Enter the Gungeon

vídeojogo de 2016

Enter the Gungeon é um jogo Roguelike e Bullet hell 2D desenvolvido pela Dodge Roll e publicado pela Devolver Digital em 2016. O jogo se passa em uma masmorra com temática de armas de fogo chamada "Gungeon" onde o objetivo é conseguir a "arma que pode matar o passado", usando os quatro diferente personagens chamados de "Gungeoneers" em um mapa gerado de forma procedural. Como outros jogos do gênero Roguelike, Enter the Gungeon possui um sistema de morte permanente, que causa os jogadores a perderem os itens que coletaram na partida e iniciar novamente, apenas com os itens iniciais. Entre partidas, os jogadores se situam em um lugar chamado "A Fenda" onde podem interagir com NPCs para desbloquear novos itens ou iniciar missões.

Enter The Gungeon
Enter the Gungeon
Desenvolvedora(s)Dodge Roll
Publicadora(s)Devolver Digital
Projetista(s)Dave Crooks
Artista(s)Joe Harty
Compositor(es)Doseone
MotorUnity
Plataforma(s)Windows
macOS
Linux
PlayStation 4
Xbox One
Nintendo Switch
Google Stadia
LançamentoWindows, macOS, Linux, PlayStation4
5 de abril de 2016
Xbox One
5 de abril de 2017
Nintendo Switch
  • AN 14 de dezembro de 2017
  • EU 18 de dezembro de 2017

Google Stadia
22 de dezembro de 2020
Amazon Luna
30 de setembro de 2021
Género(s)Roguelike, Bullet hell
Modos de jogoUm jogador e Multijogador
Exit the Gungeon

Em 2019, foi lançada uma sequência do gênero plataforma chamada Exit the Gungeon. Em 2023, um jogo de arcade baseado em Enter the Gungeon chamado House of the Gundead foi lançado.[1][2] O fliperama custa 6 000 dólares.[1][3]

Jogabilidade

Enter the Gungeon é um jogo eletrônico top-down com múltiplos elementos do gênero Roguelike.[4] No início, o jogador pode controlar quatro personagens, também chamados de Gungeoneers: o Soldado, Piloto, Convicta e Caçadora,[nota 1] que exploram o Gungeon para conseguir a "arma que pode matar o passado" para alterar o seu destino.[5][6] Cada personagem tem itens e habilidades únicas, mas todos podem usar mecânicas básicas como atirar e utilizar recursos defensivos como a Cambalhota (Dodge Roll em inglês) em que o personagem desvia, se tornando imune temporariamente. Em situações onde é impossível desviar de balas, o jogador pode utilizar os Apagões, que fazem todas as balas presentes na tela desaparecerem.[7]

O personagem Soldado atirando projéteis nos inimigos.

O Gungeon possui cinco câmaras, compostos por 20 salas diferentes. É possível visualizar o mapa do Gungeon e as salas já visitadas préviamente apertando a tecla correspondente.[8] A disposição do mapa é efetivada utilizando salas feitas a mão e dispondo-as de forma procedural para garantir a geração de uma loja, uma sala de chefão e salas de baú.[7] Cada quarto possui inimigos chamados "Gundead", que geralmente tem formato de balas. Para derrotá-los, é necessário utilizar armas, obtidas por lojas, baús, chefões, e itens especiais.[9] Para cada oponente derrotado, o jogador pode ganhar cartuchos, ou mais raramente, chaves. Estes, respectivamente, são usados para adquirir itens e abrir baús.[7][10] Na conclusão de cada câmara, o jogador precisa derrotar um chefão para progredir. Existem 22 chefões no jogo, que são escolhidos aleatoriamente dependendo das suas câmaras individuais. É necessário memorizar padrões de ataque para sobreviver mais facilmente.[7] Depois de serem derrotados, o jogador ganha créditos de hegemonia, que podem ser usados na Fenda para desbloquear novos itens a serem adquiridos durante o jogo.[6] Enter the Gungeon, como outros Roguelikes, possui sistema de Morte permanente, em que o jogador necessita reiniciar a jogatina sem seus itens obtidos na jogatina anterior.

Durante as jogatinas, também é possível encontrar Personagens não jogáveis, ou NPCs, que podem oferecer missões na Fenda ou abrir lojas no Gungeon. Também há NPCs que disponibilizam novos modos de jogo, como o modo Rainbow, que proíbe o uso de baús mas oferece um baú arco-íris a cada início de câmara.[11]

Desenvolvimento

Desenvolvido por ex-funcionários da Mythic Entertainment e Electronic Arts,[12][13] a ideia de Enter the Gungeon surgiu quando o desenvolvedor Dave Crooks estava escutando a trilha sonora do jogo Gun Godz. No próximo dia, a palavra "Gungeon" surgiu em sua cabeça. Ele revelou a ideia de um jogo chamado "Enter the Gungeon" para um colega, e durante o almoço eles esboçaram a história do jogo.[14] De acordo com Dave Crooks, The Binding of Isaac é a maior inspiração do jogo. Porém, outras influências incluem Nuclear Throne, Spelunky, Dark Souls e Metal Gear Solid.[14]

