Elisabete Weiderpass
Elisabete Weiderpass (nascida em 1966) é uma pesquisadora brasileira de câncer que atua como diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer desde 1 de janeiro de 2019. Ela é especialista em epidemiologia e prevenção do câncer. Weiderpass possui também as nacionalidades sueca e finlandesa[1].
Elisabete Weiderpass | |
---|---|
Nascimento | 11 de abril de 1966 (58 anos) São Paulo |
Cidadania | Brasil, Finlândia, Suécia |
Alma mater | |
Ocupação | investigadora de cancro |
Empregador(a) | Instituto Karolinska, Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, Cancer Registry of Norway, Folkhälsan Research Center, Universidade de Tromsø, Agência Internacional de Pesquisa em Câncer |
Infância e educação
Weiderpass é originaria de Santo André, São Paulo [2] . Em entrevista ao The Lancet[3], ela conta que cresceu em uma família da classe trabalhadora e que era improvável que ela conseguiria fazer estudos superiores. Mas para seus pais estudar era muito importante e a incentivaram a estudar. Ela conseguiu uma bolsa para estudar medicina na Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Durante sua graduação, Weiderpass se interessou cada vez mais por epidemiologia e saúde pública. [2] Weiderpass mudou-se para a Suécia para fazer doutorado no Karolinska Institutet, onde ela estudou a etiologia do câncer endometrial [3] Sua tese é intitulada "Alguns fatores hormonais na etiologia do câncer do endométrio (" Some hormonal factors in the etiology of endometrial cancer") (1999) [4].
Carreira
No início dos anos 2000, Weiderpass trabalhou na África subsaariana como pesquisadora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer [2] . Foi a experiência de campo que a sensibilizaram para lutar pela redução das desigualdades no diagnóstico e tratamento do câncer. Ela desenvolveu e ministrou programas de treinamento para médicos e pesquisadores africanos para dar suporte aos futuros líderes do continente. [2] Entre seus alunos está [[]] [Jackson Orem] , que se tornou diretor do [[]] [Uganda Cancer Institute] [5], dentro outros pesquisadores que fortaleceram a lutar contra o câncer em seus países.
Em 2005, ela retornou ao Karolinska Institutet na Suécia como Professora Associada de Epidemiologia do Câncer, iniciando uma série de estudos sobre a saúde feminina. [2]
Em 2007, Weiderpass foi nomeada chefe do grupo de epidemiologia genética no centro de pesquisa Folkhälsan em Helsinque, onde passou mais de dez anos. Ao mesmo tempo, ela supervisionou o Registro de Câncer da Noruega, localizado no Institute for Population-Based Cancer Research em Oslo, bem como na Universidade de Tromsø e na [[]] [Yale School of Medicine] .
Na ultima década, ela colaborou com uma ampla agenda de pesquisas, inclusive à nível nacional e europeu. Os temas principais pesquisados por Weiderpass inclui fatores de risco sobre estilo de vida, como tabagismo, álcool, dieta e obesidade, o que descobriu-se aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer [2] .
Weiderpass foi eleita Diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, sediada em Lyon na França, em 1 de janeiro de 2019 [1] [6] [7], para um mandato de 5 anos. Weiderpass é a primeira mulher a ocupar esta posição [2] [3] e substituiu Christopher P. Wild que estava no cargo havia 10 anos.
Em Maio de 2023, o Conselho da agência, composto de representantes de 27 países, reconduziu Weiderpass para um segundo mandato por mais 5 anos.[8]
Durante o primeiro mandato na Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, Weiderpass dirigiu e implementou a estratégia para 2021-2025, com foco nos fatores de risco para o câncer, pesquisa de implementação, impactos econômicos e societários da doença, assim como restruturou internamente grupos de pesquisa.
Como diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, Weiderpass supervisionou a conclusão do novo edifício da sede da agência e a mudança da Agência para o Biodistrito de Lyon. Durante o seu primeiro mandato, a agência deu as boas-vindas à Hungria e à China como novos Estados Participantes.
Prêmios e distinções
Publicações (seleção)
- Roger VL; Go AS; Lloyd-Jones DM; et al. (3 de janeiro de 2012), «Heart disease and stroke statistics--2012 update: a report from the American Heart Association», Circulation, ISSN 0009-7322 (em inglês), 125 (1): e2-e220, PMC 4440543 , PMID 22179539, doi:10.1161/CIR.0B013E31823AC046, Wikidata Q29547909
- Marie Ng; Tom Fleming; Margaret Robinson; et al. (30 de agosto de 2014), «Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity in children and adults during 1980-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013», The Lancet, ISSN 0140-6736 (em inglês), 384 (9945): 766-781, PMC 4624264 , PMID 24880830, doi:10.1016/S0140-6736(14)60460-8, Wikidata Q29616834
- Mohammad H Forouzanfar; Ashkan Afshin; Lily T Alexander; et al. (1 de outubro de 2016), «Global, regional, and national comparative risk assessment of 79 behavioural, environmental and occupational, and metabolic risks or clusters of risks, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.», The Lancet, ISSN 0140-6736 (em inglês), 388 (10053): 1659-1724, PMC 5388856 , PMID 27733284, doi:10.1016/S0140-6736(16)31679-8, Wikidata Q30353195
Vida privada
Weiderpass é brasileira e naturalizada sueca e finlandesa. [10] Ela é casada com Harri Uolevi Vainio, decano e professor emérito da Escola de Saúde Publica da Universidade Nacional do Kuwait.
Referências
Liens externes
- «Publicações de Elisabete Weiderpass, indexadas pelo banco de dados bibliográfico Scopus, um serviço da Elsevier» 🔗. (pede subscrição (ajuda))
- Elisabete Weiderpass à PubMed