ReadyBoost

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Em computação, ReadyBoost é um software componente do Windows Vista e de futuros sistemas operacionais da Microsoft para cacheamento do disco. Permite que qualquer dispositivo compatível de armazenamento em massa seja usado como um cache de memória temporário para o disco rígido, com a intenção de aumentar a velocidade de acesso ao disco rígido. Dispositivos potencialmente compatíveis com ReadyBoost incluem memórias flash USB, SSDs, e cartões SD. Há um limite de 32 GB por arquivo de cache.

ReadyBoost
DesenvolvedorMicrosoft
Idioma(s)Todos os idiomas do Windows
Sistema operativoWindows Vista, Windows 7, Windows 8 e Windows 10
Gênero(s)Cacheamento de disco
LicençaProprietária
Estado do desenvolvimentoAtivo

Visão geral

Utilizar memória flash (dispositivos de memória NAND) compatível com ReadyBoost permite que o Windows Vista e seus sucessores aproveitem de leituras aleatórias ao disco com maior desempenho do que em outro caso. Esse cacheamento se aplica a todo o conteúdo do disco, e não apenas ao arquivo de paginação ou aos DLLs do sistema. Dispositivos flash tipicamente são mais lentos do que discos rígidos mecânicos em termos de E/S sequencial, portanto, para aumentar o desempenho, o ReadyBoost inclui lógica que reconhece solicitações de leitura grandes e sequenciais e faz com que o disco rígido atenda essas solicitações ao invés.[1]

Quando um dispositivo compatível está conectado, a caixa de diálogo da Reprodução Automática do Windows oferece uma opção adicional para usar o dispositivo flash para acelerar o sistema; uma aba adicional chamada "ReadyBoost" é adicionada à janela de propriedades do aparelho, onde a quantidade de espaço a ser utilizado pode ser determinada.[2] O tamanho mínimo do cache é de 250 MB. No Vista ou com a formatação do dispositivo em FAT32, o tamanho máximo é 4 GB. No Windows 7 com formatação NTFS ou exFAT, o tamanho máximo do cache é de 32 GB por dispositivo. O Windows Vista permite que apenas um dispositivo seja utilizado, enquanto o Windows 7 permite múltiplos caches, um por aparelho, totalizando em 256 GB.[3]

ReadyBoost compacta e encripta, usando AES-128, todos os dados colocados no dispositivo; a Microsoft declarou que uma razão de compressão 2:1 é típica, logo um cache de 4 GB pode conter até 8 GB de dados ou até um pouco mais.[4]

Requerimentos

Para que um dispositivo seja compatível e útil, ele deve conformar aos seguintes requerimentos:

  • A capacidade da mídia removível deve ser de pelo menos 256 MB[5] (250 MB após formatação, o Windows 7 declara em seu Visualizador de Eventos o mínimo requerido de 235 MB).
  • O Windows 7 suporta até oito dispositivos totalizando em um máximo de 256 GB de memória adicional,[6] com até 32 GB em um único dispositivo de armazenamento.[7]
  • O dispositivo deve ter um tempo de acesso de 1 milissegundo ou menos.
  • O dispositivo deve ser capaz de leituras de 2.5 MB/s para leituras aleatórias de 4 KB espalhadas uniformemente por todo o aparelho, e gravações de 1.75 MB/s para gravações aleatórias de 512 KB espalhadas uniformemente por todo o aparelho.[8]

Outras considerações

  • O ReadyBoost no Vista suporta NTFS, FAT16 e FAT32 no Service Pack 1. O Windows 7 também suporta o novo sistema de arquivos exFAT. Como o cache do ReadyBoost é armazenado como um arquivo, o dispositivo flash deve ser formatado como NTFS ou exFAT para permitir um cache maior que o limite de tamanho de 4 GB para arquivos no FAT32 (ou de 2 GB no FAT16).
  • O lançamento inicial do ReadyBoost no Windows Vista suporta um dispositivo. Windows 7 suporta múltiplos dispositivos flash para ReadyBoost, então pode-se esperar uma melhora em desempenho similar a RAID 0.
  • O algoritmo do ReadyBoost foi aperfeiçoado no Windows 7, resultando em melhor desempenho. Um experimento mostrou que a leitura da memória flash é de 5 a 10 vezes mais rápida do que no Windows Vista.
  • Como o ReadyBoost armazena seu cache como um arquivo no diretório raiz do dispositivo, em vez de utilizar a memória sem um sistema de arquivos, o sistema de arquivos deve ser montado e deve receber uma letra. O cache do ReadyBoost é criado no diretório raiz do dispositivo.
  • Se o dispositivo do sistema (o dispositivo primário, onde os arquivos do sistema do Windows estão situados) é um SSD, o ReadyBoost é desativado, pois ler desse dispositivo seria pelo menos mais rápido do que ler do dispositivo dedicado ao ReadyBoost.[5]

