Clarín

jornal argentino
(Redirecionado de Diario Clarín)
 Nota: Não confundir com Clarim (instrumento musical).

O diário Clarín é o jornal de maior circulação da Argentina. Editado em Buenos Aires, foi fundado em 1945 por Roberto Noble, que o dirigiu até 1969. Em 1965 tornou-se o jornal com maior tiragem na capital argentina. Faz parte do Grupo Clarín, assim como o jornal esportivo Olé.

Clarín
Arte Gráfico Editorial Argentino S.A.
Periodicidadediário
Formatotabloide
SedePiedras, 1743, Buenos Aires
Fundação28 de agosto de 1945 (78 anos)
Fundador(es)Roberto Noble
PresidenteErnestina Herrera de Noble
ProprietárioGrupo Clarín
EditoraArte Gráfico Editorial Argentino S.A.
DiretorErnestina Herrera de Noble
EditorErnestina Herrera de Noble
Orientação políticaliberalismo social[1][2][3][4][5]
Anteriormente:
desenvolvimentismo[6]
Publicações irmãsOlé

História

Clarín de 28 de agosto de 1945

Clarín foi criado por Roberto Noble, ex-ministro da província de Buenos Aires, em 28 de agosto de 1945. Foi um dos primeiros jornais argentinos publicados em formato tabloide. Tornou-se o maior jornal argentino vendidos em 1965 e o maior jornal de língua espanhola em 1985. Ele também foi o primeiro jornal argentino a vender uma revista com a edição de domingo, desde 1967. Em 1969, as notícias foram divididas em vários suplementos por tópico. Em 1976, a impressão a cores de alta foi beneficiado pela criação de AGR.

Com a morte de Roberto Noble em 1969, o jornal foi assumido pela sua viúva Ernestina Herrera de Noble. Em 1977, junto com o La Nación e La Razón, compraram a empresa a Papel Prensa. Em 1999, o jornal criou um conglomerado de mídia chamado Grupo Clarín que detem a propriedade de emissoras de Televisão (Canal 13, Todo Noticias e TyC Sports), emissora de rádio (Radio Mitre) e do jornal esportivo Olé.[7]

Clarín lançou em 1996 o clarin.com, site do jornal sendo o site de noticias mais acessado do país em 2023.[8]

Linha editorial

O jornal tem orientação política-ideológica de centro-direita, com ligações com setores conservadores da sociedade argentina.

Nas eleições gerais de 1946, o periódico apoiou José Tamborini, o candidato do União CívIca Radical (UCR), contra o populista Juan Domingo Perón.[9]

Em 1955, o periódico apoiou o golpe militar de 1955 que resultou na deposição de Perón e na posse de Eduardo Lonardi, líder da junta militar.[10]

Na gestão de Néstor Kirchner, como de sua esposa e sucessora Cristina Kirchner o jornal possuiu uma linha editorial pró-governo muito devido a proximidade de Nestor com Hector Magnetto, CEO do Grupo Clarín. Tanto que essa proximidade foi alvo de criticas de setores da imprensa Argentina como o jornal Perfil que acusou o Clarín de fazer um "pacto" com Nestor Kirchner em que o jornal teria uma abordagem mais favorável ao governo e em troca o mesmo garantiria a aprovação da compra por parte do Grupo Clarín, dono do periódico da empresa Cablevísion, feito esse que se concretizou em 2006, devido a aprovação da presidência do país em 2005 da compra da empresa.[11] No entanto, o apoio durou até 2008, quando o grupo midiático controlador do jornal, apoiou o setor ruralista Argentino, que realizou uma greve convocada por sindicatos agrícolas da Argentina contra a resolução do governo em aumentar os impostos sobre as exportações de produtos agrícolas.

Antes apoiador, o jornal se tornou o maior opositor do kirchnerismo, que se intensificou principalmente em diante a aprovação por parte da presidente Cristina Kirchner da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual da Argentina (Ley de medios) em 2009, no qual tanto o governo, como o Clarín se atacavam mutuamente.[12]

Durante a gestão de Mauricio Macri, o jornal adotou uma postura mais pró-governo, postura que se manteve até o fim de sua gestão, quando Macri foi derrotado pelo candidato peronista Alberto Fernández nas eleições presidenciais de 2019.[13] Muito desse apoio, se deu na aprovação de decretos que modificaram a Ley de medios que indiretamente favoreceram o Grupo Clarín, permitindo ao conglomerado de mídia a fusão da Cablevisíon com a Telecom Argentina em 2017.[14]

Ver também

Referências

Ligações externas