyclopedia, Vol 3 - History of Bischopric of Ermsland.
  • «Warmia and Mazuria History library» (em polaco) 
  • Hans-Jürgen Karp: Universalkirche und kirchlicher Partikularismus in Ostmitteleuropa. Die exemten Bistümer. Bistum Ermland. In: Dietmar Willoweit, Hans Lemberg (Hrsg.): Reiche und Territorien in Ostmitteleuropa. Historische Beziehungen und politische Herrschaftslegitimation. Oldenbourg, München 2006, ISBN 3-486-57839-1, (Völker, Staaten und Kulturen in Ostmitteleuropa 2), S. 212–226, Google Books.