Nuno Krus Abecasis

Licenciou-se em Engenharia Civil, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.

Em 1975 aderiu ao Partido da Democracia Cristã, de Sanches Osório, e, posteriormente, ao Centro Democrático Social, de que foi um destacado militante.

Foi eleito Deputado à Assembleia da República, pelo CDS, nas legislaturas iniciadas em 1976, 1980, 1983, 1985 e 1995.^[1] Nesta última legislatura (VII), foi candidato a vice-presidente da Assembleia da República, não tendo logrado obter aprovação, logo no início da legislatura, por três vezes - duas a 31 de outubro e uma a 17 de novembro de 1995. Perante a última rejeição, retirou a candidatura, alegando falta de dignidade do Parlamento e desrespeito pelo lugar atribuído ao CDS-PP, então liderado por Manuel Monteiro, como terceira força política. Apenas em novembro de 1998, já com Paulo Portas como presidente do CDS-PP, conseguiu ser eleito vice-presidente da Assembleia da República, até à sua morte, em abril de 1999. Foi substituído por Pedro Feist, como vice-presidente da Assembleia da República, durante o tempo restante da legislatura, até outubro de 1999.^[2]

Integrou o governo de coligação do PS com o CDS, em 1978, como Secretário de Estado das Indústrias Extractivas e Transformadoras.

Em 1979, com apoio do CDS e do PSD, seria eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a reeleição em 1982 e em 1985, com maioria absoluta.

Como autarca, destacou-se ainda pelo combate às barracas (dando origem a um forte investimento camarário em habitação social) e ao lixo que infestava o chão da cidade (instalando milhares de caixotes do lixo em postes de iluminação).

Participou na fundação da União das Cidades Luso-Afro-Américo-Asiáticas, em 1985, e da Fundação Cidade de Lisboa, em 1989.

• Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (3 de Agosto de 1983)
• Grã-Cruz da Ordem da Fénix da Grécia (15 de Novembro de 1990)
• Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo (9 de Junho de 1999), esta última a título póstumo

Filho de Duarte Monteverde Abecasis, de ascendência Judaica e Espanhola, e de Maria Amélia Krus, de ascendência Alemã, e irmão do Major-General José Duarte Krus Abecasis, Oficial da Ordem Militar de Avis a 27 de Outubro de 1953 e elevado a Comendador da mesma Ordem a 24 de Agosto de 1960,^[5] e do também Engenheiro Carlos Krus Abecasis, Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 19 de Março de 1959^[6] e Grande-Oficial da Ordem de Rio Branco do Brasil a 21 de Agosto de 1970,^[7] tinha nove meses quando a família se estabeleceu em Lisboa.

Teve seis filhos e filhas, fruto do seu casamento com Raquel Ferreira Castela, sendo uma delas Raquel Abecassis, política independente que fez parte das listas do CDS – Partido Popular para as legislativas de 2019.

• Redacção QuidNovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, volume XI, Ed. QN - Edição e Conteúdos, S.A., 2004

• «Do Mundo para Lisboa». por Marcos Soromenho Santos in Diário de Notícias em 19 de abril de 2008.  Acesso 27 de dezembro de 2012.
• «UCCLA». (União das Cidades Luso-Afro-Américo-Asiáticas) 

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