GE 1-C+C-1 (EFS)

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A GE 1-C+C-1, também conhecida como Série 2000, foi uma locomotiva elétrica projetada e construída pela General Electric para a Estrada de Ferro Sorocabana.

GE 1-C+C-1/Série 2000 - 108/130M
GE 1-C+C-1 (EFS)
Locomotiva Loba Reformada pela América Latina Logística, estacionada no pátio da cidade de Mairinque
Descrição
PropulsãoElétrica
FabricanteGeneral Electric - Erie ( Estados Unidos)
Westinghouse
Número de encomendaFE-23000
Número de série45961
Modelo1-C+C-1 108/130M
Ano de fabricação1943 a 1949
Locomotivas fabricadasGE: 25
Westinghouse: 21
Classificação AAR1-C+C-1
Tipo de serviçomisto
Características
Bitola1.000 mm
Tipo de truquesBarras Soldadas
Diâmetro das rodas1.118mm (44")
Diâmetro das rodas guias838" (33")
Distância entre eixos1.981/2.438mm
Comprimento18.590mm
Largura2.943mm
Altura3.809mm
Peso da locomotiva130.000kg
Peso por eixoAderente:18.000kg
Guia:11.000kg
Peso aderente108.000kg
Tipo de combustívelEletricidade
Capacidade de areia0,66 m³
Método de eletrificaçãoC.C.
Tensão3.000 V
Tipo de captação de energiaCatenária
Tipo de pantógrafoBalão S-560
GeradorG.E.:5 GMG 136B1
Westinghouse: YX32A
Motores de traçãoG.E.:5 GE 734A1
Westinghouse: 374A
Tração múltiplaSim, até três unidades
Performance
Velocidade máxima90 km/h
48 km/h em regime contínuo
Potência disponível para tração2.000hp (1.545kW)
Esforço de traçãoGE:12.900kgf (contínuo)
15.750kgf (unihorário)
Westinghouse:11.100kgf (contínuo)
13.500kgf (unihorário)
Raio mínimo de inscrição80,00 m
Freios da locomotivaPneumático e Elétrico Regenerativo
Sistema de freioAr comprimido 14EL
Operação
Ferrovias OriginaisEstrada de Ferro Sorocabana (EFS)
Ferrovias que operouFepasa, Ferroban, Brasil Ferrovias, América Latina Logística
Número de locomotivas na classe46
Nome oficialGeneral Electric e Westinghouse Série 2000
ApelidosLoba e Westinghouse (para as desse fabricante)
Local de operaçãoSão Paulo
Data de entrega1943 a 1949
Ano da entrada em serviçoprimeiras em 1943
Ano da saída do serviço1999-2013, para as que estavam pela Ferroban na ALL.
Ano de aposentadoria1999
Ano de restauração2017-2018
Unidades preservadas5 (1 reformada para às condições originais)
Proprietário atualRumo Logística, MPF-Sorocabana (Movimento de Preservação Ferroviária); restantes devolvidas ao DNIT/Governo Federal (inventariança da RFFSA)
Situação1: em exposição estética da MPF-Sorocabana (não-operacional), 1: em processo de restauro, 3: desmobilizadas; demais 41, destruídas e/ou encostadas.

Início da operação

Na década de 1930, a Estrada de Ferro Sorocabana, então pertencente ao Governo do Estado de São Paulo, realizou uma licitação para escolher a firma que eletrificaria o trecho ferroviário entre São Paulo e Iperó, que já apresentava grande movimento naquela época. A vencedora da licitação foi a inglesa Metropolitan-Vickers, mas o início da Segunda Guerra Mundial e a mobilização de todo o parque industrial da Inglaterra para a produção de armas fizeram com que a empresa cancelasse as obras. Assim, um grupo formado, entre outras empresas, pelas norte-americanas General Electric e Westinghouse assumiu as obras em pleno período de guerra.

A locomotiva que operaria no trecho eletrificado foi projetada pela General Electric e seria utilizada para trens de passageiros e de carga; a máquina apresentava rodagem 1-C+C-1 para melhor se adaptar ao traçado sinuoso da linha e tinha potência de 2000 HP. A primeira locomotiva chegou ao Brasil em 1943 e fora produzida numa época em que todo o parque industrial norte-americano estava voltado para a produção de armamento para a guerra.

A primeira etapa da eletrificação na Estrada de Ferro Sorocabana foi concluída em 1944, e as locomotivas Série 2000 (como foram batizadas oficialmente) iniciaram as suas operações comerciais. Até 1948, a Sorocabana receberia mais locomotivas do mesmo modelo, que foram produzidas pela General Electric e também pela Westinghouse, nos Estados Unidos.

Apelido

Os ferroviários logo encontraram um apelido para a nova locomotiva elétrica da Sorocabana: Loba. Isto se deveu porque os eixos de apoio da máquina se localizavam à frente da carenagem frontal da locomotiva, e alguns ferroviários compararam este detalhe a um focinho de um lobo.

Outro apelido destas máquinas foi Westinghouse, pois algumas unidades foram produzidas pela empresa norte-americana.

Fim da operação

As locomotivas Loba prestaram bons serviços para a Sorocabana e para a FEPASA, tracionando trens de passageiros e cargas pela região Sudoeste e Oeste de São Paulo. Na década de 1970, aproximadamente sete a dez unidades foram reformadas e modernizadas, recebendo novos faróis, pantógrafos e pintura branca e vermelha da FEPASA.

Entretanto, em 1999, a malha da FEPASA foi concedida a uma nova empresa, a Ferroban. A nova controladora imediatamente interrompeu o uso da tração elétrica e encostou quase todas as locomotivas elétricas então em uso. Ainda assim, três Lobas continuaram em operação, tracionando trens cargueiros na Grande São Paulo. Em 2006, a América Latina Logística assumiu as operações da malha da antiga FEPASA e reformou uma locomotiva Loba para a operação na Grande São Paulo.

O restante das locomotivas foi encostado e acaba deteriorando em vários pátios ferroviários, sobretudo no de Sorocaba. Ao decorrer do último trimestre de 2009, algumas dessas que ficaram paradas em Ourinhos e Sorocaba foi levada para a cidade de Bauru (que já "abrigava" unidades das Lobas desativadas ao longo da malha ferroviária da cidade) - mais precisamente para o pátio de Triagem Paulista - pela própria ALL em ações de remoção de material rodante inservível de pátios pela sua malha. Logo ao fim do mesmo ano e início do seguinte 2010, certas unidades foram ignorantemente compradas por como sucata, por ficarem a mercê do tempo e desprotegidas: foram alvas de ladrões em busca de cobre e vândalos - algumas das tais, foram desmembradas dos seus eixos. ... Grande parte das unidades atualmente está neste estado.

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