As masmorras no jogo inicialmente iriam ser totalmente geradas de forma procedural, porém a Dodge Roll percebeu que o jogo seria melhor se as salas fossem feitas a mão e conectadas em uma masmorra utilizando um sistema de geração aleatório.[14] A geração de masmorra foi inspirada por The Legend of Zelda e Dungeons & Dragons.[14] Existem 190 armas no jogo.[14] O design de armas foi feito pelo artista Joe Harty. Várias armas foram inspiradas em outros jogos e consoles, como a Light Gun que é inspirada no Zapper do NES, e a Mega Hand inspirada no Mega Man.[14]

O jogo já teve foi um sistema de recarga ativa similar ao do jogo Gears of War, em que era necessário apertar o botão de recarregar na hora certa para aumentar o dano das balas. Essa mecânica foi retirada e colocada em um item porque os jogadores já se distraiam com outros elementos do jogo.[14] A mecânica do jogo Dodge Roll, foi inspirada em uma mecânica parecida no jogo Ikaruga para que os jogadores consigam desviar de um número massivo balas. A inclusão do desvio de ataques foi inspirada em Dark Souls.[14] Dave Crooks afirmou que o grupo amou tanto essa mecânica que nomeou a empresa com esse nome.[14]

Lançamento

Enter the Gungeon foi anunciado em Dezembro de 2014, na Playstation Experience.[15] Em 2 de Março de 2016, foi feito um anúncio que o jogo seria lançado em dia 5 de Abril de 2016.[16] Em 5 de Abril de 2017, Enter the Gungeon lançou para Xbox One, juntamente com suporte a jogabilidade multiplataforma e compra-cruzada.[17] O jogo lançou para Nintendo Switch em 14 de Dezembro para a América do Norte e 18 de Dezembro para a Europa.[18] As versões do jogo para Google Stadia e Amazon Luna foram lançadas em Dezembro de 2020[19] e Setembro de 2021, respectivamente.[20]

Atualizações

O jogo recebeu um número substancial de atualizações gratuitas, a primeira delas sendo a atualização "Supply Drop", lançada em 26 de Janeiro de 2017.[21] Esta atualização adicionou 33 novas armas e itens, sete novos tipos de inimigos, um novo chefão para a terceira câmara e a habilidade de salvar e sair, entre outros recursos.[21] A próxima atualização foi lançada em 19 de julho de 2018, sendo chamada "Advanced Gungeons & Draguns". A atualização adicionou recursos como novas armas, chefões, inimigos e disposições de salas, incluindo a habilidade de deslizar sobre mesas.[22] Enquanto a empresa Dodge Roll trabalhava em uma expansão paga, o grupo decidiu cancelar o desenvolvimento para focar em um próximo jogo. A expansão foi cancelada porque Enter the Gungeon havia "fundações instáveis", e de acordo com a Dodge Roll, estava frustrante fazer novas atualizações para o jogo.[23] Por essa razão, a Dodge Roll decidiu lançar uma atualização final menor em escala e gratuita, chamada "Farewell to Arms".[24] Lançada em 5 de Abril de 2019. Ela corrigiu bugs persistentes, incluiu dois novos personagens ao jogo, e adicionou novas armas, itens e um novo NPC.[25]

Sequências

Em 19 de Setembro de 2019, uma sequência para Enter the Gungeon chamada Exit the Gungeon lançou para Apple Arcade. Enquanto o jogo original é sobre explorar e descer o Gungeon, a sequência é sobre subir e escapar do Gungeon que está desmoronando,[26] ascendendo pelos níveis 2D.[27] A jogabilidade da sequência também é diferente, sendo do gênero Plataforma diferente do original que é do gênero Roguelike.[28]

Em 2023, uma spin-off de arcade do jogo foi lançada, chamada de House of the Gundead.[1][2][29] O arcade custa 5 900 dólares.[1][3]

Recepção

 Recepção
Resenha crítica
PublicaçãoNota
Destructoid9.5/10 [30]
IGN8.5/10 [31]
Jeuxvideo18/20 [32]
Nintendo Life90 [33]
PC Gamer (US)78/100 [34]
Pontuação global
AgregadorNota média
Metacritic85 (XBOX ONE) [35]

82 (PS4) [36]
84 (PC) [37]
87 (Nintendo Switch) [38]

De acordo com Metacritic, Enter the Gungeon recebeu avaliações geralmente favoráveis.[39] Enter the Gungeon foi constantemente comparado com outros jogos do gênero Roguelike como The Binding of Isaac e Nuclear Throne por críticos.[5][8] Jed Whitaker da Destructoid comentou que Enter the Gungeon "pega as masmorras de Zelda, combina-as com a jogabilidade e a dificuldade do Nuclear Throne e aplica uma camada de tinta original para criar o jogo mais polido e viciante deste ano." Muitos críticos citaram frequentemente a dificuldade do jogo.[4][40] Jake Tucker da PC Gamer constatou que o jogo é "É um dos jogos de tiro da perspectiva de cima para baixo mais difíceis que já joguei em muito tempo".[4]

Reclamações comuns dos críticos incluem a geração de armas. Cassidee Moser da GameSpot criticou o jogo afirmando que "a balança pende para o lado de o jogador encontrar uma arma mais comum ou medíocre em uma grande porcentagem das vezes [...] muitas parecem variações de sua arma inicial".[41]

Vendas

Na sua primeira semana, Enter the Gungeon vendeu mais de 200 mil cópias.[42][43] Até Janeiro de 2017, vendas atingiram mais de 800 mil.[21] Em janeiro de 2020, o jogo as vendas do jogo haviam totalizado mais de 3 milhões de unidades.[44]

Notas

Referências

Ligações externas

Ver também