Parapsicologia

pseudociência dedicada à investigação de supostos fenômenos paranormais e psíquicos

Parapsicologia é uma pseudociência[1][2][3] dedicada à investigação de supostos fenômenos paranormais e psíquicos. Seu propósito é a pesquisa científica de telepatia, precognição, retrocognição, clarividência, telecinesia, projeção da consciência, experiências de quase morte, reencarnação, mediunidade e outras reivindicações paranormais e sobrenaturais.[4][5][6][7]

O cientista e filósofo William James foi um dos fundadores da American Society for Psychical Research.
O economista, filósofo e sociólogo Henry Sidgwick foi o primeiro presidente da Society for Psychical Research.
Ganzfeld, um dos experimentos que são realizados para averiguar fenômenos do gênero PES.

O termo parapsicologia foi criado em 1889 por Max Dessoir[8][9] e adotado na década de 1930 por Joseph Banks Rhine[10] para substituir os termos "metapsíquica" e "pesquisa psíquica".[11]

A posição da parapsicologia como ciência é contestada e usada como exemplo de paradigma pseudocientífico.[12] Após mais de um século de investigações, não foram obtidos resultados suportados pelo método científico[13][14], mas pesquisas com meta-análise sugerem ainda campo a ser explorado[15][16][17]. A Parapsychological Association, criada em 1959, apesar das críticas, participa da Associação Americana para o Avanço da Ciência.[18][19][20]

Definição e abrangência

A Parapsicologia estuda uma série de fenômenos ditos paranormais, incluindo os seguintes aspectos:[6]

Psicologia e psiquiatria

Apesar da existência de fenômenos paranormais não seja reconhecida pela ciência, e as historiografias da psicologia e da psiquiatria em geral darem pouca atenção a isto, há pesquisadores que sustentam que estudos sobre supostos fenômenos mediúnicos trouxe grande contribuição à formação e desenvolvimento de diversos conceitos científicos, principalmente conceitos ligados ao funcionamento da mente, como o subconsciente, a dissociação, o transtorno dissociativo de identidade, a histeria, a escrita automática e a hipnose. Pesquisas sobre fenômenos paranormais, principalmente sobre a mediunidade, foram importantes no desenvolvimento da psicologia e da psiquiatria científicas por parte de alguns pioneiros no estudo científico da mente, como Sigmund Freud, Carl Jung, Pierre Janet, Frederic Myers, Edmund Gurney[21] e mais notoriamente William James.[22][23]

História

A Parapsicologia (inicialmente designada como "Pesquisa Psíquica") surgiu sistematicamente no último quarto do século XIX, altamente relacionada com o então grande crescimento recente dos movimentos Moderno Espiritualismo e Mesmerismo, quando em 1882 foi fundada em Londres a Society for Psychical Research (Sociedade de Pesquisa Psíquica) com a proposta de apresentar "uma tentativa organizada e sistemática de investigar o grande grupo de fenômenos controversos designados por termos como mesmérico, psíquico e espiritualista" e com a associação de diversos membros acadêmicos proeminentes. Isto incluía acadêmicos da Universidade de Cambridge, tais como o filósofo Henry Sidgwick e o ensaísta Frederic W. H. Myers. Além desses, a SPR também contava com os físicos Sir William Fletcher Barrett e Balfour Stewart e o político KG Arthur Balfour, que mais tarde se tornou primeiro-ministro. Nas primeiras décadas seguintes, diversos intelectuais de renome mundial se tornaram presidentes da SPR, incluindo como exemplos o psicólogo e filósofo americano William James, o químico e físico inglês Sir William Crookes, o físico inglês Sir Oliver Lodge, o astrônomo francês Camille Flammarion, o Nobel em Medicina francês Charles Richet e o Nobel em Literatura francês Henri Bergson.[24][25]

A SPR logo se tornou o modelo para as sociedades similares em outros países europeus e nos Estados Unidos, tanto que William James, junto ao astrônomo Simon Newcomb e outros cientistas, fundaram em 1885 a American Society for Psychical Research (Sociedade Americana de Pesquisa Psíquica), organização a qual também se associaram muitos intelectuais renomados.[26]

Na década de 40, J.B. Rhine, da Universidade Duke, realizou experimentos sobre percepção extrasensorial em 50 crianças que estudavam numa escola para nativos norte-americanos. O estudo, recentemente descoberto, foi considerado uma afronta à dignidade das crianças.[27]

Referências

Bibliografia

Ligações externas