Empréstimo (esportes)

Empréstimo de atletas, no meio desportivo, é uma espécie de negociação em que um desportista joga por uma agremiação sem perder o vínculo contratual com seu clube anterior. Apesar de esta prática ser muito comum entre equipes de futebol, há também exemplos deste tipo de negociação em outros esportes, como Voleibol[1], Basquete[2], Handebol[3] e até automobilismo[4].

Sem espaço no Arsenal, o jovem atacante mexicano Carlos Vela foi um jogador emprestado frequentemente.

Não há uma duração estipulada para um empréstimo: pode ir de três meses a quanto for renovado. Ao contrário das negociações normais, para a renovação de um empréstimo, é necessário que o clube que detém os direitos federativos do atleta o libere para outro clube.

Na maioria das vezes, jogadores novatos ou pouco utilizados no clube são os mais emprestados.

Apesar do nome não evidenciar, na maior parte dos empréstimos, o clube emprestador recebe dinheiro para emprestar o jogador.

A principal ideia de se emprestar um jogador iniciante a algum outro clube é que o mesmo ganhe experiência e quilometragem para que no futuro tenha chances no time com o qual tem vínculo contratual (embora empréstimos também aconteçam quando um jogador não é aproveitado em seu clube e se torna um "peso" para o mesmo). Para que isso aconteça, normalmente um atleta é emprestado a um clube de menor expressão. O jogador é emprestado também quando um clube tem interesse em um atleta, mas a compra total, no entanto, é inviável, logo efetua-se o empréstimo. Essa situação acontece muito entre os times do Brasil e da Europa.[5] O empréstimo também é comum quando um jogador não interessa no momento ao clube ou o próprio clube não esteja em temporada de jogos. Logo, efetua-se o empréstimo, para que o jogador tenha ritmo de jogo em outros clubes.[6]

Em alguns casos, um valor de compra futuro pode ser estipulado entre as duas equipes. Outra regra facultativa é o impedimento de um jogador atuar contra o time que o empresta. O salário do jogador emprestado pode ser pago tanto pelo time que empresta, quanto pelo time que toma o empréstimo, existindo ainda uma possibilidade de serem repartidos os vencimentos do atleta.

Controvérsias

Acordo de Cavalheiros

Acordo de Cavalheiros é o nome dado, no futebol brasileiro, à uma cláusula que impede jogadores emprestados de atuarem contra os seus clubes de origem. Com isso, o clube que emprestar um jogador a outro clube pode impedir, via contrato, que este atleta seja escalado em jogos entre as duas equipes, inclusive com a cobrança de multas.

Em 2015 e 2016, a CBF criou um item no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas que impedia este tipo de prática. Em 2017, porém, este item foi retirado do Regulamento à pedido dos clubes, que apresentaram 3 argumentos, a saber[7]:
1) Eventual constrangimento ao atleta emprestado - Em um jogo decisivo, que valesse por exemplo um rebaixamento da equipe detentora de seus direitos, o atleta poderia sentir-se contragido a atuar neste jogo.
2) Incerteza jurídica para aplicar a regra
3) Liberdade de negócio

Limite de empréstimos por clube

Em 2018, a FIFA cogitou mudar regra para limitar empréstimo de jogadores por clubes[8], por entender que estava havendo abusos, como a Juventus, por exemplo, que chegou a ter 41 jogadores emprestados naquela temporada[9]. No entender da entidade máxima do futebol, "emprestar um jogador deveria ter como objetivo dar minutos de jogo a jovens atletas que não têm espaço em seus clubes formadores. No entanto, isso se modificou totalmente, e a prática passou a ser algo danoso ao esporte. Essa cessão de jogadores, que em muitos casos envolve pagamentos, transformou-se em uma verdadeira vitrine, tendo como objetivo gerar benefícios financeiros ao clube detentor dos direitos do atleta em uma possível venda futura".[9]

Referências

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