Gilberto Carvalho

político brasileiro

Gilberto Carvalho ComMM (Londrina, 21 de janeiro de 1951) é um filósofo e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).[2] Foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil.[3]

Gilberto Carvalho
Gilberto Carvalho
Gilberto Carvalho em 2011.
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil
Período1º de janeiro de 2011
a 1º de janeiro de 2015
PresidenteDilma Rousseff
Antecessor(a)Luiz Dulci
Sucessor(a)Miguel Rossetto
Dados pessoais
Nascimento21 de janeiro de 1951 (73 anos)
Londrina, PR
ProgenitoresMãe: Geracy Ballarotti Carvalho
Pai: Antônio Carvalho
Alma materUniversidade Federal do Paraná (UFPR)
Prêmio(s)Ordem do Mérito Militar[1]
PartidoPT (1980–presente)
Profissãofilósofo, político

Biografia

Nascido no município de Londrina, no Paraná, Gilberto Carvalho é um dos três filhos de Antônio Carvalho e Geracy Ballarotti Carvalho.[3] Cursou e concluiu o curso de filosofia pela Universidade Federal do Paraná. [3]Estudou teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná[4], mas deixou o curso antes da conclusão. Fez especialização em gerenciamento público, em instituições de Venezuela, México e Espanha. Ele foi ligado à Pastoral Operária (movimento da Igreja Católica) e desempenhou diversas funções no Partido dos Trabalhadores (PT). Exerceu cargos na prefeitura municipal de Santo André e foi o chefe de Gabinete Presidencial durante os oito anos de Lula na Presidência da República, além de Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.[3]

Assessor e conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo por vezes chamado de "o novo Golbery" ou de "o novo Chalaça", remetendo-se aos tempos do presidente Ernesto Geisel e do imperador Dom Pedro I.[5] Em 2003, foi admitido por Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Foi casado com Maria do Carmo Alves de Albuquerque, com quem teve três filhos: Samuel, Gabriel e Myriam. Do segundo casamento, com Floripis dos Santos, teve duas filhas: Bruna e Brenda.[6][7]

Governo Dilma Rousseff

Em 3 de dezembro de 2010, foi anunciado pela equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff como o futuro ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.[8] Em sua primeira entrevista, disse que sua primeira meta seria enviar ao Congresso um projeto de lei para criar o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, cujo propósito é flexibilizar repasses de verbas para ONGs. Sua função como secretário-geral da presidência é negociar com organizações sociais da sociedade civil, bem como negociar reajustes de salário de diferentes categorias trabalhistas.[9]

Controvérsias

Celso Daniel

Os irmãos de Celso Daniel acusaram Gilberto Carvalho de participar de um suposto esquema de arrecadação de propina no ABC Paulista: "Os irmãos do prefeito dizem que Carvalho chegou a confessar que certa vez levou no seu Chevrolet Corsa preto uma mala com 1,2 milhão de reais para o então presidente do PT, José Dirceu".[10]As acusações que foram rechaçadas quando Gilberto e os irmãos de Celso Daniel estiveram frente a frente na CPI dos bingos, no final de 2005.[11][12] A socióloga Ivone Santana, que além de ser a namorada de Celso Daniel na época do assassinato, era a mãe da única filha do ex-Prefeito de Santo André, também nunca confiou na versão apresentada pelos seus cunhados para o assassinato, visto que eles não eram próximos do irmão Prefeito e não acompanhavam o dia a dia da administração.[13][12][14]

FARCs

Em junho de 2008, teve o seu nome, assim como os de outros integrantes do governo federal, citado por um veículo da imprensa colombiana, repercutindo reportagens da Folha de São Paulo, após a apreensão do laptop de Raúl Reyes, número 2 do grupo guerrilheiro FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que fora morto pelo governo colombiano em março de 2008.[15]O então Ministro da Defesa Nelson Jobim ao saber das mensagens que mencionavam integrantes do Governo Federal procurou o Presidente Lula para informá-lo da existência de tais mensagens.[16] O Presidente então encaminhou o material para ser periciado pela Interpol e pela ABIN e condenou os sequestros praticados pelo grupo guerrilheiro colombiano.[17][16][18] Gilberto Carvalho disse nunca ter tido contato ou trocado mensagens eletrônicas com Olivério Medina, limitando-se a ter intercedido para que melhorassem as condições da prisão onde ele estava.[17] O ex-padre Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como 'Oliverio Medina' era considerado 'embaixador' do grupo guerrilheiro no Brasil.[7][19]

Operação Zelotes

No centro da operação da Polícia Federal denominada Zelotes, em 2015, foi acusado de fazer acordos secretos com lobistas, que desejavam obter benefícios fiscais, a partir do período do governo Lula. No dia 21 de junho de 2021 foi absolvido junto do ex-Presidente Lula e outros cinco réus das acusações apresentadas pelo MPF.[20]

Ver também

Referências