Duarte de Portugal, arcebispo de Braga

Duarte de Portugal ([onde?], 1521 — Lisboa, 11 de novembro de 1543) foi um infante e prelado português, arcebispo de Braga.

Duarte de Portugal
Arcebispo da Igreja Católica
Arcebispo de Braga

D. Duarte de Portugal, na Galeria dos Arcebispos de Braga
Atividade eclesiástica
DioceseArquidiocese de Braga
Nomeação6 de fevereiro de 1542
PredecessorDiogo da Silva, O.F.M.
SucessorManuel de Sousa
Mandato1542 - 1543
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal6 de fevereiro de 1542
Nomeado arcebispo6 de fevereiro de 1542
Dados pessoais
Nascimento1521
MorteLisboa
11 de novembro de 1543 (22 anos)
Nacionalidadeportuguês
ProgenitoresMãe: Isabel Moniz
Pai: João III de Portugal
dados em catholic-hierarchy.org
Arcebispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Era filho natural e reconhecido de D. João III com Isabel Moniz, moça da câmara da Rainha D. Leonor e filha de um alcaide de Lisboa, que tinha a alcunha de "o Carranca".[1][2]

Biografia

Na infância, foi mandado ao Mosteiro de Santa Marinha da Costa, junto a Guimarães, sendo o seu educador o frei jeronimita Diogo de Murça.[2][3] Quando tinha catorze anos de idade, seu pai mandou para a sua companhia o seu primo, D. António, sendo os dois educados em latim e retórica.[4] Consta que era bom músico e cavaleiro, além de demonstrar aptidões para as ciências.[4][5] Ainda no Mosteiro da Costa, o rei deu-lhe o priorado de Santa Cruz de Coimbra, além de tê-lo feito comendatário de Refojos de Basto, Caramos e São João de Longos Vales.[4] Com a morte de D. Diogo da Silva, D. João III aguarda quase um ano para poder nomear seu filho para a Sé bracarense, quando D. Duarte então teria a idade canónica de vinte e um anos,[4] a 6 de fevereiro de 1542,[6] tendo na sequência a confirmação do Papa Paulo III,[4] por meio das bulas Cum nos pridem, Personam luam e Hodiem dilectum.[7] Segundo a bula Cum nos pridem, D. Duarte somente seria ordenado após completar vinte e sete anos.[7]

Saindo de Guimarães a 12 de agosto de 1543, chegou à Sé de Braga dando entrada solene pela Porta do Souto, não demorando muito na cidade.[4] Chamado por seu pai, foi para Lisboa no mês seguinte, sendo recebido pelo rei e pela Corte.[4] Contudo, foi acometido de varíola e veio a morrer a 11 de novembro de 1543, contando então com apenas vinte e dois anos de idade.[2][4][6]

Para mostrar a sua erudição, traduziria para o latim a história dos reis de Portugal, mas somente traduziu a Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão.[2] Ainda escreveu "Oração em louvor da Filosofia recitada no colégio da Costa, dia de S. Jerónimo"; saiu em 1711 no segundo tomo das "Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa", por D. António Caetano de Sousa, em Lisboa.[2] Jaz sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.[4]

Referências

Bibliografia

Precedido por
Diogo da Silva, O.F.M.

Arcebispo de Braga

1542 - 1543
Sucedido por
Manuel de Sousa