Massacre de Andijã

O massacre de Andijã ocorreu quando tropas uzbeques do Ministério do Interior (MVD) e do Serviço Nacional de Segurança (SNB) dispararam contra uma multidão de manifestantes em Andijã, no Uzbequistão, em 13 de maio de 2005.[1][2][3] As estimativas de mortos em 13 de maio variam de 187, a contagem oficial do governo, a várias centenas.[1][4] Um desertor do SNB alegou que 1500 pessoas foram mortas.[5] Os corpos de muitos dos que morreram foram supostamente escondidos em valas comuns na sequência do massacre.[6]

O governo uzbeque primeiramente afirmou que o Movimento Islâmico do Uzbequistão organizou a agitação e os manifestantes eram membros do Hizb ut-Tahrir.[7] Os críticos argumentam que o rótulo de islamista radical é apenas um pretexto para a manutenção de um regime repressivo no país. Se as tropas dispararam indiscriminadamente para evitar uma revolução colorida ou agiram legitimamente para sufocar uma fuga da prisão também é contestado.[8][9][10][11] Uma terceira teoria é que a disputa foi na verdade uma luta entre clãs pelo poder estatal.[3] O governo uzbeque acabou por reconhecer que as más condições econômicas da região e o ressentimento popular desempenharam um papel na revolta.[12]

Alega-se que os pedidos dos governos ocidentais para uma investigação internacional provocou uma grande mudança na política externa uzbeque favorecendo relações mais estreitas com os países asiáticos, embora o governo usbeque fosse conhecido por ter laços estreitos com governo dos Estados Unidos e a administração Bush tivesse declarado o Uzbequistão como sendo vital para a segurança dos Estados Unidos porque arrendou uma grande base militar para as forças militares estadunidenses. O governo do Uzbequistão ordenou o fechamento da base aérea dos Estados Unidos em Karshi-Khanabad e melhorou laços com a República Popular da China e a Rússia, que apoiaram a resposta do regime em Andijã.[2][13]

Referências

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Andijan massacre».