LBR

A LBR - Lácteos Brasil, é uma empresa de capital fechado brasileira, constituída em dezembro de 2010 a partir da fusão da LeitBom (Monticiano Participações) com a Bom Gosto. A LBR já nasceu como um gigante do setor lácteo, sendo a terceira maior empresa do País e atrás somente da Nestlé e da Brasil Foods.[carece de fontes?] A LBR tinha até 2013 um faturamento anual da ordem de R$ 2 bilhões e captação de leite de mais de um bilhão de litros.[1] Em 2010, a LBR teve um aporte financeiro de R$ 700 milhões do BNDES, sendo R$450 milhões em dinheiro e R$ 250 milhões em debêntures conversíveis.[2]

LBR - Lácteos Brasil
Empresa de capital fechado
SloganMarcas fortes de norte a sul do país
AtividadeLaticínios
Fundação2010 (14 anos), a partir da fusão da LeitBom com a Bom Gosto
SedeGoiás
Área(s) servida(s) Brasil
ProdutosLeites e derivados
AcionistasBNDES,
Monticiano S.A
Bom Gosto S.A
CRP VII
CRP BG
SAF Participações e Oeste Participações

Produtos

A empresa hoje foca leite UHT, mas chegou a produzir leites regulares e especiais, queijos finos, frescos e ralados, creme de leite, requeijões, manteigas, bebidas lácteas e à base de soja.[3]

Marcas

Os produtos da LBR eram comercializados sob as marcas Parmalat, Bom Gosto, LeitBom, Líder, Boa Nata, Ibituruna, São Gabriel e Da Matta. Em 2015, a marca Parmalat voltou para sua dona original, a empresa francesa Lactalis, maior grupo mundial de lácteos e dona da Parmalat Itália Spa, detentora da marca Parmalat. Atualmente, a LBR só comercializa a marca Ibituruna.[4]

Fábricas

A LBR contava inicialmente com 31 fábricas distribuídas em 12 estados do Brasil. Algumas foram fechadas e outras vendidas. Somente algumas continuam em operação. As fábricas foram colocadas à venda como parte de um processo de Recuperação Judicial.[5]

Participação Societária

A participação societária na LBR está dividida da seguinte forma:

Recuperação Judicial

Em 15 de fevereiro de 2013, o pedido de Recuperação Judicial da LBR foi aceito pela 1.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.[6] Em 10 de maio, a empresa protocolou um Plano de Recuperação Judicial que foi apreciado e aprovado pelos credores. Seguindo o Plano de Recuperação Judicial, no primeiro semestre de 2014, várias unidades de produção isoladas (UPI's) foram colocadas à venda pela LBR: São Gabriel, Garanhuns, São Luís dos Montes Belos, Leitbom, Líder, Tapejara, Fazenda Vila Nova, Barra Mansa, Ibituruna, Cedrense, Boa Nata, Poços de Caldas, Bom Gosto e Gaurama.

A UPI de Barra Mansa envolve a unidade de produção e a marca DaMatta. Já a UPI Poços de Caldas envolve equipamentos e as marcas Poços de Caldas (requeijão) e Paulista.[7] A soma das propostas de compra alcançou R$ 531 milhões, sendo a maior proposta feita pela francesa Lactalis, no valor de R$250 milhões.[8]

A venda foi aprovada pelos credores em AGC (Assembleia Geral de Credores), pelo CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica e pelo Juiz responsável pela Recuperação Judicial. Uma das propostas, da empresa ARC Medical Logística, causou grande polêmica[9] porque as sócias são sobrinhas de um dos conselheiros da LBR, a época da assembleia, Francisco Benedito Silveira Filho. Ele é o proprietário da BS Factoring, empresa que realizou operações financeiras em conjunto com a holding Laep, uma companhia acusada de desviar recursos e dar um prejuízo ao mercado de R$ 5 bilhões.[10][11]

Ver também

Referências