Distrofia miotónica

Distrofia miotónica (português europeu) ou distrofia miotônica (português brasileiro) é uma doença genética crónica que afeta a função muscular.[1] Os sintomas mais evidentes são fraqueza e atrofia muscular progressivas.[1] Em muitos casos os músculos contraem-se e são incapazes de relaxar.[1] Entre outros possíveis sintomas estão cataratas, deficiência intelectual e problemas na condução elétrica do coração.[1][2] Em homens, pode ocorrer calvície precoce e infertilidade.[1]

Distrofia miotónica
Distrofia miotónica
Paciente de 40 anos com distrofia miotónica com desgaste muscular, cataratas bilaterais e bloqueio cardíaco completo
SinónimosMiotonia atrófica,[1] miotonia distrófica[1] doença de Steinert, distrofia muscular de Steinert
EspecialidadeGenética médica, pediatria
SintomasAtrofia muscular, fraqueza, músculos que se contraem e são incapazes de relaxar[1]
ComplicaçõesCataratas, deficiência intelectual, problemas na condução elétrica do coração[1][2]
Início habitual20 a 40 anos de idade[1]
DuraçãoCrónica[1]
TiposTipo 1, tipo 2[1]
CausasGenéticas (autossómica dominante)[1]
Método de diagnósticoExames genéticos[2]
TratamentoOrtóteses, cadeira de rodas, pacemaker, ventilação com pressão positiva não invasiva[2]
MedicaçãoMexiletina, carbamazepina, antidepressivos tricíclicos, anti-inflamatórios não esteroides[2]
Frequência>1 em 8 000 pessoas[1]
Classificação e recursos externos
CID-10G71.11, G71.1
CID-9359.21
CID-11192087511
OMIM160900
DiseasesDB8739
MeSHD009223
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A distrofia miotónica é uma doença genética autossómica dominante que geralmente é herdada de um dos progenitores.[1] Existem dois tipos principais: o tipo 1 (DM1), causado por mutações no gene DMPK, e o tipo 2 (DM2), causado por mutações no gene CNBP.[1] A doença geralmente agrava-se a cada geração.[1] O tipo DM1 pode ser evidente ao nascer.[1] O tipo DM2 é geralmente menos grave.[1] A distrofia miotónica é um tipo de distrofia muscular.[1] O diagnóstico é confirmado com exames genéticos.[2]

Não existe cura.[3] O tratamento pode incluir a utilização de ortóteses, cadeira de rodas, pacemaker e ventilação com pressão positiva não invasiva.[2] Em alguns casos pode ser útil a administração de mexiletina ou carbamazepina.[2] A ocorrência de dor pode ser tratada com antidepressivos tricíclicos e anti-inflamatórios não esteroides.[2]

A distrofia miotónica afeta mais de 1 em cada 8000 pessoas em todo o mundo.[1] Embora a doença se possa começar a manifestar em qualquer idade, o início mais comum é entre os 20 e 40 anos de idade.[1] A distrofia miotónica é a forma mais comum de distrofia muscular com início em idade adulta.[1] A doença foi descrita pela primeira vez em 1909 e em 1992 foi determinada a causa subjacente do tipo 1.[2]

Referências

Ligações externas