Dependendo da marca, do desgaste causado por ciclos de leitura e gravação, e do tamanho da memória flash, a habilidade de formatar em NTFS pode não estar disponível. Permitir a gravação do cache no dispositivo flash selecionando "Otimizar para desempenho" no Gerenciador de Dispositivos permitirá formatar em NTFS.[9]

ReadyBoost não está disponível no Windows Server 2008.[10]

De acordo com Jim Allchin, em futuros lançamentos do Windows, o ReadyBoost será capaz de usar sobras de RAM de outros computadores na rede que estejam utilizando Windows.[11]

Desempenho

Um sistema de 512 MB de RAM (mínimo requerido pelo Windows Vista) vê ganhos significantes usando o ReadyBoost.[12][13] Em um teste, ReadyBoost acelerou uma operação de 11.7 segundos para apenas 2 segundos. Porém, aumentar a memória física (RAM) de 512 MB para 1 GB (sem ReadyBoost) reduziu o tempo para 0.8 segundos.[14] O desempenho do sistema com ReadyBoost pode ser monitorado através do Monitor de Desempenho do Windows.[15] Conforme o preço da memória RAM diminuía e mais RAM era instalada nos computadores, as vantagens do ReadyBoost em mitigar a degradação do desempenho por causa de insuficiência de memória diminuíam.

A ideia base do ReadyBoost é que um dispositivo flash (isto é, um aparelho de memória USB) tem um tempo de busca muito mais rápido do que um disco rígido magnético típico (menos que 1 milissegundo), satisfazendo solicitações mais rapidamente. Ele também balanceia a vantagem inerente de duas fontes paralelas de onde se pode ler dados, enquanto que no Windows 7 é possível usar até oito dispositivos flash de uma vez, permitindo até nove fontes paralelas. Dispositivos flash em USB 2.0 são mais lentas para leituras e gravações sequenciais do que discos rígidos de computadores modernos de mesa. Esses discos rígidos podem manter uma velocidade de transferência de 2 a 10 vezes mais rápida do que a de um aparelho em USB 2.0, mas são iguais ou inferiores a USB 3.0 e FireWire (IEEE 1394) para dados sequenciais. USB 2.0 e dispositivos flash mais rápidos possuem tempos de acesso à memória aleatória mais rápidos: tipicamente por volta de 1 milissegundo, em comparação aos 12 obtidos em discos rígidos para computadores convencionais.[16]

Em laptops, o desempenho passa a ser mais a favor da memória flash, visto que memória para laptop é mais cara do que para computadores convencionais; além disso, vários laptop possuem discos rígidos relativamente lentos de 4200 e 5400 rpm.

Em versões do Vista anteriores ao Service Pack 1, o ReadyBoost não reconhece os dados do cache ao continuar de uma hibernação, reiniciando o processo de cacheamento e tornando o ReadyBoost ineficiente em máquinas que passam por ciclos frequentes de continuação e hibernação. Esse problema foi resolvido no Service Pack 1.[17]

Limitações

Como memórias flash desgastam depois de um número finito (embora bastante grande) de gravações, o ReadyBoost irá um dia desgastar o aparelho que estiver utilizando – isso pode levar muito tempo, dependendo de vários fatores. De acordo com a Microsoft, o aparelho deve ser capaz de operar por pelo menos dez anos.[1] Conforme as capacidades e velocidade aumentam e os custos por megabyte diminuem, dispositivos USB estão se tornando cada vez mais adequados ao ReadyBoost.

O ReadyBoost é desativado quando o Windows está sendo executado em um disco em estado sólido do tipo SSD.

Referências

Ver também

Ligações externas