Lung Boonmee raluek chat

filme de 2010 dirigido por Apichatpong Weerasethakul

Lung Boonmee raluek chat (bra: Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas[1]) é um filme franco-britano-hispano-germano-neerlando-tailandês de 2010, do gênero comédia dramático-fantástica, dirigido por Apichatpong Weerasethakul.

Lung Boonmee raluek chat
No BrasilTio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas
Em tailandêsลุงบุญมีระลึกชาติ
Em inglêsUncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives
Em francêsOncle Boonmee, celui qui se souvient de ses vies antérieures
 Tailândia ·  Reino Unido ·
 Países Baixos ·  França ·
 Alemanha · Espanha
114 min 
Gênerocomédia dramática
DireçãoApichatpong Weerasethakul
ProduçãoSimon Field
Keith Griffiths
Charles de Meaux
Apichatpong Weerasethakul
ElencoThanapat Saisaymar
Jenjira Pongpas
Sakda Kaewbuadee
CinematografiaSayombhu Mukdeeprom
Yukontorn Mingmongkon
Charin Pengpanich
EdiçãoLee Chatametikool
Idiomatailandês

Em 2010, foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.[2]

Sinopse

Dirigido por Apichatpong Weerasethakul, conta a história de um homem que sofre de insuficiência renal e decide colocar fim aos seus dias em uma fazenda, na companhia de seus familiares e amigos. Os espíritos de sua esposa e de seus filhos desaparecem quando ele passa por uma experiência edificante.[2]

Ele decide se encontrar em uma gruta, o primeiro local de nascimento de sua primeira vida passada, com pessoas de sua convivência.[2]

Elenco

  • Thanapat Saisaymar como Uncle Boonmee
  • Jenjira Pongpas como Jen
  • Sakda Kaewbuadee como Tong
  • Natthakarn Aphaiwonk como Huav, esposa de Boonmee
  • Geerasak Kulhong como Boonsong, filho de Boonmee
  • Kanokporn Thongaram como Roong, amigo de Jen
  • Samud Kugasang como Jaai, chefe de trabalho de Boonmee
  • Wallapa Mongkolprasert como a princesa
  • Sumit Suebsee como soldado
  • Vien Pimdee como o fazendeiro

Recepção crítica

Ao ser apresentado no Festival de Cannes 2010, o filme de Apichatpong Weerasethakul recebeu críticas muito elogiosas da maior parte da imprensa. No jornal Le Monde, Isabelle Regnier o classificou de "absolutamente maravilhoso" e que merecidamente deveria receber a Palma de Ouro[3]. Louis Guichard do Télérama relata o "momento único da competição" (o filme inspirou a redação da própria edição do semanário).[4]

A revista americana Variety fala de um objeto concreto "maravilhosamente estupendo".[5]

O Libération reconhece a obra como '"delirante e magistral".[6]

O Telegraph o classificou como um filme cinco estrelas (o máximo), bem como os sítios culturais como Fluctuat[7] e Excessif (que lhe deu sua própria Palma)[8]. O Berliner Zeitung descreve o filme como um dos momentos mais extraordinários que um festival já ofereceu.[9]

O sítio Les Inrockuptible declara que trata-se do filme "mais audacioso e surpreendente do festival"[10]. O Paris Match afirma que Uncle Boonmee é o "mais belo poema cinematográfico da competição", constatação parecida com a da revista inglesa Screen que o qualifica como um filme puramente "maravilhoso".[11]

As inovações formais e as narrativas do filme são louvadas pelos críticos, que insistem sobre a sua capacidade de fazer o espectador mergulhar na história. O adjetivo "mágico" também é onipresente. Louis Guichard do Télérama menciona uma obra de um "poeta e visionário", um assombro "doce", "sensual" e "malicioso" formado por imagens mentais e oníricas, cujos efeitos resgatam o brilho cinematográfico de Jean Cocteau.[12]

As palavras escolhidas por Jean-Marc Lalanne de Inrockuptibles são sensivelmente parecidas. Ele vê o filme caracterizado pela "doçura" e "bondade" e que sua narrativa pode levar ao ápice e aos delírios mais extremos. Ele ainda acrescenta que o cinema de Weerasetakul conta o que o "cinema contemporâneo pode propor de mais intenso".[13]

O Paris Match fala de uma "audácia visual e narrativa insana" que permite atingir um estado de graça e serenidade.[14]

O jornal inglês The Guardian julga a atmosfera do filme como formada por esquetes "estranhas, engraçadas, espirituais e inconstantes".[15]

Danièle Heymann, do semanário Marianne, evoca um filme "totalmente envolvente" e que o filme ganhou a simplicidade de Apichatpong Weerasethakul. A representação familiar dos espíritos mostra o talento do seu autor ao tornar natural o que é estranho ou desconhecido.[16]

A crítica do Time Out reconhece as grandes qualidades plásticas do filme, mas se recusa a crer que elas identificam o filme, pois os personagens são imprevisíveis.[17]

Os críticos do Figaro chamam o filme de "lamentável", "interminável" e "cheio de visões desinteressantes".[18]

Referências

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