Ed Benes
José Edilbenes Bezerra (Alto Santo, 20 de novembro de 1972), mais conhecido pelo pseudônimo Ed Benes, é um quadrinista brasileiro que atua principalmente no mercado norte-americano.[1][2]
Ed Benes | |
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Nascimento | José Edilbenes Bezerra 20 de novembro de 1972 (51 anos) Alto Santo |
Residência | Limoeiro do Norte |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | desenhista de banda desenhada, ilustrador de banda desenhada (lápis), arte-finalista |
Prêmios |
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Página oficial | |
https://studioedbenesarts.com/ | |
Biografia
Ed Benes começou sua carreira nos quadrinhos em 1993, quando foi convidado pelo quadrinista norte-americano Neal Adams para ilustrar a revista Samuree, da Continuity Comics. A partir daí Benes começou a trabalhar para o mercado norte-americano de quadrinhos, produzindo seu trabalho diretamente de Limoeiro do Norte, interior do Ceará. Benes fez parte da chamada "segunda geração" de artistas brasileiros que começaram a produzir para as principais editoras de quadrinhos dos Estados Unidos.[1][3][4]
A opção pelo pseudônimo "americanizado" ocorreu em uma época em que havia uma preocupação dos editoras para que os nomes dos artistas não soassem muito latinos para os leitores norte-americanos (por exemplo, um dos primeiros artistas brasileiros a fazer sucesso nos Estados Unidos, Deodato Borges Filho, assumiu o pseudônimo de Mike Deodato Jr., pelo qual acabou se tornando mais conhecido).[5]
Benes trabalhou em diversos títulos, tais como Gen¹³, Thundercats, X-Men, Iron Man, Glory e Codename: Knockout. Em 2003, assinou um contrato de exclusividade com a DC Comics após ter ilustrado diversas revistas dos selos WildStorm, Vertigo e Universo DC, com destaque para a série regular da Supergirl. Inicialmente com duração de dois anos, o contrato foi renovado diversas vezes.[1][6][7]
Seu trabalho de maior destaque foi em 2006, quando assumiu os desenhos do gibi regular da Liga da Justiça que, com 135 mil exemplares vendidos, tornou-se a revista mais vendida dos Estados Unidos então. A revista, que passava por uma completa reformulação à época, tinha roteiros de Brad Meltzer.[8][9]
Em 2007, Benes fundou em Limoeiro do Norte o Estúdio Ed Benes, que funciona como escola de artes e também como estúdio profissional, selecionando talentos dentre os alunos de desenho para agenciar no mercado norte-americano.[1][10][11]
Benes participou, em 2011, do álbum MSP Novos 50: Mauricio de Sousa Por 50 Novos Artistas, terceiro volume de uma série de livros no qual artistas brasileiros foram convidados a elaborar histórias em que fizeram uma releitura dos personagens clássicos de Mauricio de Sousa.[12][13]
Em 2017, Ed Benes lançou no Brasil o quadrinho autoral Nina e Ariel através de financiamento coletivo pela plataforma Catarse. O gibi veio a partir de uma ideia que Benes desenvolveu em 2004 com essas personagens, duas mulheres sensuais, uma ruiva e uma loira, que vivem em um mundo pós-apocalíptico e vivem diversas aventuras, geralmente usando pouca ou nenhuma roupa. Desde 2004, pin-ups das personagens apareciam regularmente em na internet, mas apenas em 2017 que Benes conseguiu desenvolver a primeira edição da revista com o mesmo enredo que criara inicialmente.[14][15][16]
Prêmios e indicações
Em 2007, Ed Benes foi finalista do prêmio Eagle Awards de melhor capa por sua ilustração para a revista Justice League of America #1, lançada no ano anterior.[17] Em 2010 e 2013, o artista foi finalista do Troféu HQ Mix de destaque internacional, que tem como objetivo premiar os artistas brasileiros que têm trabalhos publicados originalmente no exterior.[18][19]
Em 2016, Benes ganhou o Prêmio Al Rio de destaque internacional.[20]