Castro Barbosa

cantor, ator, compositor e humorista brasileiro

Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais conhecido simplesmente como Castro Barbosa (Sabará, 7 de maio de 1909 - Rio de Janeiro, 20 de abril de 1975) foi um cantor, ator, compositor e humorista brasileiro.[1]

Castro Barbosa
Castro Barbosa
Castro Barbosa
Nascimento7 de maio de 1909
Sabará,  Minas Gerais
Nacionalidadebrasileiro
Morte20 de abril de 1975 (65 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
OcupaçãoAtor, Cantor, Compositor e Humorista
Atividade1930-1975

Biografia

Irmão do cantor Luiz Barbosa e do humorista e cantor Barbosa Júnior, Castro Barbosa nasceu no interior de Minas Gerais, filho de um engenheiro que participara da construção da antiga estrada Rio–São Paulo. Ainda durante a infância de Joaquim Silvério, a família veio morar no Rio de Janeiro, então Capital Federal. Em 1924, Castro Barbosa passou a cursar uma escola comercial, onde se formaria guarda-livros (contabilidade). De 1926 a 1928 trabalhou na "Livraria Braga & Cia", mas após sofrer um acidente ferroviário em Teresópolis, passou alguns meses inativo e depois ingressou na companhia de navegação "Lóide Brasileiro".[2]

Cantor

Em 1930, trabalhando no Lloyd, conheceu João Athos, um cantor, que escutando-o cantarolar, interessou-se pela sua voz e o indicou para um teste na Rádio Educadora (PRB-7), [2] onde foi apresentado ao também cantor Almirante, que o convidou a participar de seu programa. Na emissora, foi travando conhecimento com os grandes artistas da época, dentre os quais Noel Rosa, Custódio Mesquita, Nonô e Francisco Alves. Teve sua grande oportunidade no famoso "Programa Casé", apresentado por Ademar Casé. Convidado pelo compositor André Filho, gravou seu primeiro disco em fevereiro de 1931, com a marcha "Uvinha", de André Filho, e o samba "Tu hás de sentir", de Heitor dos Prazeres. Gravou também o samba "Tá de mona" (Maércio e Mazinho), com o Bando da Lua.[3]

Em dezembro daquele mesmo ano voltaria ao estúdio, desta vez para realizar uma das gravações mais importantes da história da música brasileira: "O teu cabelo não nega", de Lamartine Babo e Irmãos Valença. A marcha se tornaria em 1932 o maior sucesso de carnaval de todos os tempos e a gravação venderia 15 mil cópias.[carece de fontes?]

Pouco depois, foi incentivado pelo cantor e compositor Paulo Neto de Freitas a tentar contatos com a gravadora RCA Victor. Paulo Neto apresentou o cantor ao violonista Rogério Guimarães, então diretor-artístico dessa gravadora que o aprovou. Por essa época, conheceu João de Freitas Ferreira, que atuava com o pseudônimo de "Jonjoca". Em uma festa na casa do cantor Jorge Fernandes, os dois fizeram duetos de brincadeira, com Castro imitando a voz de Francisco Alves, então o cantor de maior sucesso no Brasil. A partir de então formaram uma dupla, "Jonjoca e Castro Barbosa", para concorrer com Mário Reis e Francisco Alves, que gravou muitas músicas de sucesso. O primeiro disco da dupla trazia os sambas "Sinto falta de você" e "A cana está dura", de autoria de Jonjoca. Levado por Paulo Neto para a gravadora RCA-Victor, foi apresentado ao diretor artístico Rogério Guimarães. A dupla realizou mais de 20 gravações até 1933.[3]

Humorista

Castro Barbosa gravaria inúmeras canções de sucesso até 1954 (83 discos de 78 RPM e 150 músicas), mas em 1937 foi convidado por Renato Murce para substituir o ator Artur de Oliveira no "Programa Palmolive", da Rádio Nacional, atuando como cantor e humorista ao lado de Dircinha Batista e Jorge Murad. Foi a partir dali que a sua atuação como "speaker" e humorista passaria a sobrepujar a carreira de cantor.[4]

Foi convidado por Lauro Borges em 1939 para fazer juntamente com ele um programa humorístico, "PRV-8 Rádio X", com poucas edições. Seria o embrião de uma nova atração, "PRK-20 Zoio d'Água - 200 velocipe na antônia e 500 kilovate na onda", quadro do programa "Sorriso Colgate", que durou de outubro de 1942 a setembro de 1944 na Rádio Club. Castro Barbosa adotou então o pseudônimo de "Vasco Ferreira" e dividia o microfone com Lauro e também Renato Murce, Jorge Murad e Del Mundo. As participações dos demais atores logo cessou e restou apenas a dupla Lauro e Castro.[5]

Às 21 horas do dia 19 de outubro de 1944 estreou pela Rádio Mayrink Veiga "PRK-30". No entanto, Castro Barbosa não participou das primeiras irradiações, com o ator Pinto Filho em seu lugar. Foi somente a partir da 25ª apresentação, em 16 de abril de 1945, que Castro Barbosa, sem mais usar o pseudônimo de Vasco Ferreira, passou a interpretar "Megatério Nababo de Alicerce". Em 27 de setembro de 1946, PRK-30 passou a ser transmitido pela Rádio Nacional. A partir de então, o humorístico seria uma das maiores e mais populares atrações da emissora.[6]

Seriam muitos anos de absoluto sucesso, com PRK-30 sendo irradiado também de São Paulo (1951). O programa também passou para a televisão, com igual sucesso, pelas TVs Paulista e Rio.[3]

Castro Barbosa aposentou-se em 1968, após a morte de Lauro Borges, e morreu em 1975, vítima de um aneurisma no estômago. Deixou a viúva, Guilhermina Mendes, três filhos e cinco netos. Em sua homenagem, foi batizada com seu nome uma rua no bairro do Grajaú. Sua sobrinha neta Renata Castro Barbosa também é atriz.[carece de fontes?]

Referências

Ligações externas

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