Relações entre China e Japão

Relações diplomáticas entre China e Japão

As relações entre China e Japão são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República Popular da China e o Estado do Japão. As relações entre as duas nações têm sido relativamente cordiais desde 12 de setembro de 1979, quando houve o estabelecimento das relações diplomáticas entre Pequim e Tóquio.

Relações entre China e Japão
Bandeira da China   Bandeira do Japão
Mapa indicando localização da China e do Japão.
Mapa indicando localização da China e do Japão.
  China
  Japão


Uma parte dos prisioneiros chineses que foram acomodados pelas tropas japonesas em 16 de dezembro de 1937.

Os dois países estão geograficamente separados apenas por um trecho relativamente estreito de mar. A China influenciou fortemente o Japão com o seu sistema de escrita, arquitetura, cultura, religião, filosofia e direito. Quando os países ocidentais forçaram o Japão a abrir o comércio, em meados do Século XIX, o Japão implementou uma modernização (Restauração Meiji), vendo a China como uma civilização antiquada, incapaz de se defender contra as forças ocidentais em parte devido às Guerras do ópio e às Expedições anglo-francesas desde 1840 até 1860. A longa corrente de invasões e crimes de guerra do Japão na China, entre 1894 e 1945, bem como a mentalidade atual do Japão em relação ao seu passado, são as principais questões que afetam as atuais relações sino-japonesas.[1]

História

Pré-Guerra Mundial

China e Japão estão separados geograficamente somente por uma faixa marítima relativamente estreita. A China influenciou consideravelmente o Japão com seu sistema de caligrafia, arquitetura, cultura, filosofia e religião. Quando potências do Ocidente conduziram uma abertura do Japão ao comércio internacional no século XIX, o país voltou-se a modernização (Restauração Meiji), enxergando a China como uma sociedade antiquada incapaz de se defender de ameaças ocidentais especialmente por conta da derrota nas Guerras do Ópio. As inúmeras invasões e tentativas de expansão japonesas sobre o território chinês entre 1894 e 1945, bem como a postura japonesa com relação ao passado são as principais fontes de discordância contemporânea entre os dois países.

Guerra Fria

Após estabelecimento da República Popular da China em 1949, as relações com o Japão mudaram da hostilidade e ausência de contato para uma relação mais cordial e extremamente cooperativa em várias áreas. Japão foi derrotado na Segunda Guerra Mundial e o poder das forças armadas japonesas dissolvido, mas a China continuava a considerar o país vizinho como uma ameaça, principalmente devido a influência dos Estados Unidos. Um dos tópicos mais sensíveis nas relações entre os dois países é o temor publicamente expresso pelos chineses de uma eventual remilitarização do Japão. Por outro lado, autoridades japonesas consideram o rápido crescimento bélico da China nas décadas recentes.

O Tratado de Amizade, Aliança e Assistência Mútua Sino-Soviético incluiu a provisão de que cada país deveria proteger o outro de um eventual "ataque japonês ou de qualquer outro Estado a ele aliado" e a China enxergava com preocupação o apoio japonês aos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia. O Tratado de Cooperação Mútua e Segurança entre os Estados Unidos e o Japão também desestimulava estreitamento das relações entre os dois países. Em 1952, o Japão afastou-se ainda mais da cooperação com a China ao formular um tratado de paz com a República da China e estabelecer formalmente relações diplomáticas com a ilha.

Década de 1970

Em dezembro de 1971, representantes chineses e japoneses começaram a discutir a possibilidade restaurar as relações comerciais entre os países e, em julho de 1972, Kakuei Tanaka sucedeu a Eisaku Satō como Primeiro-ministro do Japão. Tanaka assumiu uma normalização das relações japonesas com a China. Além disto, a visita de Nixon a China em 1972 estimulou a normalização dos laços entre os dois países. Sua visita a Pequim culminou na assinatura o tratado conjunto em 29 de setembro de 1972, restabelecendo as relações sino-japonesas. A China renunciou sua exigência de reparação de guerra do Japão. Os japoneses, por sua vez, concordaram sobre a condição política de Taiwan. Subsequentemente, a economia bilateral cresceu fortemente em ritmo acelerado entre os dois países.

Em 5 de fevereiro de 1973, China e Japão concordaram em restabelecer os laços diplomáticos. No ano seguinte, iniciaram as negociações para um tratado de paz entre os dois países, progresso estagnado abruptamente em 1975. A China insistia na inclusão da cláusula de anti-hegemonia, contrariando claramente os interesses da União Soviética enquanto o Japão contestava a cláusula e mantinha uma postura de neutralidade na Ruptura sino-soviética.

Comércio

A China e o Japão são, respectivamente, a segunda e terceira maiores economias do mundo. Em 2008, o comércio entre ambos chegou a 266,4 bilhões de dólares, um aumento de 12,5 por cento em 2007, tornando a China e o Japão os maiores parceiros comerciais mútuos. A China foi também o principal destino das exportações japonesas em 2009.

Questões bilaterais sensíveis

O Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China apontou alguns temas sensíveis das relações entre o Japão e a China:

  1. Questões históricas
  2. Questão de Taiwan
  3. Questão das Ilhas Senkaku
  4. Questão da cooperação de segurança Japão-Estados Unidos
  5. Questão das reparações de guerra
  6. Questão das armas químicas japonesas descartadas na China
  7. Questão sobre as Coreias

Ver também

Referências

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