Ptolomeu Alorita

Ptolomeu Alorita (em grego: Πτολεμαῖος Αλωρίτες; romaniz.:Ptolemaios Alorites), segundo Jerónimo de Estridão, foi um rei da Macedónia, reinando por quatro anos, desde 372 a.C., quando sucedeu a Alexandre II, até 368 a.C., quando foi sucedido por Pérdicas III.[1] O nome do seu pai, segundo Diodoro Sículo, era Amintas.[2]

Ptolomeu Alorita
Nascimentoséculo V a.C.
Morte365 a.C.
Macedónia Antiga
Progenitores
CônjugeEurynoe
Irmão(ã)(s)Pausânias da Macedónia
Ocupaçãodiplomata, regência

Contexto histórico

Amintas III, com sua esposa Eurídice, teve três filhos, os reis Alexandre II, Pérdicas III e Filipe II, o Grande, e uma filha, Eurínoe,[3] e com outra esposa, Gigaia, teve três filhos, Arquelau, Arideu e Menelau.[3]

Eurídice se envolveu com seu genro, e teria assassinado Amintas III caso sua filha não tivesse descoberto a trama e denunciado a Amintas III, que, escapando de vários perigos, morreu de velhice.[3] Amintas poupara a vida de Eurídice por causa de seus filhos, mas seu sucessor, Alexandre II, foi morto por uma conspiração de Eurídice, sua mãe.[4]

De acordo com Plutarco, foi para resolver a disputa entre Ptolomeu e Alexandre, rei da Macedônia, que Pelópidas foi chamado, como árbitro.[5] Pelópidas fez os dois se reconciliarem e trouxe como reféns, para Tebas, trinta filhos dos homens mais ilustres, inclusive Filipe, irmão do rei Alexandre,[6] então um rapaz, mas que, depois que se tornou rei, como Filipe II, escravizou todos os gregos.[7]

Reinado

Ptolomeu Alorita tomou o poder no ano da 103a Olimpíada,[2] quando assassinou seu cunhado Alexandre II,[2][8] e reinou por três [2] ou quatro anos.[9]

Pelópidas foi chamado de novo, pelos macedônios aliados do rei morto, e reuniu um exército de mercenários,[8] mas Ptolomeu corrompeu os mercenários, recebeu Pelópidas como um superior, concordou em governar como regente dos irmãos do rei morto, e entregou reféns a Pelópidas, seu filho Filoxeno e cinquenta de seus companheiros.[10]

De acordo com Ésquines, no discurso Sobre a Embaixada, após a morte de Alexandre II, quando Pérdicas e Filipe ainda eram crianças, Eurídice, a viúva de Amintas, foi traída por quem ela confiava.[11] O usurpador Pausânias, que tinha sido exilado, retornou com uma força de gregos e conquistou Antemo, Terma, Estrepsa e outras cidades e tinha o apoio de vários macedônios.[12] Durante esta crise, os atenienses elegeram Ifícrates como general, e o enviaram contra Anfípolis.[12] Ifícrates foi recebido por Eurídice, que colocou Pérdicas nos seus braços e Filipe nos seus joelhos, lembrou que Amintas chamava Ifícrates de filho, e que Ifícrates poderia se considerar irmão dos meninos, e um amigo dos macedônios.[13] Ifícrates expulsou Pausânias da Macedônia, e preservou a dinastia, deixando Ptolomeu como regente, mas este se aliou a Anfípolis contra Atenas.[14]

Morte e sucessão

No quarto ano da 103a Olimpíada, Ptolomeu foi assassinado por seu cunhado Pérdicas III, que reinou por cinco anos.[15] Pérdicas, assim que se tornou rei, também lutou por Anfípolis, contra Atenas.[14]

Análises modernas

Alguns historiadores supõem que Ptolomeu Alorita era filho ilegítimo de Amintas III,[16][17] porém outros supõem que o pai de Ptolomeu Alorita era outro Amintas, ou que Diodoro Sículo errou.[18][19]

Referências

Caixa de sucessão baseada em Jerônimo de Estridão e no Chronographeion Syntomon:

Precedido por
Alexandre II
Rei da Macedónia
372368 a.C.
Sucedido por
Pérdicas III