Eu Vi na TV

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Eu Vi na TV foi um programa de televisão brasileiro apresentado por João Kléber na RedeTV! entre 15 de novembro de 1999 e 21 de novembro de 2005.[1]

Eu Vi na TV
Eu Vi na TV
Informação geral
Formatoprograma de auditório
Duração120 minutos
ElencoPegadinhas:
  • Marco Martini
  • Renê Navarro
  • Vanderley Baptista
  • Ailton Mariano
  • Valquíria Martini
País de origem Brasil
Idioma originalportuguês
Produção
Apresentador(es)João Kléber
Narrador(es)Roberto Talma (chamadas)
Exibição
Emissora original
Formato de exibição480i (SDTV)
Transmissão original15 de novembro de 199921 de novembro de 2005

Uma versão semelhante do programa foi transmitida pela TVI em Portugal com o nome Fiel ou Infiel.[2]

História

O programa entrou no ar ainda em 15 de novembro de 1999 com o nome Te Vi na TV, com um formato simples e apelo popular. Em um palco com pequeno auditório, o apresentador João Kléber dividia espaço com a banda paulistana Karnak, investia em stand-up comedy, contava com a dupla de humoristas C1 e C2 e com alguns quadros em que contracenava com outros atores. Além disso, eram exibidas várias pegadinhas – as quais, no auge do programa, chegaram a ocupar boa parte do tempo de duração de cada edição do programa e até todo o tempo de sua duração – e quadros como o "Repórter cara-de-pau", que entrevistava pessoas com perguntas engraçadas como "O que você acha do governo cimentar a ponte aérea?" e "Você tomaria a vacina contra o vírus da internet?" bem como o célebre quadro "A Saga de Robertinho: 40 Anos de Praia" protagonizado pelo jornalista da RedeTV! e ator paulistano Renê Navarro. O sucesso da atração foi imediato, garantindo a melhor audiência da RedeTV! na época e a 2ª maior audiência naquele horário do dia – atrás apenas da Rede Globo –, com picos de 7 pontos.[3]

Mudanças

Mais tarde, o programa sofreu várias alterações. O nome foi trocado para "Você na TV" a partir de 2000 e finalmente, "Eu vi na TV" a partir de 2001. Deixaram o programa a dupla C1 e C2, os quadros de humor tradicional bem como os quadros de stand-up comedy e a atração acabou caindo em uma linha mais popularesca. O tempo de duração de cada edição passou a ser dividido entre pegadinhas, quadros como "Cíúme" (em que uma atriz com roupas curtas paquerava um homem acompanhado), "Tudo Pelo Amor" (em que João ajudava um casal separado a fazer as pazes) e por fim, o célebre "Teste de Fidelidade" (em que um cônjuge era "testado" ao ser seduzido por algum ator ou atriz, enquanto o outro cônjuge – o qual havia solicitado, ao programa, o teste – assistia a tudo através de câmeras ocultas que filmavam o que ocorria entre o cônjuge testado e o ator/atriz), que tornou-se o quadro de maior sucesso do programa. Em uma certa época do programa – já pelo 2º semestre de 2003 –, o Teste passou a dividir espaço com o quadro "Você tem Medo da Verdade?", em que João entrevistava personalidades com perguntas duras e polêmicas[4].

Polêmicas e fim do programa

Apesar de o Eu Vi na TV contar com altos índices de audiência para uma emissora relativamente nova e ainda pouco popular como a RedeTV![5], o programa foi frequentemente citado pelo público entre os piores programas da televisão aberta no país.[6] O quadro Teste de Fidelidade foi criticado por supostamente estimular a violência contra a mulher ao exibir brigas entre maridos testados e suas esposas ao vivo no programa.[7] Os casos exibidos no quadro também foram acusados de serem "fraudados".[8]

Em 14 de novembro de 2005, logo após a RedeTV! ter acatado a decisão da Justiça de não exibir mais aquelas pegadinhas e o Teste de Fidelidade, a emissora demitiu João Kléber – tendo vindo a recontratá-lo 7 anos depois, em novembro de 2012 – e tirou definitivamente o Eu Vi na TV do ar.

Controvérsias

Em 2004, o programa entrou no Ranking da Baixaria na TV, da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil.[9][10] Em 2005, o programa voltou a fazer parte do ranking. As denúncias eram por horário impróprio, suspeita de fraude e exposição de pessoas ao ridículo.[11]

Referências