Cojo
O Cojo (também conhecido por Côjo) é o nome tradicional de uma zona da cidade de Aveiro, Portugal, nas margens do Canal do Cojo, entre a Praça Gen. Humberto Delgado e o Cais da Fonte Nova.[1]
Até ao início do séc. XX esta foi uma importante zona de apoio à indústria de cerâmica, sal e pesca de Aveiro, sendo os produtos provenientes da Ria de Aveiro transportados através do canal até ao Cais do Cojo, viajando de seguida em carros de bois até à estação ferroviária, de onde eram exportados para todo o país. Existiram também neste local várias indústrias, tais como a Fábrica de Louça Fina do Cojo (1774)[2] a Fábrica Aleluia (1917)[3] e a Fábrica Jeronymo Pereira Campos (1896, único edifício ainda existente desta altura, convertido posteriormente no Centro de Congressos de Aveiro).[4][5][6]
Sensivelmente a meio do Canal do Cojo existia uma área de terra denominada Ilhote do Cojo, na qual funcionou um velódromo (Velódromo do Clube dos Galitos). Com o aterro e consolidação da margem norte do canal, o ilhote foi incorporado nesta margem, deixando de existir.[1]
Atualmente, os únicos vestígios com referência a esta zona são o Canal e o Cais do Cojo, estando atualmente localizados nesta área o mercado Manuel Firmino, o Fórum Aveiro e o edifício da Companhia de Seguros Ultramarina.[7]
- Zona do Cojo, em 1890. A área à esquerda é atualmente ocupada pelo Fórum Aveiro. Exisitia também um moínho de marés, convertido posteriormente na Capitania do Porto de Aveiro.
- Vista a partir das Pontes (atual Praça Gen. Humberto Delgado), em 1890. À direita, é visível o moínho de marés que foi convertido na Capitania do Porto de Aveiro.
- Cais do Cojo. Até ao início do séc. XX, vários produtos eram transportados até um cais aqui existente, sendo depois transportados em carros de boios até à estação ferroviária.
- Fábrica Campos (atual Centro de Congressos de Aveiro), no Cais da Fonte Nova.
- Mapa de Aveiro, de 1696. Nele, é visível o Ilhote do Cojo.
- Mapa com os limites do Canal do Cojo (a vermelho). A zona do Cojo ocupava, sensivelmente, a metade esquerda do canal.