Eleonore Koch
Eleonore Koch, também chamada Lore Koch (Berlim, 2 de abril de 1926 – São Paulo, 1 de agosto de 2018), foi uma pintora e escultora brasileira de origem alemã. Seus quadros evocam a memória de objetos cotidianos, enquanto explora a natureza sensorial da pintura pela tensão entre planos de cor e linha.[1]
Eleonore Koch | |
---|---|
Nascimento | 2 de abril de 1926 Berlim |
Morte | 1 de agosto de 2018 São Paulo |
Cidadania | Alemanha, Brasil |
Progenitores |
|
Ocupação | pintora, escultora |
Primeiros anos
Koch nasceu em Berlim, Alemanha, em 1926, filha da psicanalista judia Adelheid Koch e do advogado Ernst Koch;[2] ela tinha uma irmã mais velha, Esther.[3] Sua família emigrou para São Paulo, Brasil, em 1936, fugindo da perseguição do regime nazista,[3][2]
Aos 17 anos Koch ingressou no Museu Nacional de Belas Artes para estudar, mas, insatisfeita com a experiência, abandonou o curso em pouco tempo. Por sugestão de seus pais, aprendeu encadernação e trabalhou em várias livrarias da colônia imigrante.[2] Interessada tanto em pintura quanto escultura, teve aulas particulares com os artistas Yolanda Mohalyi, Elisabeth Nobiling, Samson Flexor, e, a partir de 1947, Bruno Giorgi.[1] A partir de 1949, residiu em Paris, e continuou seus estudos com o pintor Árpád Szenes e o escultor Robert Coutin.[1]
Carreira
Ao retornar a São Paulo, em 1952, Koch trabalhou como assistente de cenógrafa para a recém-criada TV Tupi, e também na Universidade de São Paulo, como assistente dos cientistas Mário Schenberg e César Lattes. Através de seu contato com o psicanalista, colecionador e crítico de arte Theon Spanudis, ela conheceu o pintor Alfredo Volpi, e de 1953 a 1956 foi sua aluna, mudando seu foco neste período da escultura para a pintura.[1][3] Volpi influenciou fortemente sua obra, e ela tornou-se conhecida como sua única discípula.[1][2][3]
Depois de terem sido repetidamente rejeitadas durante a década de 1950,[3] as obras de Koch foram exibidas em quatro Bienais Internacionais de São Paulo consecutivas entre 1959 e 1967.[1]
Em 1966 sua carreira deu uma guinada significativa quando, durante uma estada temporária em Londres, sua obra foi aceita para exposição na Mercury Gallery, e chamou a atenção do rico colecionador Alistair McAlpine, que tornou-se seu mecenas por alguns anos.[3] Como resultado, Koch mudou-se para Londres em 1968, vivendo na cidade pelas duas décadas seguintes.[1] Nesse período, continuou a desenvolver sua arte.[1] Por volta de 1976 trabalhou como tradutora de português para a Scotland Yard, cargo que ocupou por 13 anos.[3]
Em 1989, aos 63 anos, Koch finalmente retornou ao Brasil, mudança de vida que lhe fez recontactar as cores e formas de sua arte.[2][3]
Embora desconhecida do público geral até pouco tempo atrás,[3] conquistou certo reconhecimento em círculos artísticos.[4] Ganhou maior atenção em 2013, quando a editora Cosac Naify publicou um livro dedvotado a sua obra, Lore Koch, com texto do crítico de arte Paulo Venancio Filho.[3]
Morte
Koch morreu em 1° de agosto de 2018, em São Paulo.[5]