Estado cristão
Um Estado cristão é um país que reconhece uma forma de cristianismo como sua religião oficial e muitas vezes tem uma igreja estatal (também chamada de igreja estabelecida),[1] que é uma denominação cristã que apoia e é apoiada pelo governo.[2]
Historicamente, as nações da Armênia,[3] Etiópia,[4] Geórgia,[5] assim como o Império Romano e o Império Bizantino, declaravam-se como Estados cristãos.[6][7]
Hoje, várias nações se identificam oficialmente como Estados cristãos ou têm igrejas estatais. Esses países incluem Argentina, Armênia, Costa Rica, El Salvador,[8] Dinamarca (incluindo a Groenlândia),[9] Inglaterra,[10] Etiópia, Ilhas Faroé,[11] Geórgia,[12] Grécia,[13] Hungria,[14] Islândia,[15] Liechtenstein,[16] Malta,[17] Mônaco,[18] Noruega,[19] Samoa,[20] Sérvia,[21] Tonga,[22] Tuvalu,[23] Vaticano,[24] e Zâmbia.[25] Um Estado cristão contrasta com um Estado secular,[26] um Estado ateu,[27] ou outro Estado religioso, como um Estado judeu[28] ou um Estado islâmico.[29]
História
Por volta de 200 d.C., os arameus estabeleceram a primeira igreja do mundo. A Igreja Ortodoxa Arameana é a igreja nacional mais antiga do mundo. Mais tarde, em 380, três imperadores romanos emitiram o Édito de Tessalônica (Cunctos populos), tornando o Império Romano um Estado cristão[6] e estabelecendo o Credo Niceno na forma de sua Igreja estatal como sua religião oficial.[30]
Após a queda do Império Romano do Ocidente no final do século V, o Império Bizantino do Oriente, sob poder do imperador Justiniano (reinou de 527 a 565), tornou-se o Estado cristão predominante do mundo, com base no direito romano, na cultura grega e na língua grega."[7][31][32] Nesse Estado cristão no qual quase todos os seus súditos sustentavam a fé em Jesus, uma "enorme quantidade de talento artístico foi despejada na construção de igrejas, cerimônias e decoração de igrejas".[31] John Binns descreve esta época, escrevendo que:
Uma nova etapa na história da Igreja começou quando não apenas comunidades localizadas, mas nações se tornaram cristãs. A etapa está associada à conversão de Constantino e ao início de um império cristão, mas o imperador bizantino não foi o primeiro governante a conduzir seu povo ao cristianismo, estabelecendo assim o primeiro Estado cristão. Essa honra vai tradicionalmente para a igreja da Armênia.[33]
Como um Estado cristão, a Armênia "abraçou o cristianismo como a religião do rei, dos nobres e do povo".[3] Em 326, de acordo com a tradição oficial da Igreja Ortodoxa Georgiana, após a conversão de Meribanes e Nana, o país da Geórgia tornou-se um Estado cristão com o imperador Constantino, o Grande enviando clérigos para batizar as pessoas. No século IV, no Império de Axum, após a conversão de Ezana ao cristianismo, o império também se tornou um Estado cristão.[4][34] Na Idade Média, esforços foram feitos para estabelecer um Estado pancristão [en] unindo os países dentro da cristandade.[35][36] O nacionalismo cristão desempenhou um papel nesta época em que os cristãos sentiram o impulso de recuperar também os territórios em que o cristianismo floresceu historicamente, tais como a Terra Santa e o norte da África.[37]
Igrejas estabelecidas e antigas igrejas estatais
Igreja nacional
Vários países têm uma igreja nacional que não é estabelecida (como a religião oficial da nação), mas ainda assim é reconhecida pela lei civil como sendo a denominação religiosa reconhecida do país. Embora estes não sejam Estados cristãos, é provável que a igreja nacional cristã oficial tenha certas funções estatais residuais em relação a ocasiões de Estado e cerimoniais. Exemplos incluem a Escócia (Igreja da Escócia) e a Suécia (Igreja da Suécia). Uma igreja nacional normalmente tem o monopólio do reconhecimento oficial do Estado, embora incomumente a Finlândia tenha duas igrejas nacionais (a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia e a Igreja Ortodoxa Finlandesa), ambas reconhecidas sob a lei civil como igrejas oficiais conjuntas da nação.
Ver também
Notas
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Christian state».