Eragon
Eragon é o primeiro livro da tetralogia Ciclo da Herança escrita por Christopher Paolini. Paolini, que nasceu em 1983, começou a escrever o livro quando se graduou do ensino médio com 15 anos.[1] Depois de escrever o primeiro rascunho por um ano, Paolini passou um segundo ano reescrevendo e detalhando a história e os personagens. Seus pais viram o manuscrito final e, em 2001, decidiram auto-publicar Eragon;[2] Paolini passou um ano viajando pelos Estados Unidos promovendo o livro. Por acaso, o livro foi descoberto por Carl Hiaasen, que o reeditou e o publicou pela editora Alfred A. Knopf. A versão republicada foi lançada em 26 de agosto de 2003.
Eragon | |||||
---|---|---|---|---|---|
Capa da edição da editora Knopf por John Jude Palencar, mostrando o dragão azul Saphira. | |||||
Autor(es) | Christopher Paolini | ||||
Idioma | Inglês | ||||
País | Estados Unidos | ||||
Gênero | Literatura juvenil Literatura fantástica Distopia | ||||
Série | Ciclo da Herança | ||||
Ilustrador | John Dude Palencar | ||||
Arte de capa | John Jude Palencar | ||||
Editora | Paolini LLC (primeira edição), Alfred A. Knopf | ||||
Lançamento | 2002 (primeira edição), 26 de agosto de 2003 (Knopf) | ||||
Páginas | 509 (Knopf) 544 (Paolini LLC) | ||||
ISBN | 0-375-82668-8 | ||||
Edição brasileira | |||||
Tradução | Nelson Rodrigues Pereira Filho | ||||
Editora | Editora Rocco | ||||
Páginas | 480 | ||||
ISBN | 85-325-1848-6 | ||||
Cronologia | |||||
|
O livro conta a história de um menino chamado Eragon, que vive em uma fazenda e encontra uma misteriosa pedra azul nas montanhas. Mais tarde, ele descobre que a pedra é um ovo de dragão, do qual nasce Saphira. Quando o rei Galbatorix descobre a localização do ovo, ele envia os Ra'zac para roubá-lo, fazendo Eragon e Saphira serem forçados a fugir de sua cidade natal com um contador de histórias chamado Brom, um antigo Cavaleiro de Dragão.
Eragon foi o terceiro livro mais vendido de livros de capa dura para crianças de 2003 e o segundo livro de bolso mais vendido de 2005. Ele também ficou na Lista dos Livros Mais Vendidos para Crianças do New York Times por 121semanas e foi adaptado em um longa-metragem de mesmo nome que foi lançado em 15 de dezembro de 2006.
Contexto
Origens e publicação
Christopher Paolini começou a ler livros de fantasia quando tinha 10 anos de idade. Com 14 anos, como passatempo, começou a escrever o primeiro romance em uma série de quatro livros, mas não conseguiu escrever mais do que algumas páginas, pois "não tinha ideia" do que estava fazendo. Ele passou então a ler tudo o que pôde sobre a "arte da escrita" e então escreveu toda série de livros Ciclo da Herança. Depois de um mês planejando a série, ele escreveu um esboço de Eragon à mão, que foi finalizado depois de um ano. Então, Paolini se dedicou a escrever a versão final do livro.[3] Depois de mais um ano de aprimoramentos, os pais de Paolini viram o manuscrito final. Eles imediatamente viram o potencial do livro e decidiram publicá-lo na editora da família, Paolini International.[4] Paolini também desenhou a capa do livro e os mapas desta edição de Eragon.[5]
