Torcida Jovem do Flamengo

O Grêmio Recreativo Cultural Torcida Jovem do Flamengo, ou Jovem Fla, (TJF), é uma torcida organizada do Clube de Regatas do Flamengo.

Jovem Fla no Maracanã.

É uma das maiores torcidas organizadas do Brasil é a quarta maior torcida organizado do Rio de Janeiro, atrás da Raça Rubro Negra (Flamengo), Força Jovem do Vasco (Vasco) e Fúria Jovem (Botafogo). Sua sede está localizada na na Rua Álvaro Alvim, 48 salas 801/802, Centro do Rio de Janeiro, mas se subdivide por regiões, os chamados "Pelotões".[1]

O símbolo da torcida é um Tanque de Guerra com três canhões e a estrela dourada fazem alusão à conquista do Mundial de Clubes de 1981, onde os canhões do Tanque representam os três gols marcados contra o Liverpool e a estrela o título Mundial. Seu lema é: "Nada do Flamengo, tudo pelo Flamengo!".[1]

PRESIDENTE ATUAL: BOINHA (apelido)

História

A Jovem Fla foi fundada em 6 de dezembro de 1967, a partir de uma dissidência da Charanga Rubro-Negra.[1] Nos dois primeiros anos de existência, a torcida utilizou o nome Poder Jovem, inspirado no movimento negro norte-americano Black Power.[1]

Ao longo dos anos, tornou-se conhecida por praticar atos violentos durante e após os jogos do time, e desenvolveu rivalidade com outra torcida do mesmo clube, a Raça Rubro-Negra.[2]

Durante a década de 1980, a Jovem Fla começou uma aliança com a Máfia Azul do Cruzeiro, com a qual criaram a "União Punho Cruzado" (UPC), da qual também passou a fazer parte da Torcida Independente, do São Paulo.[3]

Em maio de 2011, o presidente da torcida, Marlon César Soares Alvarenga, conhecido como Touchê, passou a ser procurado pela polícia, acusado de tentativa de homicídio, após uma briga com torcedores vascaínos, numa praça em Niterói, conhecida como reduto dos torcedores do clube rival.[4]

Em maio de 2012, um integrante da torcida, Bruno de Santana Saturnino, conhecido como Feio, foi reconhecido por vascaínos ligados à Força Jovem Vasco, e agredindo, acabando por morrer no Hospital Salgado Filho, no Méier. Em agosto, a polícia passou a apontar o assassinato de Diego Leal, torcedor do Vasco, crime este acontecido naquele mês, como uma vingança de membros da Jovem Fla contra o assassinato de Feio.[5]

Em 2013, investigações da polícia civil apontaram ligações entre a torcida e atividades ilegais, tais como tráfico de drogas e milícias.[6]

Em abril de 2014, a torcida novamente se envolveu em rixa com a RRN, desta vez, em São Paulo. Na ocasião, ambas se enfrentaram, devido ao fato de a Raça Rubro-Negra ter parceria com as torcidas corintianas, em especial a Camisa 12, enquanto a Jovem mantém antiga parceria com a torcida são-paulina.[7]

Em abril de 2017, a Jovem Fla foi banida dos estádios por três anos.[8] Em maio do mesmo ano, novamente um presidente da entidade, desta vez Wallace Costa Mota, o Tabajara, acusado da morte de um torcedor botafoguense nas imediações do Engenhão.[9]

Em dezembro de 2018, na eleição que escolheria o sucessor de Eduardo Bandeira de Mello como presidente do Flamengo, dois candidatos considerados menos expressivos tinham sua origem na Jovem Fla: José Carlos Peruano e Marcelo Vargas.[10]

Referências