T-14 Armata

O T-14 Armata (russo: Т-14 «Армата» designação industrial Ob'yekt 148 em russo: Объект 148) é um tanque de guerra desenvolvido e produzido pela Rússia para servir como o principal veículo blindado do seu exército. Esse tanque de batalha de última geração baseado na Plataforma de Combate Universal Armata é o primeiro tanque de próxima geração produzido em série.[4][5]

T-14

Um T-14 russo.
TipoCarro de combate principal
Local de origem Rússia
História operacional
UtilizadoresForças armadas russas
Histórico de produção
FabricanteUralvagonzavod
Custo unitário400 milhões de rublos (aprox. US$ 3,7 milhões de dólares)[1]
Período de
produção
2015–presente
Quantidade
produzida
20[2] (100 planejados)
Especificações
Peso55 toneladas[3]
Comprimento10,7 m
Largura3,5 m
Altura3,3 m
Tripulação3[2]
Blindagem do veículo44S-sv-Sh
Armamento
primário
1 canhão 2A82-1M de 125mm
Armamento
secundário
1 metralhadora Kord (6P49)
1 metralhadora PKT (6P7К)
MotorChTZ 12Н360 (A-85-3A) (diesel)
1 500 h.p.
SuspensãoBarra de torção
Alcance
operacional (veículo)
500 km +
Velocidade75–80 km/h
A parte traseira do T-14.

Apesar de tecnologicamente avançado, a falta de compradores internacionais e carência de recursos por parte do governo russo acabou atrapalhando o projeto de produzir este veículo em massa. Em novembro de 2022, os jornais The Moscow Times e Newsweek reportaram que o programa estatal sob o qual o T-14 Armata estava sendo desenvolvido foi oficialmente interrompido.[6][7] O governo russo, por outro lado, afirmou que entre 2022 e 2023, o programa de produção em massa do Armata havia sido reiniciado.[8]

História

Após o cancelamento do T-95 em 2010, Uralvagonzavod iniciou o estudo de design do OKR Armata ("Armamento"). O estudo resultou no Objeto 148 baseado no T-95 (ele próprio baseado no Objeto 187).[9] O exército russo reduziu as ordens T-90 a partir de 2012 para se preparar para a chegada do novo tanque.[10]Após anos de desenvolvimento ele foi oficialmente apresentado ao público durante o Desfile do Dia da Vitória em 2015, realizado em Moscou.[11][1]

O exército russo inicialmente planejava adquirir 2 300 tanques T-14 entre 2015 e 2020.[12][13][4][5] Contudo, problemas de produção e falta de dinheiro atrasou esses planos para o final de 2025,[14] até que o projeto de construir este tanque em massa foi prontamente cancelado. Os cem veículos já planejados passaram a ser incorporados a Divisão Taman (a 2ª Divisão Tamanskaya de Blindados de elite); testes problemáticos e o caríssimo projeto e manutenção destes tanques causaram ainda mais atrasos nas entregas.[15][16]

Projeto

O Armata foi projetado ao longo de cinco anos e apresentou várias características inovadoras, incluindo uma torre não tripulada. A tripulação de três pessoas está sentada em uma cápsula blindada na frente do casco, que também inclui um banheiro para a tripulação.[17]

Equipamento

Armado com um canhão de 125 mm montado sob uma torre automatizada de alta tecnologia, o tanque é descrito como um dos melhores de sua geração. Seu sistema de blindagem retroativa (o Afghanit) é altamente eficiente, capaz de proteger sua tripulação (três soldados) do impacto de uma variedade de munições perfurantes, como aqueles de energia cinética. Seu motor a diesel é um ChTZ 12Н360 (A-85-3A) com potência de 1500 cavalos, que faz com que ele chegue a alcançar mais de 90 km/h.[18][19]

Reações estrangeiras

O T-14 Armata tem sido descrito como uma grande preocupação para os exércitos ocidentais[20][21] e a inteligência britânica via a torre não tripulada como fornecendo muitas vantagens.[21] Observadores ocidentais, no entanto, questionam a capacidade da Rússia de produzir tanques modernos como o T-90 e o T-14 em números significativos.[22][23] Em resposta ao Armata, a empresa alemã Rheinmetall AG desenvolveu o seu novo canhão L/51 de 130mm, com capacidade de penetração 50% maior que o modelo anteiror. A Alemanha e a França uniram forças para desenvolver o "Main Ground Combat System" (MGCS) para competir com os avanços tecnológicos da Armata e substituir tanto o Leclerc e o Leopard 2 até 2030.[5][24]

Referências

Ligações externas

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