Paolini e sua família viajaram pelos Estados Unidos, promovendo o livro. Ele deu mais de 135 palestras em livrarias, bibliotecas e escolas. Muitas vezes, Paolini se vestia com roupas medievais durante as palestras; mas o livro não recebeu muita atenção. Paolini disse: "[eu] ficava atrás de uma mesa com a minha fantasia falando o dia todo sem parar - e vendia uns quarenta livros em oito horas se eu me saísse muito bem. [...] Foi uma experiência muito estressante, que eu não aguentaria por muito mais tempo"[3] No verão de 2002, o romancista americano Carl Hiaasen estava de férias em uma das cidades onde Paolini deu uma palestra. Enquanto estava lá, o enteado de Hiaasen comprou um exemplar de Eragon que "amou imediatamente".[3] Ele mostrou o livro a Hiaasen, que falou com a editora Alfred A. Knopf sobre ele. Michelle Frey, editora executiva da Knopf contatou Paolini e sua família perguntando se eles queriam que a editora publicasse o livro. A resposta foi sim, e após mais uma ronda de revisões, a Knopf publicou Eragon em agosto de 2003.[6]
Inspirações e influências
Segundo Paolini, suas principais inspirações foram mitos antigos, contos populares, histórias medievais, o poema épico Beowulf, e os autores J. R. R. Tolkien, E. R. Eddison como suas maiores influências na escrita.[7] Outras influências literárias incluem David Eddings, Andre Norton, Brian Jacques, Anne McCaffrey, Raymond E. Feist, Mervyn Peake, Ursula K. Le Guin, Frank Herbert, Philip Pullman, e Garth Nix.[7]
A língua antiga usada pelos elfos em Eragon é baseada quase inteiramente na língua nórdica antiga, alemão, anglo-saxão e russo.[8] Paolini comentou: "fiz uma quantidade louca de pesquisa sobre o assunto quando estava escrevendo. Descobri que isso dava ao mundo uma sensação muito mais rica, muito mais antiga, usando essas palavras que existiam há séculos e séculos."[9] Escolher os nomes certos para os personagens e lugares foi um processo que poderia levar "dias, semanas ou até anos". Ele acrescentou que teve "muita sorte" com o nome Eragon, "porque é apenas dragon (dragão) com uma letra mudada." Além disso, Paolini comentou que pensava no nome "Eragon" como em duas partes - "era" e gone: "era passada", como se o próprio nome mudasse a época em que o personagem vive.[9]
A paisagem no livro é baseada na "área natural" do estado natal de Paolini, Montana.[3] Paolini também disse que Paradise Valley, um vale em Montana é "uma das principais fontes" de sua inspiração para a paisagem do livro (a história se passa no continente ficcional Alagaësia). Paolini "esboçou" a história principal da Alagaësia antes de escrever o livro, mas não desenhou um mapa até que se tornou importante ver para onde Eragon estava viajando. Ele então começou a obter uma história e ideia de enredo ao ver a paisagem retratada.[9]
Paolini escolheu que Eragon amadurecesse ao longo do livro porque, "por um lado, é um dos elementos arquetípicos da fantasia". O dragão de Eragon, Saphira, foi imaginado como "o amigo perfeito" por Paolini.[3] Ele decidiu ir em uma "direção mais humana" com ela porque a personagem foi criada longe de sua própria espécie, em "contato mental próximo" com um humano. "Eu considerei fazer o dragão mais parecido com um dragão, em sua própria sociedade, mas eu não tive a chance de explorar isso. Eu escolhi fazer a Saphira mais humana, enquanto ainda tentava compreender um pouco da magia dos dragões."[9] Paolini fez de Saphira a "melhor amiga que qualquer pessoa poderia ter: leal, divertida, corajosa, inteligente e nobre. Ela foi além disso, no entanto, e e construiu sua própria personalidade: feroz, independente e orgulhosa."[4] A cor azul de Saphira foi inspirada pelo daltonismo de Paolini.[10]
