Françafrique

Françafrique (pronúncia em francês: ​[fʁɑ̃safʁik]), por vezes aportuguesado para Françáfrica,[1] é um portmanteau de France e Afrique usado para denotar o relacionamento da França com suas antigas colônias africanas,[2] às vezes é estendido para cobrir também as antigas colônias belgas. O termo foi usado primeiramente em sentido positivo pelo presidente Félix Houphouët-Boigny da Costa do Marfim, com referência ao crescimento econômico e à estabilidade política desse país. No entanto, às vezes é usado para criticar a suposta relação neocolonial que a França tem com suas antigas colônias africanas. Os críticos afirmam que a França tornou-se guardiã de suas antigas colônias africanas, protegendo dessa forma seus interesses políticos e econômicos enquanto resgata parte de sua identidade perdida e estabelece um "quintal" no continente africano, aproveitando que esses países sofrem flagelos como debilidade política e institucional, guerras civis e terrorismo islâmico.[3][4]

Desde a independência dos Estados africanos em 1960, a França interveio militarmente mais de 30 vezes no continente.[5] A França tem bases militares no Gabão,[6] no Senegal[7] e no Djibuti,[8] bem como nos seus departamentos ultramarinos de Maiote e Reunião no oceano Índico.[9] O exército francês também está implantado no Mali, Chade, República Centro Africana,[10] Somália[11] e Costa do Marfim.[12] Existe uma controvérsia sobre se a "Françafrique" ainda existe.[13][14][15] Desde 2012, alguns falaram de um "retorno da Françafrique".[16][17] Em 14 de julho de 2013, tropas de 13 países africanos marcharam com os militares franceses durante o desfile do Dia da Bastilha em Paris pela primeira vez desde que as tropas coloniais francesas foram dissolvidas.[18]

Referências