Guerra Greco-Turca de 1919–1922

A Guerra Greco-Turca de 1919–1922, também chamada de Guerra da Ásia Menor ou campanha grega da guerra de independência turca foi uma série de confrontos militares ocorridos entre maio de 1919 e outubro de 1922, durante a partilha do Império Otomano, ocorrida ao término da Primeira Guerra Mundial. A guerra foi travada entre a Grécia e os revolucionários turcos do Movimento Nacional Turco, que posteriormente fundaria a República da Turquia.

Guerra Greco-Turca (1919–1922)
Parte da Guerra de independência turca

Ataque grego
Data15 de maio de 191911 de outubro de 1922
LocalAnatólia ocidental
Casus belliPartilha do Império Otomano
DesfechoVitória turca; revolução de 11 de Setembro de 1922 na Grécia, queda do governo de David Lloyd George no Reino Unido, Tratado de Lausanne.
Mudanças territoriaisTerras cedidas inicialmente à Grécia e que pertenciam ao Império Otomano são devolvidas à República da Turquia. Troca de populações entre os dois países.
Beligerantes
 Reino da Grécia
Apoiado por:
 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Nacionalistas turcos
Apoiado por:
RSFS da Rússia[1]
 Reino da Itália[2]
Comandantes
Reino da Grécia Constantino I
Reino da Grécia Konstantinos Nider
Reino da Grécia Konstantinos Miliotis
Reino da Grécia Leonidas Paraskevopoulos
Reino da Grécia Dimítrios Gúnaris
Reino da Grécia Anastasios Papoulas
Reino da Grécia Georgios Hatzianestis
Reino da Grécia Nikolaos Trikoupis
Reino da Grécia Georgios Polymenakos
Reino Unido David Lloyd George
Nacionalistas turcos Kemal Atatürk
Nacionalistas turcos Fevzi Çakmak
Nacionalistas turcos İsmet İnönü
Nacionalistas turcos Fahrettin Altay
Nacionalistas turcos Kemalettin Sami
Nacionalistas turcos Yusuf Izzet Pasha
Nacionalistas turcos Ali Fuat Cebesoy
Nacionalistas turcos Muhittin Akyüz
Nacionalistas turcos Naci Eldeniz
Nacionalistas turcos Ömer Halis Bıyıktay
Nacionalistas turcos Münip Uzsoy
Nacionalistas turcos Rüştü Sakarya
Nacionalistas turcos Şefik Aker
Nacionalistas turcos Kâzım Orbay
Nacionalistas turcos Nihat Anılmış
Nacionalistas turcos Refet Bele
Reino de Itália (1861–1946) Carlo Sforza[3][4]
Forças
Maio de 1919:
15 000
1922:
215 000
Maio de 1919:
35 000
Agosto de 1922:
208 000
Baixas
19 362 mortos em combate
4 878 mortes fora de combate
48 880 feridos
18 095 desaparecidos
~13 740 prisioneiros[5]
9 167 mortos em combate
2 474 mortes fora de combate
31 097 feridos
11 150 desaparecidos
6 522 prisioneiros[6]

A campanha grega foi iniciada depois que os Aliados, especialmente o primeiro-ministro britânico David Lloyd George, haviam prometido à Grécia território que pertencia ao Império Otomano. Ao fim da guerra a Grécia foi forçada a devolver todos os territórios conquistados durante o confronto, e iniciou um processo de troca de populações com a recém-fundada República da Turquia, de acordo com o Tratado de Lausanne - processo que deixou marcas nas sociedades dos países, e acirrou ainda mais as rivalidades já existentes.

Tratado de Paz

O Tratado de Lausanne foi negociado depois que as forças aliadas pressionaram pela renegociação do Tratado de Sèvres, após ver os revolucionários turcos vencerem-nas separadamente em três campanhas militares diferentes (além dos gregos, os armênios e os franceses foram derrotados pelos turcos). Este novo tratado reconheceu a independência da república turca e a sua soberania sobre a Trácia Oriental e a Anatólia.

Na literatura e nas artes

  • Tasos Athanasiadis, As Crianças de Níobe (Τα Παιδιά της Νιόβης), romance foi adaptado posteriormente pela televisão grega em forma de série
  • Louis de Bernieres, Birds Without Wings, 2004
  • Thea Halo, Not Even my Name, livro de memórias, 2000
  • Ernest Hemingway, On the Quai at Smyrna, em In Our Time, 1925
  • Jeffrey Eugenides, Middlesex, romance vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção em 2003
  • Panos Karnezis, The Maze romance de 2004
  • Elia Kazan, America, America, filme de 1964 indicado ao Oscar de Melhor Filme
  • Nikos Kazantzakis, Cristo Recrucificado (Ο Χριστός Ξανασταυρώνεται), romance de 1948
  • Bohuslav Martinů, A Paixão Grega (Řecké pašije), ópera de 1961
  • Dido Sotiriou, Adeus Anatólia (Ματωμένα Χώματα, 1962), Kedros 1997

Referências

Bibliografia

Ligações externas