Miss Tocantins

concurso de beleza

Miss Tocantins trata-se de um concurso de beleza feminino realizado anualmente válido para a disputa de Miss Brasil versão Miss Universo. Apesar de sua origem datar desde 1989, o concurso não é realizado com frequência, ficando a cargo do empresário Raffael Rodrigues realizar a seletiva no Estado. Embora as representantes tenham se classificado entre as semifinalistas algumas vezes, apenas uma conquistou o título máximo: Gislaine Ferreira, eleita Miss Brasil 2003, posteriormente uma das dez semifinalistas do Miss Universo daquele ano.[1] A atual detentora do título estadual é a representante de Palmas, Victória Guarda Schneider. [2]

Miss Tocantins
TipoConcurso de Beleza
Fundação1989
SedeTocantins Palmas
CoordenaçãoRaffael Rodrigues

História

Anos 90

Criado em 5 de Outubro de 1988 após um pedido de emancipação durante Assembleia Nacional Constituinte daquele ano, o Tocantins é a unidade federativa brasileira mais nova a ser criada. O aceite para se tornar um Estado aconteceu somente em outubro de 1988, portanto o Estado não teve uma representante no Miss Brasil 1988 (visto que o mesmo ocorreu no mês de Abril). Para celebrar a primeira participação do Tocantins no certame de mais prestígio na época, ocorreu no "Iracema Clube de Miracema", em Miracema do Tocantins (capital provisória do Estado) a primeira eleição da mais bela tocantinense de 1989. Na ocasião, a vencedora foi a própria anfitriã, "Miss Miracema" Marta Maria Gomes, que representou com maestria seu novo Estado na edição de 1989 do Miss Brasil.

No ano seguinte, em 1990, não houve eleição nacional de Miss Brasil, visto que Silvio Santos abandonou o certame alegando que o mesmo "já não atraía mais atenção dos brasileiros". O Brasil ficava de fora pela primeira vez da celebração de Miss Universo desde que entrou na competição, em 1954. Em 1991, o certame voltou a ser realizado pela empresária Marlene Brito, e de forma restrita somente alguns Estados do País participaram da eleição da paulista Patrícia Godói, o Tocantins não estava entre eles. Em 1992 o Estado foi representado por Zélia Barros Fonsêca, do município de Gurupi. No ano seguinte, o Miss Brasil 1993 foi realizado à portas fechadas por meio de seletiva, a escolhida foi a gaúcha Leila Schuster.

Em 1994 o Tocantins foi representado pela ribeirão-pretense Marina Quites, que já havia sido segunda colocada no Miss Brasil Globo representando o Estado, na ocasião perdendo para a gaúcha Tatiane Possebom.[3] Quites foi a primeira a se classificar com a faixa do novo Estado e ficou sendo a única classificação do Tocantins por oito (8) anos. Na edição do Miss Brasil 1995 foi Lorena Rodrigues Alves que representou o Tocantins, ela faleceu em decorrência de um acidente automobilístico, provocado em 2012.[4] Outra edição do concurso estadual ocorreu em Palmas em 1996, quando outra "Miss Miracema" foi eleita, esta foi Ana Paula Carmo, que acabou não se classificando no nacional daquele ano.

Em 1997 coube à Cláudia de Almeida, representar seu Estado na 43ª do Miss Brasil. Na ocasião, Cláudia não conseguiu classificar-se. No ano seguinte, foi a vez de Paula de Athayde Rochel, que novamente não classificou seu Estado na final do Miss Brasil 1998. Entre os anos de 1997 a 2002, não há informações sobre concursos realizados e sobre a origem exata das candidatas. A paranaense Luziane "Lu" Baierle, que se tornaria posteriormente atriz e sub-celebridade brasileira, foi a representante do Estado - por indicação - na disputa nacional de 1999. Isabele Araújo Domingos (2000), Nathália Lourenço Rodrigues (2001) e Daniella Dias Fernandes (2002) foram as três posteriores representantes do Estado no Miss Brasil.

Vitória de Gislaine

Somente em 2003 que o Tocantins teria motivos para se orgulhar na disputa nacional, pois alcançou a vitória com Gislaine Rodrigues Ferreira, mineira que foi convidada à representar o Estado naquela edição.[5] Com uma resposta final ovacionada pelo público presente no Via Funchal em São Paulo, Gislaine causou polêmica na mídia brasileira naquele ano, visto que não tinha residência fixa no Estado[6] e já havia disputado outro título Estadual da mesma franquia e no mesmo ano, o de "Miss Minas Gerais".[7] Indo contra às especulações, o organizador do evento na ocasião, Boanerges Gaeta Júnior afirmou, durante o programa do apresentador Gugu Liberato, o "Domingo Legal" que os pais de Gislaine detinham fazendas na região e por isso tornou válida a inscrição da mineira. Gislaine é até então, a única representante do Tocantins à alcançar a vitória no nacional, e por três anos foi a última brasileira a se classificar no Miss Universo, ao ficar em 6º. Lugar na edição de 2003, realizada no Panamá.[8] Hoje é jornalista formada, trabalhou na Band Minas e por muito tempo foi "garota da previsão do tempo" da emissora, é casada, tem dois filhos e mora em Belo Horizonte.[9]

