Chico Ferramenta

político brasileiro

Francisco Carlos Delfino, mais conhecido como Chico Ferramenta (Bom Despacho, 8 de janeiro de 1959Ipatinga, 4 de julho de 2023), foi um sindicalista e político brasileiro.[1]

Chico Ferramenta
Primeiro-cavalheiro de Ipatinga
Período1º de janeiro de 2013
a 1º de janeiro de 2017
Prefeito de Ipatinga
Período1º de janeiro de 1997
a 1º de janeiro de 2005
Antecessor(a)João Magno
Sucessor(a)Sebastião Quintão
Deputado federal por Minas Gerais
Período1995 a 1996
Prefeito de Ipatinga
Período1º de janeiro de 1989
a 1º de janeiro de 1993
Deputado estadual de Minas Gerais
Período1987 a 1988
Dados pessoais
Nome completoFrancisco Carlos Delfino Ferramenta
Nascimento8 de janeiro de 1959
Bom Despacho, MG
Morte4 de julho de 2023 (64 anos)
Ipatinga, MG
Nacionalidadebrasileiro(a)
CônjugeCecília Ferramenta
PartidoPT (1980-2023)
ReligiãoCatólico
ProfissãoSindicalista

Foi líder sindical dos empregados da siderúrgica Usiminas, deputado estadual mais votado de Minas Gerais em 1986, pelo Partido dos Trabalhadores e prefeito do município mineiro de Ipatinga por três mandatos, em 1989–1992, 1997–2000 e 2001–2004 (sempre pelo PT). Foi também deputado federal mineiro em 1995–1996.[2] Em 2006, foi candidato a deputado federal, mas não foi eleito. Até sua morte foi casado com a também ex-prefeita de Ipatinga Cecília Ferramenta.[2]

Ascensão política

Sua trajetória política começou quando montou uma chapa de oposição no sindicato dos metalúrgicos do Ipatinga. Por este ato, ele, seus companheiros de chapa e alguns dos funcionários simpatizantes foram demitidos pela Usiminas. Filiando-se ao PT e mantendo relação estreita com o então presidente do partido, Lula, Ferramenta alcançou prestígio e tornou-se um dos principais líderes sindicais e políticos de Minas, numa região onde foram instaladas não só a Usiminas mas diversas outras grandes indústrias como a Cenibra, Acesita, Usimec e Belgo-Mineira.

Após ser o segundo deputado estadual mais votado do estado nas eleições de 1986, foi eleito em 1988 para seu primeiro mandato como prefeito de Ipatinga,[3] vitória muito festejada por grande parte da população, principalmente a que estava ligada aos movimentos populares, porque interrompeu de vez com o revezamento de dois políticos tradicionais na cadeira de prefeito: Jamill Selim de Sales e João Lamego Netto.

Os resultados da primeira gestão de Ferramenta foram tão contundentes que ele conseguiu eleger seu vice, João Magno, como sucessor e logo depois, foi novamente eleito para a prefeitura. Sua saga política não termina aí: em 2000 é reeleito prefeito.

Desaparecimento e preocupação nacional

Chico Ferramenta, então prefeito de Ipatinga, desapareceu em 2003 sem dar notícias. Temia-se que ele tivesse sido assassinado como Celso Daniel e Toninho do PT. Posteriormente, ele foi encontrado bem em um hotel.[4]

Eleição anulada

Chico Ferramenta venceu o candidato Sebastião Quintão, que tentava a reeleição, nas eleições de 2008. Na data de sua diplomação, no entanto, Ferramenta foi impedido de tomar posse, porque a justiça eleitoral entendeu que havia irregularidades em sua candidatura.[5]

Poucos dias depois, o próprio Quintão também seria afastado da prefeitura por ação do judiciário, em virtude de abuso do poder econômico em sua gestão anterior. A sequência de afastamentos fez com que a prefeitura tivesse que ser assumida pelo então presidente da Câmara dos Vereadores Robson Gomes.[6]

Saúde e morte

As aparições públicas do ex-prefeito se tornaram bastante esporádicas devido à saúde cada vez mais debilitada. Em um desses raros momentos, de cadeira de rodas, subiu no palanque do então candidato à presidência pelo PT Luiz Inácio Lula da Silva, durante a passagem de sua campanha eleitoral por Ipatinga, em 23 de setembro de 2022.[7]

Em março de 2023, Chico Ferramenta foi internado no Hospital Municipal Eliane Martins sob complicações de uma pneumonia, atingindo um estado grave de saúde.[2] Em 6 de abril, foi transferido para o Hospital Márcio Cunha. Permaneceu internado em UTI de 18 de março a 14 de abril, quando recebeu alta da terapia intensiva.[8] Em 23 de maio, saiu do hospital. Voltou a ser internado de 5 a 19 de junho de 2023, quando pôde voltar para casa. Contudo, foi novamente internado no Hospital Márcio Cunha, acometido por pioras do padrão respiratório e da função renal, em 22 de junho,[9] vindo a falecer às 12h04min de 4 de julho de 2023.[3]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do ex-prefeito de Ipatinga nas redes sociais.[10] O corpo foi velado no Ginásio Eli Amâncio, no Centro Esportivo e Cultural Sete de Outubro, obra construída em gestão do próprio Chico Ferramenta.[11] Foi enterrado no Cemitério Parque Nossa Senhora da Paz, no bairro Veneza, no dia 5 de julho.[12]

Ver também

Referências

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