Paolini incluiu elementos arquetípicos de um romance de fantasia como uma busca, jornada, vingança, romance, traição e uma espada "única".[3] O livro é classificdo como uma fantasia, e o Booklist observou: "Paolini conhece muito bem o gênero - seu conto está cheio de convenções e elementos de fantasia reconhecíveis".[11] Kirkus Reviews chamou o livro de "alta fantasia";[11] outros críticos o compararam a outros livros do gênero fantasia, como Star Wars e Senhor dos Anéis, e em alguns casos afirmaram que o enredo de Eragon é muito semelhante aos outros romances de fantasia.[12]
Enredo
Um espectro chamada Durza, junto com um grupo de Urgals, embosca um grupo de três elfos. Eles matam dois deles, e Durza tenta roubar um ovo carregado pela elfa restante, mas ela usa magia para teletransportar o ovo para outro lugar. Enfurecido, ele a rapta.[13]
Eragon é um menino de quinze anos que vivia com seu tio Garrow e o primo Roran em uma fazenda na aldeia de Carvahall, abandonado por sua mãe Selena após seu nascimento. Enquanto caçava, o ovo de dragão aparece na frente dele.[14] Na noite seguinte, um dragão bebê sai do ovo e se liga a Eragon. Eragon dá ao dragão o nome de Saphira, em homenagem a um nome mencionado pelo antigo contador de histórias da vila, Brom.[15]
Ele mantém o dragão em segredo até que dois dos servos do Rei Galbatorix, os Ra'zac, vêm a Carvahall. Eragon e Saphira escapam e se escondem na Espinha, mas Garrow é mortalmente ferido e a fazenda é incendiada pelos Ra'zac. Assim que Garrow morre, Eragon e Saphira decidem caçar os Ra'zac, em vingança. Brom insiste em acompanhar Eragon e Saphira, e dá a Eragon a espada Zar'roc.[16]Eragon se torna um Cavaleiro de Dragão, devido ao seu vínculo com Saphira. Ele é o único Cavaleiro conhecido na Alagaësia além do Rei Galbatorix, que, com a ajuda dos agora mortos Renegados, um grupo de Cavaleiros desonestos, matou todos os outros Cavaleiros um século atrás. Enquanto viajam, Brom ensina luta de espadas a Eragon, magia, a antiga língua élfica e os caminhos dos Cavaleiros do Dragão.[17]Eles viajam para a cidade de Teirm, onde se encontram com Jeod, amigo de Brom. O destino de Eragon é contado pela bruxa Ângela, e seu companheiro, o menino-gato Solembum, dá a Eragon um conselho misterioso. Com a ajuda de Jeod, eles rastreiam os Ra'zac na cidade de Dras-Leona. Eles conseguem se infiltrar na cidade, mas são forçados a fugir após um encontro com os Ra'zac. Naquela noite, eles foram emboscados pelos Ra'zac. Um desconhecido chamado Murtagh os resgata, mas Brom está mortalmente ferido. Brom dá sua bênção a Eragon, revela que ele já foi um Cavaleiro de Dragão, com um dragão também chamado Saphira, e morre. Saphira usa magia para enterrar Brom em uma tumba de diamante.[18]Murtagh se torna o novo companheiro de Eragon e eles viajam para a cidade de Gil'ead, em busca de informações sobre como encontrar os Varden, um grupo de rebeldes que procuram a queda de Galbatorix. Perto de Gil'ead, Eragon é capturado e aprisionado em uma prisão que mantém uma elfa, com quem ele tinha sonhos recorrentes. Murtagh e Saphira planejam um resgate e na fuga, Eragon leva a elfa inconsciente com eles. Depois de lutar contra o espectro Durza, Murtagh aparentemente o mata com uma flecha disparada em sua cabeça, e eles escapam. Eragon se comunica telepaticamente com a elfa, chamada Arya, que revela que ela enviou o ovo para ele acidentalmente. Com ela, ele descobre a localização dos Varden. Murtagh reluta em viajar até os Varden, revelando que é filho de Morzan, ex-líder dos Renegados.[19]
