Filadélfia (Lídia)

 Nota: Para outros significados, veja Filadélfia (desambiguação).

Filadélfia (em grego: Φιλαδέλφεια; romaniz.:Philadelpheia)[1] foi uma antiga cidade localizada na Lídia, sobre a qual está edificada a atual cidade turca de Alaşehir.[2]

Filadélfia
Φιλαδέλφεια
Filadélfia (Lídia)
Ruínas da Igreja de São João
Localização atual
Filadélfia está localizado em: Turquia
Filadélfia
Localização de Filadélfia na Turquia
Coordenadas38° 21' 2" N 28° 31' 13" E
País Turquia
Nome atualAlaşehir
Região estatísticaEgeu
ProvínciaManisa
Dados históricos
Região históricaLídia
Província romanaÁsia

História

Antiguidade

Foi fundada em 189 a.C. pelo rei Eumenes II de Pérgamo (197–160 a.C.). Eumenes II batizou a cidade em honra do seu irmão, que seria seu sucessor, Átalo II (r. 159–138 a.C.), cuja lealdade lhe valeu o apelido de "Philadelphos", que significa literalmente "alguém que ama seu irmão". Na falta de um herdeiro Átalo III, o último rei da dinastia atálida de Pérgamo, legou seu reino (incluindo Filadélfia) a seus aliados romanos quando ele morreu em 133 a.C. Roma estabeleceu a província da Ásia em 129 a.C. unindo a Jônia e o antigo Reino de Pérgamo.

Período romano

Filadélfia ficava no distrito administrativo de Sárdis.[3] Em 17 d.C. a cidade sofreu muito com um terremoto e o imperador romano Tibério a dispensou de pagar impostos.[4] Em resposta, a cidade concedeu honras a Tibério. Evidências da cunhagem de moedas revelam que Calígula ajudou a cidade; sob Vespasiano a cidade recebeu o cognome Flávia. Sob Caracala passou a abrigar um culto imperial — suas moedas traziam a palavra Neokoron (literalmente, "varredor do templo" — zelador do templo). Um pequeno teatro localizado na extremidade norte da colina de Toptepe é tudo o que resta do período romano.

Período bizantino

Filadélfia foi uma cidade próspera nesse período, sendo chamada de "pequena Atenas" no século VI por causa de seus festivais e templos.[5] Presumivelmente, isso indica que a cidade não foi totalmente convertida ao cristianismo.[6] Por volta do ano 600 foi construída a cúpula da Basílica de São João, cujas ruínas são a principal atração arqueológica da cidade moderna. Os muros bizantinos que outrora cercaram a cidade praticamente desmoronaram, onde alguns remanescentes ainda são visíveis na extremidade nordeste da cidade. A cidade foi tomada pelos turcos seljúcidas em 1074 e 1093-1094. Em 1098 durante a Primeira Cruzada foi recuperada pelo imperador bizantino Aleixo I.

Foi o centro de várias revoltas contra os imperadores bizantinos no poder. Naquela época o bispado da Filadélfia foi promovido a metrópole.[7] No século XIV a cidade se tornou a metrópole da Lídia pelo patriarca ortodoxo grego de Constantinopla, um status que ainda mantém. Foi concedida essa honra porque a cidade não capitulou para os otomanos. A cidade foi próspera, especialmente nos séculos XIII e XIV; havia uma colônia comercial genovesa e a cidade era uma importante produtora de artigos de couro e de seda tingida de vermelho.[8] No século XIV, a cidade estava cercada por emirados turcos, mas mantinha uma lealdade nominal ao imperador bizantino. A cidade permaneceu próspera através do comércio e de sua localização estratégica.

Filadélfia era uma cidade independente e neutra quando foi tomada em 1390 pelo sultão otomano Bajazeto I após uma resistência prolongada, período em que todas as outras cidades da Ásia Menor haviam se rendido aos otomanos.

Contexto bíblico

É famosa por ser citada na bíblia em Apocalipse 1 e Apocalipse 3 como uma das sete igrejas da Ásia.[9][10][11]

Arqueologia

A principal atração arqueológica da antiga Filadélfia são as ruínas da Basílica de São João, uma igreja bizantina do início do século VII, onde as três colunas que permanecem sustentavam a cúpula da igreja. No extremo norte da colina de Toptepe, local da acrópole da cidade antiga, fica um pequeno teatro romano[12]. Os muros bizantinos que outrora cercavam a cidade praticamente desapareceram, embora alguns remanescentes sejam visíveis perto da estação de ônibus, na extremidade nordeste da cidade.[13]

Referências

Bibliografia

Ver também

Ligações externas

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