Museu Petrie de Arqueologia Egípcia

Museu em Camden, Reino Unido

Museu Petrie de Arqueologia Egípcia é um museu de Londres, Reino Unido, que faz parte dos Museus e Coleções do University College London. A instituição contém mais de 80 mil objetos e está entre algumas das principais coleções mundiais de artefatos egípcio e sudanês.[1][2]

Museu Petrie de Arqueologia Egípcia
Petrie Museum of Egyptian Archaeology
Museu Petrie de Arqueologia Egípcia
O Museu Petrie de Arqueologia Egípcia e a Biblioteca Científica, Malet Place
Tipo
Inauguração1892
Proprietário atualUniversity College London
Websitehttps://www.ucl.ac.uk/culture/petrie-museum
Geografia
PaísReino Unido
CidadeLondres
Coordenadas51° 31' 25" N 0° 7' 59" O
Museu Petrie de Arqueologia Egípcia está localizado em: Londres
Museu Petrie de Arqueologia Egípcia
Geolocalização no mapa: Londres

História

O museu foi estabelecido como um recurso de ensino para o Departamento de Arqueologia Egípcia e Filologia da University College, ao mesmo tempo em que o departamento foi estabelecido em 1892.[3] A coleção inicial foi doada pela escritora Amelia Edwards.[4][5] Seu primeiro professor, William Matthew Flinders Petrie, conduziu muitas escavações importantes e, em 1913, vendeu suas coleções de antiguidades egípcias para a universidade, criando a Coleção Flinders Petrie de antiguidades egípcias e transformando o museu em uma das principais coleções fora do Egito. Petrie escavou dezenas de locais importantes ao longo de sua carreira, incluindo os cemitérios do Período Romano em Hauara,[6] famosos pelos belos retratos de múmias em estilo romano clássico;[7][8] Amarna, a cidade do rei Aquenáton;[9] e a primeira pirâmide verdadeira, em Meidum, onde descobriu algumas das primeiras evidências de mumificação.[1]

Descrição atual

O museu fica na Malet Place, perto da Gower Street e da biblioteca de ciências da University College London. A entrada é gratuita e, até de janeiro de 2018, o prédio ficava aberto todas as tardes das 13h às 17h, de terça a sábado, com pesquisadores acomodados também em outros horários.[10]

Interior do museu

O museu tem um programa de educação para adultos e famílias,[11] e tem uma organização ativa de Amigos que permite que os membros participem de palestras, seminários do museu, visitas ao Egito e coleções egípcias, eventos sociais e assim por diante. Além disso, os Amigos arrecadam fundos para a conservação, publicação e exibição da notável coleção do Museu Petrie.[12]

Organização e coleções

O museu é dividido em três galerias, com a principal (alojada acima dos antigos estábulos) contendo muitos dos pequenos artefatos do museu, bem como tabuletas de escrita e retratos e vitrines de múmias. Outra galeria contém principalmente cerâmica. A terceira é ao longo de uma escada até uma saída de emergência. Algumas partes da coleção não são iluminadas para proteger itens sensíveis à luz, e tochas (lanternas) são fornecidas para ver o interior das vitrines.

A coleção foi digitalizada e o catálogo pode ser navegado e consultado online.[13]

Propriedades notáveis

A coleção contém algumas "novidades" significativas: uma das primeiras peças de linho do Egito (cerca de 5000 aC); dois leões do templo de Min em Copto, do primeiro grupo de escultura monumental (cerca de 3000 aC, estão localizados no edifício principal da UCL); um fragmento da primeira lista ou calendário de reis (cerca de 2900 aC); o mais antigo exemplo de metal do Egito, os primeiros grânulos de ferro trabalhados; o primeiro exemplo de vitrificação; o "selo de cilindro" mais antigo no Egito (cerca de 3500 aC); os testamentos mais antigos em papel de papiro; o papiro ginecológico mais antigo; o único papiro veterinário do antigo Egito; e o maior desenho arquitetônico, mostrando um santuário (cerca de 1300 aC).

A coleção também inclui material dos períodos copta e islâmico.[14]

Há um arquivo substancial mantido no museu, incluindo registros de escavação, correspondência e fotografias relacionadas às escavações lideradas por Flinders Petrie. Existem ainda documentos relativos à distribuição de achados de trabalho de campo para museus em todo o mundo entre 1887 e 1949.[15]

Trabalhos publicados

Em 2015, o museu, em conjunto com a University College London, publicou uma compilação de artigos de multipla autoria, The Petrie Museum of Egyptian Archaeology: Characters and Collections, que está disponível em versão impressa e por meio de download gratuito de acesso aberto.[16] É editado por Alice Stevenson.

Ver também

Referências

Leitura adcional

Ligações externas

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