Roberto Azevêdo

diplomata brasileiro

Roberto Carvalho de Azevêdo GORB (Salvador, 3 de outubro de 1957) é um diplomata e engenheiro brasileiro, tendo servido como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).[2][3] Indicado pelo governo Dilma Rousseff para assumir a OMC, é considerado o diplomata brasileiro que mais entende de negociações comerciais, bem preparado e com bom trânsito dentro da organização.[4][5]

Roberto Azevêdo
Roberto Carvalho de Azevêdo
Roberto Azevêdo
Diretor-geral da OMC
Período1 de setembro de 2013
a 31 de agosto de 2020
Antecessor(a)Pascal Lamy
Sucessor(a)Ngozi Okonjo-Iweala
Dados pessoais
Nascimento3 de outubro de 1957 (66 anos)
Salvador, BA
Nacionalidadebrasileiro
Prêmio(s)Ordem de Rio Branco[1]
Profissãodiplomata, engenheiro eletricista

Biografia

Educação e Carreira

Fluente em inglês, espanhol e francês, formou-se em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília e Diplomacia pelo Instituto Rio Branco.[6]

Azevêdo ingressou no Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 1984 e serviu nas embaixadas do Brasil em Washington de 1988 a 1991 e em Montevidéu de 1992 a 1994, além de servir na Missão Permanente do Brasil em Genebra de 1997 a 2001;[6]

Ele ocupou as seguintes posições:[6]

  • Foi subchefe para Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores de 1991 a 1996;
  • A partir de 2001, participou da criação e dirigiu de 2001 a 2005 a Coordenação-Geral de Contenciosos do Ministério das Relações Exteriores, atuando como chefe de delegação em contenciosos como o caso do algodão, contra os Estados Unidos, subsídios à exportação de açúcar, contra a União Europeia e "Medidas que Afetam a Importação de Pneus Reformados", iniciado pela União Europeia.[7] Das três contendas, a última não foi bem sucedida;
  • Em 2005 até 2006 passou a chefiar o Departamento Econômico do MRE, quando foi chefe da delegação brasileira na Rodada Doha;
  • Entre 2006 e 2008, foi subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do MRE;
  • Desde setembro de 2008, é o representante permanente do Brasil junto à OMC e outras organizações econômicas em Genebra.

Foi indicado pelo Brasil em dezembro de 2012 para concorrer à direção-geral da OMC no período de 2013-2017. Venceu a disputa contra o mexicano Herminio Blanco, que tinha o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, e em 7 de maio 2013, foi eleito diretor-geral para um período de quatro anos, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo para um mandato completo, a partir de 1º de Setembro de 2013.[8]

Em fevereiro de 2017, foi indicado pelos membros da OMC, por consenso, para permanecer no cargo de diretor-geral da entidade por mais quatro anos, a contar de 1º de setembro de 2017.[9] Em 2020, renuncia o cargo antes do fim do mandato para assumir a vice-presidência da PepsiCo.

Vida pessoal

Roberto Azevêdo é casado com a embaixadora Maria Nazareth Farani e tem duas filhas.[6]

Referências

Ligações externas

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Precedido por
Pascal Lamy
Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio
2013-2021
Sucedido por
Ngozi Okonjo-Iweala