Filipo de Opunte

Filipo de Opunte ou Fílipos de Opus[1] (em grego: Φίλιππος ὁ Όπούντιος) foi um antigo filósofo grego do séc. 4 a.C. nascido na antiga cidade de Opunte, Grécia.

Filipo de Opunte
Nascimentoséculo IV a.C.
Opus
Morteséculo IV a.C.
Ocupaçãomatemático, filósofo, astrônomo

Obra

Filipo foi membro da Academia de Platão e, além disso, teria sido secretário e confidente de Platão,[2] sendo que, depois da morte do mestre, foi o responsável por editar as Leis, em razão de ser o melhor conhecedor dos textos póstumos de Platão.[3]

Diógenes Laércio afirma que Filipo transcreveu as Leis e é autor da obra Epínomis.[4] Essa obra preencheria uma lacuna deixada por Platão nas Leis. Neste diálogo, diferentemente do que ocorre em A República, em que a ideia do bem ocupa lugar central (Parte II, VI), Platão relaciona a ideia do bem como conteúdo da cultura do governante ou regente, mas não a explicaria.[3] Filipo escreveu Epínomis como complemento das Leis, procurando suprir essa parte referente à educação do governante.

Filipo, o astrônomo

Porque ele é identificado na Suda como um astrônomo, é geralmente assumido que Filipo da Opunte e Filipo de Medma são a mesma pessoa, (também chamado Filipo de Mende)[5] que foi um astrônomo e matemático e um discípulo de Platão. Filipo de Medma é mencionado por vários escritores antigos, como Vitrúvio,[6] Plínio, o Velho,[7] Plutarco,[8] (que afirma que ele demonstrou a figura do Lua), Proclo,[9] e Alexandre de Afrodísias. Suas observações astronômicas foram feitas no Peloponeso e Lócris Epicefíria (onde Opunte era a cidade principal), e foram usadas ​​pelos astrônomos Hiparco, Gêmio de Rodes e Ptolomeu. Estêvão de Bizâncio diz que Filipo escreveu um tratado sobre os ventos.[10]

Referências