Histórico e informações

Fânia Marielle Teixeira de Goiânia, foi a representante do Tocantins no Miss Brasil 2004, não conseguindo obter o feito de sua antecessora.[10] Eleita "Miss Tocantins 2005" representando a cidade de Palmeirópolis, a modelo goiana Francielly de Oliveira Araújo ficou em 4º. Lugar na disputa pela coroa nacional de 2005.[11] Com o feito, Francielly foi Miss Brasil Hispano-Americana para o Rainha Hispano Americana daquele ano, mas infelizmente não conseguiu se classificar. Eleita a representante de 2006, após representar a cidade de Pedro Afonso, a goiana Camilla Christie Ribeiro Oliveira representou o Tocantins, ficando entre as dez semifinalistas daquele ano.[12] Jaqueline Pereira de Moura (2007, de Porto Nacional), Kelly Bezerra de Aquino (2008, paraense representando Pindorama do Tocantins,[13] eleita por concurso)[14] e Natália Araújo Bichuete (2009, de Araguaína[15])[16] representaram o Estado nos anos seguintes.

Foi realizada uma edição do concurso para a disputa de Miss Brasil 2010, coordenada pelo promoter Alziro de Freitas,[17] mas a vencedora, Jaqueline Ribeiro Verrel representando Porto Nacional era menor de idade, o que ia contra o regulamente do concurso nacional. Portanto, a representante do Estado naquele ano foi a segunda colocada no concurso, a paraense radicada em Anápolis, Suymara Barreto Parreira,[18] que já havia ficado em segundo lugar na disputa de "Miss Goiás" daquele mesmo ano.[19] Favorita ao título, por seu porte e presença de palco, Suymara parou entre as dez semifinalistas. Suymara foi, por sete (7) anos, a última representante do Estado a se classificar no Miss Brasil. Já maior de idade, Verrel se propôs a representar o seu Estado de nascimento na edição seguinte, não obtendo classificação.

A gaúcha Viviane de Moura Fragoso (2012, representando a cidade de Almas)[20] e Wiolana "Lanna" Barbosa Brito[21] (2013, representando a cidade de Tocantinópolis)[22] foram eleitas por concurso. Ambas não alcançaram classificação na suas respectivas disputas nacionais. Suas sucessoras, Wizelany Marques Costa (2014, de Brasília) e Karla Sucupira Mota (2015, de Gurupi) foram indicadas pelo organizador da disputa de Miss Distrito Federal, Clóves Nunes - falecido em 2017 - para representar o Estado nortista.[23] Em 2016, Jaqueline Ribeiro Verrel persistiu novamente pelo título estadual e acabou sendo eleita em uma seletiva ocorrida na capital do seu Estado,[24] promovida novamente por Clóves Nunes.

Nova direção

om o falecimento de Clóves, em decorrência de uma pneumonia grave, a etapa nacional resolveu convidar a coordenadora local mais próxima para deslocar-se até a capital do Estado e conduzir a seletiva com as candidatas municipais previamente eleitas. Sem tempo hábil para realizar uma seletiva mais ampla abrangendo mais candidatas, Fátima Abranches (coordenadora do Miss Goiás BE Emotion) organizou uma cerimônia simples, que culminou com a vitória da mais alta tocantinense eleita na história do concurso (1.82) Islane Machado Rocha,[25] da cidade de Dueré, dando o back-to-back para sua cidade na competição. Islane quebrou um jejum de sete anos sem classificação do Tocantins no nacional.

Sem interesse em dar continuidade na organização do concurso, Fátima cedeu o cargo para o jovem coordenador do "Miss Goiás CNB" (franquia Miss Mundo Brasil) Raffael Rodrigues, que coordena atualmente a disputa. Desde que assumiu o controle do concurso, Rodrigues já elegeu as negras Tatiele Rodrigues (representante de Porto Nacional em 2018), [26] Alessandra Kelly Farias de Almeida (representando Tocantinópolis em 2019) e Luciana Cirqueira Gomes [27] (representando Palmas em 2021).[28] As duas últimas, alcançando uma posição entre as dez semifinalistas do Miss Brasil BE Emotion 2019 e Miss Universo Brasil 2021.

