L'Amour fou
L'Amour fou (bra: Amor Louco; prt: O Amor Louco)[8][9][10] é um filme francês de 1969, do gênero drama, dirigido por Jacques Rivette, e estrelado por Bulle Ogier e Jean-Pierre Kalfon.[11] Com um roteiro que Rivette coescreveu ao lado de Marilù Parolini, a trama retrata a história de um diretor que começa a trair sua esposa com outras atrizes enquanto eles ensaiam para uma peça teatral trágica.[12][13][14]
L'Amour fou | |
---|---|
Cartaz promocional do filme. | |
No Brasil | Amor Louco |
Em Portugal | O Amor Louco |
França 1969 • p&b / cor • 252 min | |
Gênero | drama |
Direção | Jacques Rivette |
Produção | Georges de Beauregard Roger Scipion |
Roteiro | Marilù Parolini Jacques Rivette |
Elenco | Bulle Ogier Jean-Pierre Kalfon |
Música | Jean-Claude Éloy |
Cinematografia | Étienne Becker Alain Levent |
Edição | Nicole Lubtchansky Anne Dubot |
Companhia(s) produtora(s) | Marceau-Cocinor Sogexportfilm |
Distribuição | Janus Films (Internacional)[1][2] |
Lançamento | |
Idioma | francês |
Sinopse
Durante os ensaios para a produção da peça teatral trágica "Andromaque", de Jean Racine, a atriz principal Claire (Bulle Ogier) e seu diretor Sébastien (Jean-Pierre Kalfon), que são um casal nos bastidores, não conseguem encontrar uma maneira de deixar os seus problemas pessoais em casa. A vida começa a imitar a ficção, e a situação se complica quando Sébastien busca consolo com outras mulheres, também atrizes, enquanto Claire prefere manter o foco em sua atuação, como se nada estivesse acontecendo com seu parceiro.
Elenco
- Bulle Ogier como Claire
- Jean-Pierre Kalfon como Sébastien / Pirro
- André S. Labarthe como Diretor
- Josée Destoop como Marta / Hermíone
- Dennis Berry como Dennis / Pílades
- Michèle Moretti como Michèle
Análise
Jacques Rivette descreveu "L'Amour fou" como um filme "sobre ciúme", mas observa que essa definição não captura totalmente sua essência.[15] De fato, a maior parte do filme explora um paralelo entre o ciúme de Hermíone – da peça teatral "Andromaque" (1668), de Jean Racine – e o ciúme de Claire, ambos desencadeados pela infidelidade de um homem amado. No entanto, a história moderna do casal formado por Claire e Sébastien difere em alguns aspectos da história do casal formado por Hermíone e Pirro. Um exemplo é o episódio em que o casal se isola, na última parte do filme, que é completamente original em comparação com a trama da peça teatral de Racine.[16]
O filme ilustra a "relação particularmente fecunda que o trabalho de Jacques Rivette mantém com a literatura", assim como outros filmes, como: "Suzanne Simonin, la Religieuse de Diderot" (1966), adaptação de um romance de Denis Diderot, ou "Ne touchez pas la hache" (2007), adaptação de um romance de Honoré de Balzac.[15]
Recepção
Roger Greenspun, em sua crítica para o jornal The New York Times, escreveu: "L'Amour fou, embora possivelmente não seja uma obra-prima, é uma obra de tal interesse, habilidade e inteligência que merece ser algo melhor do que uma lenda – no que é, afinal, ainda o seu próprio tempo".[17]
Em 1973, o filme enfrentou um grande revés quando seu negativo de 35 mm foi destruído em um incêndio nos laboratórios GTC, em Paris. Apesar disso, a produção conseguiu circular em diversos contextos, embora em cópias incompletas ou bastante desgastadas ao longo das décadas. A situação mudou em 2022, quando sob a supervisão de Caroline Champetier, diretora de fotografia que colaborou em alguns filmes de Rivette, uma restauração foi realizada usando várias cópias e materiais de filmagem encontrados em laboratórios.[18] O resultado foi oficialmente revelado em 2023, quando a cópia restaurada foi exibida na seção de Clássicos do Festival de Cannes.[19][20]
No Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, 100% das 8 críticas do filme são positivas, com uma classificação média de 7,8/10.[13]