Clóvis Salgado da Gama

médico, professor e político brasileiro

Clóvis Salgado da Gama (Leopoldina, 20 de janeiro de 1906Belo Horizonte, 25 de julho de 1978) foi um médico, professor e político brasileiro. Foi governador de Minas Gerais e ministro da Educação e Cultura. Era membro do Partido Republicano (PR), que existiu entre 1945 a 1965, quando o PR foi extinto pela Ditadura militar brasileira, por intermédio do AI-2.[1]

Clóvis Salgado da Gama
Clóvis Salgado da Gama
Governador de Minas Gerais
Período31 de março de 1955
até 31 de janeiro de 1956
Antecessor(a)Juscelino Kubitschek
Sucessor(a)José Francisco Bias Fortes
Vice-governador de Minas Gerais
Período31 de janeiro de 1951
até 31 de março de 1955
Vice-governador de Minas Gerais
Período31 de janeiro de 1961
até 31 de janeiro de 1966
Ministro da Educação do Brasil Brasil
Período31 de janeiro de 1956
até 30 de abril de 1956
Antecessor(a)Abgar Renault
Sucessor(a)Celso Brant
Ministro da Educação do Brasil Brasil
Período4 de novembro de 1956
até 18 de junho de 1959
Antecessor(a)Nereu Ramos
Sucessor(a)Pedro Calmon
Ministro da Educação do Brasil Brasil
Período18 de outubro de 1960
até 31 de janeiro de 1961
Antecessor(a)Pedro Paulo Penido
Sucessor(a)Brígido Fernandes Tinoco
Dados pessoais
Nascimento20 de janeiro de 1906
Leopoldina, Minas Gerais
Morte25 de junho de 1978 (72 anos)
Belo Horizonte
Nacionalidadebrasileiro
Profissãomédico
Discurso de Clóvis Salgado da Gama, Ministro da Educação e Cultura, sobre a reforma do ensino e as realizações do Ministério em 1956.

Biografia

Livro que foi feito pelo Departamento Nacional de Educação, em uma das gestões de Clóvis Salgado, sob coordenação do heraldista Artur Luponi, sobre os Símbolos Nacionais do Brasil.

Nasceu em Leopoldina, Minas Gerais, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1929.[2] Começou suas atividades políticas ao regressar a Leopoldina e fundar o jornal Nova Fase. Ingressou na Aliança Liberal em 1930, apoiando a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República. Após a Revolução de 1930, manteve-se na ala do Partido Republicano Mineiro ligada ao ex-presidente Artur Bernardes e contrária ao presidente Vargas.

Após a instauração do Estado Novo em 1937, Clóvis Salgado dedicou-se ao magistério, lecionando na Faculdade Nacional de Medicina e na Universidade de Minas Gerais. Em 1942 ajudou a organizar a Cruz Vermelha em Minas Gerais. Em 1944 foi diretor do Hospital das Clínicas da Universidade de Minas Gerais, do qual se afastou em 1954 ao integrar o Conselho Federal de Educação.

Vida Política

Em 1958.

Em 1950, Clóvis Salgado foi eleito vice-governador de Minas Gerais pelo Partido Republicano (PR), em chapa formada com Juscelino Kubitschek, eleito governador pelo PSD. Assumiu o governo mineiro em 31 de março de 1955, quando Juscelino renunciou ao mandato para disputar a presidência da República. Com a vitória de Juscelino, Clóvis Salgado tornou-se seu ministro da Educação e Cultura, cargo que ocupou em três ocasiões.[2]

Como governador, criou o Conservatório Estadual de Música, o Departamento de Saúde Pública e o Departamento Social do Menor e iniciou a construção do Hospital do Câncer e da Escola de Saúde Pública. Como ministro da Educação, criou o Teatro Nacional de Comédia e o Museu Villa-Lobos e participou da elaboração da Universidade de Brasília.

Clóvis Salgado foi novamente vice-governador de Minas Gerais de 1961 e 1966, período em que José de Magalhães Pinto era o governador. Apoiou o Golpe Militar de 1964, filiando-se posteriormente à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Entre 1967 e 1971, foi secretário da Saúde no mandato do governador Israel Pinheiro.

Foi um dos idealizadores do Palácio das Artes de Belo Horizonte, inaugurado em 1971. Criou o Teatro Marília e presidiu a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.[3] Em 1973 tornou-se diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, permanecendo no cargo até 1976. Morreu em 1978 em Belo Horizonte.

É patrono da cadeira 5 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.[4] Foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina em 1960, sucedendo Mauricio Gudin na cadeira 37, que tem José Alves Maurity Santos como patrono.[5]

Condecorações

Referências

Ligações externas


Precedido por
Juscelino Kubitschek
Governador de Minas Gerais
1955 — 1956
Sucedido por
José Francisco Bias Fortes
Precedido por
Abgar Renault
Ministro da Educação e Cultura do Brasil
1956
Sucedido por
Celso Brant
Precedido por
Nereu Ramos
Ministro da Educação e Cultura do Brasil
1956 — 1959
Sucedido por
Pedro Calmon
Precedido por
Pedro Paulo Penido
Ministro da Educação e Cultura do Brasil
1960 — 1961
Sucedido por
Brígido Fernandes Tinoco