Crosta láctea

Crosta láctea é uma forma de dermatite seborreica que afeta o couro cabeludo de bebés.[3] O sintoma mais evidente são crostas descamativas de cores vermelha ou amarela na cabeça.[1][4][2] Geralmente as crostas não causam comichão nem incomodam a criança.[4][5] Além do couro cabeludo, as crostas podem também aparecer na testa, orelha, a região à volta do nariz e a virilha.[2] Em alguns casos pode ocorrer perda de cabelo.[2]

Crosta láctea
Crosta láctea
Crosta láctea no couro cabeludo de um bebé
SinónimosDermatite seborreica infantil, dermatite seborreica neonatal
EspecialidadeDermatologia
SintomasCrostas descamativas no couro cabeludo[1]
Início habitual3 semanas a 1 mês de vida[1]
CausasPossivelmente infeção fúngica ou hiperatividade das glândulas sebáceas[2]
TratamentoAplicação diária de um emoliente seguida de lavagem e remoção das crostas com pente suave[1]
Frequência~10% (aos 3 meses)[1]
Classificação e recursos externos
CID-10L21.0
CID-9690.11
CID-11e 1315633810 1493830367 e 1315633810
MedlinePlus007582
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A crosta láctea não é contagiosa nem é causada por infeções bacterianas, alergias ou falta de higiene.[2] Embora não se saiba as causas exatas, pensa-se que tenha origem em infeções fúngicas ou hiperatividade das glândulas sebáceas.[2] Esta hiperatividade pode ser o resultado de hormonas da mãe ainda em circulação.[4] As glândulas sebáceas hiperativas secretam uma substância oleosa que faz com que as células da pele mais velhas se agarrem ao couro cabeludo em vez de caírem.[4]

O tratamento inicial dos casos ligeiros e localizados é conservador e consiste na aplicação diária de um emoliente, como óleo de amêndoas doces ou vaselina, seguida de lavagem com um champô suave.[1] O emoliente amolece as crostas, facilitando a sua remoção com uma escova, escova dos dentes ou pente suave.[1] Quanto mais tempo o emoliente estiver em contacto com as crostas, mais fácil é a sua remoção.[1] Nos casos em que a condição não melhora com tratamento conservador, podem ser tentadas emulsões antimicóticas como cetoconazol 2% ou pomadas esteroides como hidrocortisona 1% durante cerca de 1–2 semanas.[1] O aparecimento de novas crostas pode ser prevenido continuando a lavar diariamente o couro cabeludo com champô.[1]

Entre as condições com sintomas semelhantes está a dermatite atópica e o impetigo, embora a dermatite atópica cause comichão moderada a intensa.[1] A crosta láctea é uma condição comum, afetando cerca de 10% dos bebés nos três primeiros meses de vida.[1] A condição é mais comum por volta dos três meses de vida, diminuindo progressivamente até ao primeiro ano.[1] Por volta do segundo ano de vida, a prevalência é de 7%.[1]

Referências