Tancredo-1


O Tancredo-1 foi um picossatélite brasileiro, ele é um TubeSat que foi desenvolvido pelos alunos da escola municipal Presidente Tancredo Almeida Neves, em Ubatuba (SP) com apoio na plataforma picosat feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), adaptação e integração ao lançamento provido pelo TuPOD[1] da empresa italiana GAUSS Srl e da Agência Espacial Brasileira (AEB).[2][3][4][5]

Tancredo-1

Renderização artística do picossatélite em órbita.
Descrição
TipoPicossatélite
MissãoGeociência
Tecnologia
Educacional
Operador(es)Brasil INPE
Brasil EMPTAN
Identificação NSSDC1998-067KT
Identificação SATCAT41931
Duração da missão10 meses e 1 semana
Propriedades
FabricanteEstados Unidos Interorbital Systems
Brasil INPE
Brasil EMPTAN
Massa650 gramas (1,433 libras)
Altura13 centímetros (0,4265 pés)
Diâmetrocentímetros (0,2953 pés)
Geração de energiaCélulas solares fotovoltaicas
Missão
Contratante(s)Japão Mitsubishi Heavy Industries
Data de lançamento9 de dezembro de 2016 (Kounotori 6)
16 de janeiro de 2017 (TuPOD)
Veículo de lançamentoJapão H-2B-304 (Kounotori 6)
Local de lançamentoJapão Y2, Centro Espacial de Tanegashima
DestinoEstação Espacial Internacional
Órbita terrestre baixa
Decaimento18 de outubro de 2017
Especificações orbitais
Referência orbitalGeocêntrica
Regime orbitalTerrestre baixa
Semi-eixo maior6,767 quilômetros (4,205 milhas)
Excentricidade orbital0,0008418
Periastro383 quilômetros (238,0 milhas)
Apoastro394 quilômetros (244,8 milhas)
Inclinação orbital51,64º
Período orbital92,32 minutos
Época27 de março de 2017, 21:04:43 UTC
Transponders
Frequências437.200 MHz
Portal Astronomia

O satélite reentrou na atmosfera em 18 de outubro de 2017, após permanecer 10 meses em órbita da Terra.[6][7]

Projeto

A ideia foi do professor de matemática Cândido Oswaldo de Moura e do professor e programador Emerson Issao Yaegashi,[8] inspirado em uma reportagem sobre os "TubeSats", kits para construir “satélites pessoais” desenvolvidos pela empresa Interorbital Systems, nos Estados Unidos.[3][9] Para colocar o projeto em prática, o educador entrou em contato com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde, mais tarde, foi acompanhado de outros professores para receber treinamento e poder supervisionar os alunos. O material para a construção do satélite foi pago por comerciantes da cidade de Ubatuba e seu lançamento obtido mediante apoio da AEB. O satélite recebeu o nome de “Tancredo-1”, em homenagem a escola.[3]

Características

O picossatélite tem aproximadamente 13 centímetros e tem uma massa de 670 gramas. O equipamento tem em sua estrutura cinco placas. Células fotovoltaicas que envolvem o cilindro são responsáveis pela geração de energia para alimentar os componentes do Tancredo-1. Existe ainda um espaço dentro do satélite que pode ser usado para pequenos experimentos científicos no espaço, no caso do Tancredo-1 duas cargas úteis são utilizadas: um gravador de voz para rádio-amadores, carga útil educacional e uma Sonda de Langmuir simplificada para estudos na formação de bolhas de plasma na Ionosfera, carga útil científica do grupo de Ionosfera do INPE. A plataforma tubesat passou por total reengenharia como fruto do trabalho de Mestrado em Engenharia de Sistemas Espaciais do Eng. Auro Tikami do INPE sobre orientação de Walter Abrahão dos Santos - INPE [10].

Os quase 100 alunos que participam do projeto ficam encarregadas da soldagem de peças e montagem de circuitos elétricos.[3][9] O experimento depois de ser lançado ao espaço ele deverá ficar alguns meses em órbita, girando em torno da Terra a uma altitude de 310 quilômetros, assim, não corre o risco de virar lixo espacial. O satélite vai ser atraído aos poucos pela gravidade da Terra, onde deve ser queimar na atmosfera terrestre.[3][9]

O TubeSat começou a transmitir no dia 19 de janeiro de 2017 na frequência de 437.200 MHz.[11]

Artigo

Ver também

Referências