Curiosidades

Outras informações sobre as vencedoras:

  • Nathália Lourenço (2001) era menor de idade quando concorreu ao Miss Brasil 2001, ela tinha apenas 16 anos. [29]
  • Jaqueline Verrel (2016) é, até então, a única tocantinense a vencer o estadual duas vezes, em 2011 e 2016.
    • Foi candidata à Miss Terra Brasil 2013 representando a unidade de conservação do Jalapão.
    • Ela também disputou o Miss Mundo Brasil 2015, não conseguindo classificação para o Estado.[32]
    • Chegou a ser desclassificada do ENEM 2010 por ter sido pega tirando foto no momento da prova.[33]

Coordenadores

Ficaram responsáveis pela escolha da mais bela tocantinense:

PeríodoResponsáveis
1989–1998Fátima Fernandes
2010–2012
  • Alziro de Freitas
  • Fernando Ferreira
2013Júlio Franco
2014–2016Clóves Nunes
2017Fátima Abranches
2018–2019
  • Raffael Rodrigues
  • Lilian Moraes
desde 2021Raffael Rodrigues

Desempenho

Tabela de Classificação

Abaixo a performance das tocantinenses no Miss Brasil.

PosiçãoQtd
Miss Brasil1
2º. Lugar
3º. Lugar
4º. Lugar1
5º. Lugar
Semifinalista7
Total9

Vencedoras

     A candidata tornou-se Miss Brasil.
     A candidata parou entre as finalistas.
     A candidata parou entre as semifinalistas.
AnoParticipaçãoVencedorasRepresentaçãoColocaçãoMiss UniversoRef.
202331ªVictória Guarda SchneiderPalmasSemifinalista (Top 16)[37]
202230ªPhatricia "Phuérpei" AraújoPalmas[38]
202129ªLuciana Cirqueira GomesPalmasSemifinalista (Top 10)[39]
2020A Miss Brasil foi indicada, portanto não houve disputa.
201928ªAlessandra Kelly AlmeidaTocantinópolisSemifinalista (Top 10)[40]
201827ªTatiele Rodrigues da SilvaPorto Nacional[41]
201726ªIslane Machado Rocha DueréSemifinalista (Top 16)[42]
201625ªJaqueline Ribeiro VerrelDueré[43]
201524ªKarla Sucupira MotaGurupi[44]
201423ªWizelany Marques CostaPalmas[45]
201322ªWiolana Barbosa BritoTocantinópolis[46]
201221ªViviane de Moura FragosoAlmas[47]
201120ªJaqueline Ribeiro VerrelPorto Nacional[48]
201019ªSuymara Barreto ParreiraPalmeirópolisSemifinalista (Top 10)[49]
200918ªNatália Araújo BichueteAraguaína[50]
200817ªKelly Bezerra de AquinoPindorama do Tocantins[51]
200716ªJaqueline Pereira de MouraPorto Nacional[52]
200615ªCamilla Christie Ribeiro Oliveira Pedro AfonsoSemifinalista (Top 10)[53]
200514ªFrancielly de Oliveira AraújoPalmeirópolis4º. Lugar[54]
200413ªFânia Marielle TeixeiraGurupi[55]
200312ªGislaine Rodrigues FerreiraPalmasMISS BRASIL 2003Semifinalista (Top 10)[56]
200211ªDaniella Dias Fernandes[57]
200110ªNathália Lourenço Rodrigues[58]
2000Isabele Araújo Domingos[59]
1999Luziane "Lu" Baierle[60]
1998Paula de Athayde Rochel[61]
1997Cláudia de Almeida[62]
1996Ana Paula do CarmoMiracema do Tocantins[63]
1995Lorena Rodrigues[64]
1994Marina Quites PalmasSemifinalista (Top 12)[65]
1993A Miss Brasil foi indicada, portanto não houve disputa.
1992Zélia Barros FonsêcaGurupi[66]
1991O Estado não enviou candidata ao Miss Brasil 1991.
1990Não houve disputa nacional de Miss Brasil em 1990.
1989Marta Maria GomesMiracema do Tocantins[67]
Não são naturalmente do Estado, as seguintes misses
  1. Marina Quites (1994) é de Ribeirão Preto, São Paulo;
  2. Paula de Athayde Rochel (1998) é de Itapetininga, São Paulo;
  3. Luziane Baierle (1999) é de Toledo, Paraná;
  4. Gislaine Ferreira (2003) é de Patos de Minas, Minas Gerais;
  5. Fânia Teixeira (2004) é de Goiânia, Goiás;
  6. Francielly Oliveira (2005) é de Goiânia, Goiás;
  7. Camilla Christie (2006) é de Goiânia, Goiás;
  8. Kelly Aquino (2008) é de Belém, Pará;
  9. Suymara Barreto (2010) é de Belém, Pará;
  10. Viviane Fragoso (2012) é de Bagé, Rio Grande do Sul;
  11. Wizelany Marques (2014) é de Brasília, Distrito Federal;

Conquistas por Cidade

RepresentaçãoTítulosVitórias
Palmas61994, 2003, 2014, 2021, 2022, 2023
Porto Nacional32007, 2011, 2018
Gurupi1992, 2004, 2015
Tocantinópolis22013, 2019
Dueré2016, 2017
Palmeirópolis2005, 2010
Miracema do Tocantins1989, 1996
Almas12012
Pindorama do Tocantins2008
Araguaína2009
Pedro Afonso2006

Referências

Ligações externas