José Silvério
José Silvério de Andrade, ou simplesmente José Silvério (Itumirim, 11 de novembro de 1945), é um locutor esportivo brasileiro.
José Silvério | |
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Nome completo | José Silvério de Andrade |
Conhecido(a) por | "Pai do Gol" |
Nascimento | 11 de novembro de 1945 (78 anos) Itumirim, MG |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | Sebastiana de Andrade (falecida em 25/11/2010)[1] e atual Rosemary Caldeira |
Filho(a)(s) | 1 filho, 2 filhas e 6 netos[2] |
Ocupação | locutor esportivo |
Trabalhou recentemente na Rádio Capital de São Paulo.[3] É considerado um dos maiores locutores esportivos da história do rádio brasileiro.[3]
Já narrou mais de vinte modalidades esportivas,[4] mas destacou-se no futebol, sobretudo de São Paulo. Cobriu todas as Copas do Mundo de 1978 a 2018, totalizando onze torneios.[5]
Carreira
Conheceu o rádio aos oito anos, durante a Copa de 1954.[5] Começou a carreira narrando até treinos do Fabril, pela Rádio Cultura de Lavras[6] (cujo diretor o descobriu quando Silvério narrava uma partida de botão),[7] e sua primeira partida foi em julho de 1963, entre Olímpica de Lavras e Bragantino. De lá, foi para as rádios Itatiaia e Inconfidência, de Belo Horizonte, Continental, do Rio de Janeiro e a Rádio Tupi, de São Paulo, como correspondente no Rio.[4]
Chegou em 1975 à Rádio Jovem Pan de São Paulo,[8] onde ficou por 25 anos[3] — apesar de uma passagem de três meses pela Rádio Bandeirantes, em 1985.[7] Era o segundo locutor, atrás de Osmar Santos, mas, com a saída deste, assumiu a titularidade em 1977.[9] Teve ainda uma experiência na TV Manchete, onde narrou as Olimpíadas de 1996[5], sem deixar o rádio.
Trabalhou entre 2000 e 2020 para a Rádio Bandeirantes,[10] onde teve como colegas de locução Ulisses Costa e Rogério Assis. Em 2021, após mais de 1 ano afastado do rádio, retorna às transmissões de futebol através da Rádio Capital, na qual estreou em junho e saiu em setembro, após a saída da equipe de Olivério Júnior da emissora.[3]
Curiosidades
Em sua carreira, passou por situações dramáticas, como na final da Copa de 1978, na Argentina, sofrendo muito devido a uma úlcera. Ele acordou na véspera com sangramentos e foi levado ao centro médico pelo repórter Wanderley Nogueira, seu colega na Jovem Pan. Mas o narrador não aceitou a recomendação para se internar e transmitiu o jogo entre Argentina e Holanda, usando panos para estancar o sangue e segurando uma santinha. O locutor conseguiu retornar ao Brasil ainda na noite de domingo e viajou ao lado de Pelé, que percebeu que Silvério não estava bem. Na chegada ao hospital, Silvério soube que realmente estava quase morrendo.[5]
Já a final do Campeonato Brasileiro de 1979 foi narrada por Silvério na pista de atletismo do Estádio Beira-Rio, com os cães da polícia à sua frente.[4] Outra situação curiosa foi durante um treino da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1986: sem autorização para narrar do estádio, os locutores das rádios tiveram de improvisar, e Silvério subiu em uma árvore, de onde avisava o repórter de campo Wanderley Nogueira sempre que não conseguia ver algum lance, para que ele o ajudasse com a narração.[11]
Games
Em 1999, fez a narração do jogo Futebol Internacional 2000 da Microsoft.[12][13]
Himenag
Homenagens
Em 2015, foi eleito um dos maiores narradores esportivos da história do rádio brasileiro no livro Os Mestres do Espetáculo[14].
Jargões
Autor de jargões inúmeras vezes repetidos por outros locutores, sendo o mais notório "E que golaço!",[11] que surgiu de improviso e foi incorporado ao seu repertório.[15]
Tem uma espécie de "tique", que é sua marca registrada: estender a pronúncia das últimas sílabas das palavras (por exemplo, o repórter Leandro Quesada era chamado de "Quesadan").
Prêmios
Ano | Prêmio | Categoria | Resultado | Ref. |
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1994 | Troféu ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) | Narrador de Rádio | Venceu | [16] |
1995 | Narrador de Rádio | Venceu | [17] | |
1999 | Narrador de Rádio | Venceu | [18] | |
2001 | Narrador de Rádio | Venceu | [19] | |
2002 | Narrador de Rádio | Venceu | [20] | |
2003 | Narrador de Rádio | Venceu | [21] | |
2004 | Narrador de Rádio | Venceu | [22] | |
2005 | Narrador de Rádio | Venceu | [23] | |
2006 | Narrador de Rádio | Venceu | [24] | |
2007 | Narrador de Rádio | Venceu | [25] | |
2008 | Narrador de Rádio | Venceu | [26] | |
2009 | Narrador de Rádio | Venceu | [27] | |
2010 | Narrador de Rádio | Venceu | [28] | |
2013 | Prêmio Comunique-se | Locutor Esportivo | Venceu |
Vida pessoal
Silvério teve Sebastiana, a "Tianinha", como companheira de vida durante 46 anos, entre namoro e casamento. Ela morreu em 2010, vítima de ELA (esclerose lateral amiotrófica), doença degenerativa que não tem cura. Depois do longo sofrimento com a doença de "Tianinha", Silvério conheceu Rose, com quem é casado desde 2012.[5]