Um exército de Kulls, urgals de elite, persegue Eragon até a sede dos Varden, mas é expulso pelos Varden, que escoltam Eragon, Saphira, Murtagh e Arya até Farthen Dûr, seu esconderijo na montanha. Eragon encontra o líder dos Varden, Ajihad. Ajihad aprisiona Murtagh depois que ele se recusa a permitir que sua mente seja verificada para determinar sua lealdade. Ajihad diz a Eragon que Murtagh falhou em matar Durza, já que a única maneira de matar um Espectro é com uma facada no coração. Orik, sobrinho do anão Rei Hrothgar, é apontado como guia de Eragon e Saphira. Eragon também conhece a filha de Ajihad, Nasuada, e o braço direito de Ajihad, Jörmundur. Ele encontra Angela e Solembum novamente e visita Murtagh na prisão. Ele é testado por dois mágicos, os gêmeos, assim como por Arya.[20]
Eragon e os Varden são então atacados por um imenso exército Urgal. Eragon luta pessoalmente com Durza novamente e, após uma batalha mental, é dominado por Durza, que o corta nas costas. Arya e Saphira quebram Isidar Mithrim, uma grande safira que formava o teto da câmara, para distrair Durza, permitindo que Eragon o apunhalasse no coração com sua espada. Eragon entra em coma e é visitado telepaticamente por um estranho, que diz a Eragon para visitá-lo na capital dos Elfos, Ellesméra. Ele acorda com uma cicatriz nas costas e decide viajar para Ellesméra.[21]
Avaliações
Eragon recebeu críticas positivas e negativas e foi criticado por sua natureza não original. Liz Rosenberg, do The New York Times Book Review, criticou Eragon por ter "descrições clichês", "prosa estranha e desengonçada". No entanto, ela concluiu a revisão observando que "apesar de todas as suas falhas, é uma obra autêntica e de grande talento".[22] O School Library Journal escreveu que em Eragon "às vezes as soluções mágicas são muito convenientes para sair de situações difíceis."[23] A Common Sense Media chamou o diálogo de Eragon de "muito longo" e "clichê", com um enredo "saído diretamente de Star Wars por meio de O Senhor dos Anéis, com partes de outras grandes obras de fantasia jogadas aqui e ali." O site admitiu que o livro é uma conquista notável para um autor tão jovem, e que seria "apreciado" pelos fãs mais novos.[12]
As resenhas positivas de Eragon geralmente falaram sobre os personagens e o enredo do livro. Matt Casamassina, da IGN, disse que o livro era "divertido" e acrescentou que "Paolini sabe como segurar os olhos do leitor e isso é o que separa Eragon de muitos outros romances de fantasia".[24] Chris Lawrence de About.com achava que o livro tinha todos os "ingredientes tradicionais" que tornam um romance de fantasia "prazeroso". O livro foi uma "leitura divertida" para ele porque é "rápido e emocionante" e "repleto de ação e magia". Lawrence concluiu dando ao livro uma avaliação de 3.8 / 5, comentando que "os personagens são interessantes, o enredo é envolvente e você sabe que o mocinho vai ganhar no final."[25]
Eragon foi o terceiro livro infantil de capa dura mais vendido de 2003.[26] Ele foi colocado na lista dos livros infantis mais vendidos do New York Times por 121 semanas.[27] Em 2006, o livro foi premiado com o Prêmio Nene Award by the children of Hawaii.[28] Também ganhou o prêmio Rebecca Caudill Young Reader's Book[29] e o Young Reader's Choice Award no mesmo ano.[30]
Eragon em outros formatos
Adaptação Cinematográfica
Uma adaptação cinematográfica de Eragon foi lançada nos Estados Unidos em 15 de dezembro de 2006. Os planos para criar o filme foram anunciados pela primeira vez em fevereiro de 2004, quando a 20th Century Fox comprou os direitos autorais de Eragon. O filme foi dirigido por Stefen Fangmeier e escrito por Peter Buchman.[31] Edward Speleers foi selecionado para o papel de Eragon.[32] Nos meses seguintes, Jeremy Irons, John Malkovich, Chris Egan e Djimon Hounsou foram confirmados como integrantes do elenco.[33] A maior parte das cenas do filme foram gravadas na Hungria e na Eslováquia.[34]
O filme recebeu muitas críticas negativas, obtendo uma taxa de aprovação de 16% no Rotten Tomatoes;[35] o décimo pior de 2006.[36] O Seattle Times descreveu como "tecnicamente realizado, mas bastante sem vida e às vezes um pouco bobo".[37] O Hollywood Reporter disse que o mundo de Eragon era "sem muito contexto ou profundidade".[38] A história foi rotulada como "não original" pelo The Washington Post,[39] e "genérica" pelo Las Vegas Weekly.[40] O Newsday enfatizou esse ponto ainda mais, afirmando que apenas "crianças de nove anos sem nenhum conhecimento de qualquer um dos seis filmes de Star Wars" achariam o filme original.[41] A atuação foi chamada de "falha" pelo Washington Post,[39] bem como "artificial" e "sem vida" pelo Orlando Weekly.[42] As falas também foram criticadas: a MSNBC classificou-as como "bobas";[43] o Las Vegas Weekly chamou de "estranho".[40] Críticas positivas descreveram o filme como "divertido"[44] e "as coisas de que as fantasias dos meninos são feitas".[45] As imagens geradas por computador foram chamadas de "imaginativas" e Saphira foi chamada de "criação magnífica".[46] Paolini afirmou que gostou do filme, elogiando particularmente as atuações de Jeremy Irons e Ed Speleers.[47]
Eragon teve uma receita de aproximadamente US$75 milhões nos Estados Unidos e US$173,9 milhões em outros países, totalizando US$249 milhões em todo o mundo.[48] É o sexto filme de maior bilheteria do subgênero espada e feitiçaria.[49] Eragon ficou em cartaz por dezessete semanas nos Estados Unidos, com estreia em 15 de dezembro de 2006 e encerramento em 9 de abril de 2007.[50] Ele estreou em 3.020 cinemas, obtendo US$8,7 milhões de dólares no dia da estréia e US$23,2 milhões no fim de semana da estréia, ficando em segundo lugar atrás apenas de The Pursuit of Happyness.[51] O total bruto de US$75 milhões de Eragon foi a trigésima primeira maior bilheteria em 2006 nos Estados Unidos.[52] O filme arrecadou US$150 milhões em seu fim de semana de estreia em 76 países no exterior, tornando-se o filme nº 1 em todo o mundo.[53] O total bruto mundial do filme foi de US$249 milhões. Foi a décima sexta maior bilheteria em 2006.[54]
Em junho de 2021, Christopher Paolini tuitou #EragonRemake para fazer com que a Disney, detentora dos direitos autorais do livro após adquirir a 21st Century Fox, renovasse a série de livros em um possível programa de televisão para Disney+. Em poucas horas, a hashtag se tornou tendência e os fãs pressionaram a empresa pedindo por uma adaptação adequada.[55]
Jogo
Baseada na versão cinemátográfica de Eragon, a história do Cavaleiro foi levada para os videogames.[56] É um jogo em terceira pessoa desenvolvido pela Stormfront Studios e lançado em 14 de novembro de 2006 para Playstation 2, Xbox 360, PSP, Nintendo DS e Microsoft Windows.[56]
O jogo recebeu críticas negativas, geralmente recebendo médias em torno de 50 a 55 (de 100), de acordo com os sites de críticas Metacritic e GameRankings.[57][58] As vendas combinadas na América do Norte foram de mais de 400.000 cópias.[59]
Referências
Bibliografia
- Paolini, Christopher (2003). Eragon. [S.l.: s.n.] ISBN 9780375826689
Ligações externas
- Sítio oficial (em inglês)